quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

ESCOLHAS DE UMA VIDA - (PEDRO BIAL)


A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões". Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.

Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida". Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.

As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços... Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.

Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado.

 Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.

Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.

Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!

domingo, 25 de janeiro de 2015

RELATO : DOR DE VER PAI SOFRENDO DE ALZHEIMER


DIA 10 DE FEVEREIRO DE 2013 uma doença invadiu a minha vida (Mal de Alzheimer )vindo da pessoa mais próxima de mim MEU PAI quando falo sobre essa doença com alguém a primeira interpretação que vejo é (Ah é aquela que vc se esquece das coisas ) mais ela não é somente isso.
 
Trata-se de uma doença cerebral crônica e progressiva que destrói e danifica células do cérebro,afetando a memória o pensamento e outras funções.Qualquer pessoa que convive com quem tem Alzheimer sabe que é uma doença cruel,pois o portador de forma gradativa vai perdendo a memória sua identidade, suas funções intelectuais e sua capacidade de se relacionar com o mundo. Ainda hoje apesar das inúmeras pesquisas não há cura para a doença que se agrava a medida que progride e eventualmente leva a morte. Suas causas apesar dos estudos realizados nas últimas décadas ainda são desconhecidas.
 
Nesse ano que se passou muitas coisas ruins aconteceram até mesmo porque tudo era novo pra mim,ter que lidar com essa doença até então desconhecida pra mim e tão pouco conhecida entre as pessoas. Ela é trágica é cruel e devastadora palavra essa que encontro em quase todos os tópicos e livros que leio porque de fato realmente não haveria como dizer outra coisa,ela toma de conta da sua vida trazendo muitos transtornos familiares,mexe com tudo, abala seu dia a dia e tudo que esta a sua volta.Meu casamento tava no inicio e tudo aquilo foi tão sonhado e foi com com alguém que tanto desejei ele me fez esquecer o tudo de tão ruim que eu já tinha passado meu príncipe que me proporcionou muitas felicidades e o sono tranquilo do qual eu tanto almejava minha felicidade e meus lindos sorrisos na época foram apagados .
 
Meu casamento continua vivo apesar de saber que ele sofre como meu sofrimento que o machuca me ver tão triste desolada angustiada e todas as vezes que acontece algo de muito ruim no nosso dia a dia ele esta ali dizendo (Vc sabia que vc é muito amada ou Eu já te disse hoje que eu te amo) ele não me deixa esquecer.
 
Lendo um dos artigos sobre essa doença,vi que muito se falava na dor de seu parente mais próximo que indiscutivelmente é o mais atingido o familiar que convive com o portador de Alzheimer precisa de cuidados médicos (acho que tô precisando )devido ao desgaste físico e mental que sofrem no dia a dia.É muito difícil conviver com a evolução de uma doença degenerativa de uma pessoa querida,pois a impressão que se tem é que ele está deixando de existir 
 
A dor que eu sinto é inexplicável dolorido uma dor que não cabe no peito ver a pessoa que vc tanto ama e que tanto te ama também indo embora em vida porque é isso que tá acontecendo,vê-lo não falando mais coisa com coisa,não saber mais onde esta o banheiro da nossa própria casa,não assistir com compreenssão mais os jornais do dia a dia do qual desde criança ele me ensinou a assistir porque era importante(hoje ele acha que a tv fala com ele)não entende os filmes que tanto gostávamos de assistir e muito menos os jogos esse foi o ano da copa e ele nem sabe o que esta acontecendo mais eu não desisto comprei a camisa tô ali tentando explicar que é copa do mundo,assistí a todos os jogos com ele pra ele não ficar sozinho tirei foto sempre pedindo pra ele sorrir...estou dando tudo de mim.
 
O sono tranquilo acabou,ele por quase todos as noites não dorme pedindo pra ir pra casa ou pra voltar pra Parnaíba e todas as noites tenho que explicar que estamos em casa estamos em Parnaíba,triste e doloroso ver essa doença destruindo irreversivelmente o seu cérebro,causando perda de sua memória,de linguagem e até mesmo da percepção de tempo e espaço.
 
Mais estou fazendo de fato é o que é certo CUIDAR DO MEU PAI CUIDAR DE QUEM CUIDOUDE MIM levando todas as cargas pesadas com meu coração cheio de dor sendo derrubada todo dia por essa doença infeliz e cruel.Sei que meu Pai é uma das pessoas mais conhecidas dessa cidade (orgulho disso) as festas de Parnaiba nem o Portinho já algum tempo não vê a sua alegria seu jeito espontâneo nem seu carisma (sintoooo muitooo por isso).
 
Eu mais que qualquer um senti tanto tudo isso,os efeitos devastadores dessa doença ta me matando também,mais EU TENHO FÉ EU ACREDITO que vou ficar em pé sem desistir porque VENCER isso eu sei que não vou não porque tenho consciência que não se vence uma doença incurável mais vou estar com ele até o fim. ( Marlenildes Neves )

ALZHEIMER - CONTADOR DE HISTÓRIAS

 

Alzheimer.
“O teu cérebro enrola linhas
de um novelo.
E o relógio que bate na
tua mente
Tem o ponteiro dos anos parado
Como se quisesse fugir a um feio
presente.
Sem saber, Alzheimer sonha, inventa
e mente.
Os fios trocados da tua cabeça tecem
novelas.
E como um poeta tonto, criam
bagatelas.
Mas não é a vida feita de memórias
E de fios presos a um mundo infantil
E de imagens fugidias de um mundo
pueril?
Sim. Alzheimer é apenas um contador
de histórias.”
(autor desconhecido)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A FAMÍLIA E O IDOSO - LIVRO

 
SINOPSE:

Com o aumento da longevidade, a instituição familiar vem tendo de se adaptar a mudanças que, muitas vezes, exigem novas formas de convivência entre idosos, seus filhos e netos. Faz-se necessário pensar em novos arranjos, assim como reavaliar funções, valores, vínculos afetivos e conceitos como solidariedade, além de encontrar soluções criativas para diversos tipos de problemas.

