segunda-feira, 31 de março de 2014

O SOFRIMENTO NOS FAZ CRESCER



Nos tempos atuais há uma tendência de negar o sofrimento e a dor. Isso deságua na alienação, tratada com medicamentos e tranquilizantes, adquiridos com relativa facilidade no mercado. Como é possível aprender, enfrentar e vencer - com sabedoria - esses momentos estressantes? Superar o estresse da perda, da doença ou do luto é emergir com um EU mais resistente, mais forte, ou seja, com humildade, fé e perseverança, pode-se atravessar o caminho doloroso do sofrimento. Os idosos que souberam enfrentar a dor, com coragem, podem ser considerados verdadeiros sábios, porquanto conseguiram enxergar, além da superfície, o sofrimento profundo que tiveram de vivenciar. Esse é o caminho que conduz, finalmente, a uma integração de corpo, mente e espírito, o que pressupõe o enfrentamento dos rigores do treinamento frequentemente impostos pela mais exigente mestra: a vida. 


O caminho que percorremos na vida, por muitas vezes é feita de mais sofrimentos do que felicidade, é só pararmos e fazer uma reflexão de tudo pelo que já passamos, os momentos felizes são poucos, mas os momentos de lutas e sofrimentos são muitos.

Padre Fabio de Mello escreveu que: “Não há ser humano sem luta. Cada um sofre o seu tanto para ser o que é. O sangue derramado, fruto do amor à causa a que se dedica é a prova de que a luta aconteceu. Sangue é metáfora do sacrifício.”

Mas isso é importante para nos fazer crescer, aprender a respeitar as outras pessoas, temer a Deus e dar valor em cada coisa que conquistamos. O sofrimento faz que caia todas as máscaras que durante a vida colocamos em nossa face, fazendo que perdemos a nossa verdadeira identidade.

Por isso quando estivermos vivendo esse momento turbulento, em que achamos que Deus nos abandonou, lembre-se que esse momento irá passar, as lágrimas irá parar de cair, e que sairemos um ser humano mais forte, tanto espiritualmente, como fisicamente.

Deus nunca nos dará um fardo que não podemos carregar, e todas as vezes que não estamos aguentando esse fardo ele coloca alguém em nossa vida para nos ajudar. Vamos aprender que tudo na vida passa, a alegria, o sofrimento, por isso temos que ser humildes em reconhecermos que não somos melhores que ninguém, e todas as vezes que o nosso irmão esteja passando por um momento triste, temos o dever de estar ajudando ele a superar esse obstáculo.

Não somos e nunca seremos melhores que ninguém, pois na vida não podemos caminhar sozinhos, um dia sempre precisaremos do nosso irmão e principalmente de Deus.

domingo, 30 de março de 2014

VOCÊ SABE QUAL É A PANELA IDEAL PARA COZINHAR UMA COMIDA SAUDÁVEL?


Antes de escolher que tipo de panela você vai usar no dia-a-dia, é importante conhecer a matéria-prima destes utensílios.

A PANELA DE VIDRO é uma das mais resistentes e duráveis, é a única panela que não transfere qualquer resíduo para o alimento. Mas esta panela não conduz bem o calor para os alimentos e a comida pode queimar mais rápido. O ideal é utilizar somente para sopas e molhos.

A PANELA DE INOX é ideal para uso diário e para qualquer preparação, além de ser uma das panelas mais resistentes. O aço inoxidável, conhecido popularmente como inox, é composto por ferro, cromo e níquel. Então quando for comprar a panela de inox deve-se ferver por 1 hora por 3 vezes com bastante água para fazer esta quelação dos minerais e também não