Nesse contexto, a coletânea traz contribuições indispensáveis à temática do envelhecimento, com capítulos sobre a violência doméstica, a experiência dos avós que cuidam dos netos, as implicações familiares decorrentes da doença de Alzheimer, a viuvez, a falta de suporte familiar, o desrespeito à autonomia de pessoas idosas capazes de responder pelos próprios atos, entre outros.

Considerando os numerosos desafios que temos a enfrentar, essa obra oferece subsídios teóricos e práticos para intervenções terapêuticas, propostas sociopolíticas e educacionais.3º colocado no PRÊMIO JABUTI 2011 - Psicologia e Psicanálise

sábado, 3 de janeiro de 2015

MARCAS DE SUPERAÇÃO

Cada cicatriz que temos...

PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA A DEMÊNCIA

Especialistas conseguem mapear os principais fatores de risco para a demência


O Mal de Alzheimer é uma doença silenciosa, que se revela aos poucos. Mas um estudo, publicado por pesquisadores do San Francisco VA Medical Center, nos Estados Unidos, conseguiu mapear os seis principais fatores de risco para a demência: sedentarismo, uso de álcool, depressão, tabagismo, diabetes, hipertensão na meia idade e obesidade.

Em comum, todas essas condições oferecem algum risco à saúde cérebro-vascular. "Fumo, obesidade, hipertensão e diabetes contribuem para o aumento de lesões no cérebro que levam à perda de cognição", afirma o psiquiatra Cássio Bottino, do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. As lesões, associadas às dificuldades de conexão entre os neurônios (efeito do aumento da proteína beta-amilóide), dão origem à maioria dos diagnósticos de Alzheimer atualmente. "A demência vascular, ou seja, os problemas que surgem devido ao mau funcionamento do coração já são elementos tão importantes quando o crescimento fora de controle da proteína na descoberta da doença", afirma o neurologista e geneticista David Schlesinger, do Hospital Albert Einstein. 


A seguir, especialistas discorrem sobre a relação entre esses fatores e dão dicas para você cuidar melhor da saúde e se proteger contra o Alzheimer.

 

Síndrome metabólica

A geriatra Yolanda Boechat, coordenadora do Centro de Referência em Atenção ao Idoso da UFF-RJ, explica que a síndrome metabólica eleva a incidência de doença vascular cerebral, além de aumentar o estresse oxidativo. A síndrome é a associação de doenças como obesidade, hipertensão arterial, hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue), aumento dos níveis de triglicérides, diminuição dos níveis de colesterol "bom" HDL e aumento dos níveis de ácido úrico no sangue.
Em comum, todos esses males provocam um maior acúmulo de gordura no sangue, dificultando a circulação pelo corpo. Com isso, há um aumento de lesões microcardiopáticas, assim como a atrofia cerebral. O excesso de glicose no sangue, proveniente do diabetes, tem as mesmas consequências. Segundo a especialista, esses fatores, juntos, podem elevar a perda da memória em até 40%.

 

Hipertensão

Num quadro de hipertensão arterial, a intensidade com que o sangue circula acaba causando lesões nos vasos, inclusive nos do cérebro (mais sensíveis)." Danificados, eles acabam levando menos sangue, oxigenação e nutrientes para o cérebro", afirma Cássio Bottino. O tecido cerebral é muito dependente da oxigenação do sangue e pode perder capacidade caso surjam falhas vasculares.


Tabagismo

Outro fator apontado na pesquisa é o tabagismo. "O cigarro acelera o processo de envelhecimento neurológico e a atrofia cerebral, o que agrava as chances de Alzheimer", afirma Yolanda Boechat. Além disso, é possível que o risco aumente por causa de pequenos infartos cerebrovasculares que aumentam a morte de neurônios, provocados pelas toxinas presentes no cigarro.

 

Álcool

O consumo de mais de duas doses diárias de álcool, não importa a bebida, aumenta em quase 10% as chances de ter distúrbios neurológicos. Fora isso, o alcoolista crônico sofre com a perda de tecido cerebral, ou seja, o cérebro encolhe com o tempo e agravam-se problemas como esquecimento e perda da memória recente. Mas o consumo de uma dose diária de álcool (e isso varia de acordo com a bebida) pode retardar o aparecimento do Mal de Alzheimer, de acordo com estudo da Loyola University, em Chicago.

 

Sedentarismo

A atividade física, além de combater a obesidade e outros fatores de risco apontados pelo estudo, banha o cérebro com endorfina. Esse hormônio é um antioxidante capaz de fazer uma faxina no cérebro e eliminar radicais livres, combatendo o envelhecimento das células "A prática regular de atividade física também contribui com a irrigação sanguínea das células neuronais, melhorando as conexões e o raciocínio", afirma a médica Yolanda. Segundo pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Rush, de Chicago (EUA), idosos devem praticar de 2,5 a 5 horas semanais de atividades físicas.

 

Depressão

Por fim, os pesquisadores indicaram a depressão como agravante do Alzheimer. A dificuldade de relacionamento causada pela depressão prejudica a memória e a capacidade de comunicação, inibindo o funcionamento de partes do cérebro. "Se não for tratada, a depressão pode levar à falência da área cerebral responsável pela memória (hipocampo), incluindo a de fatos recentes.
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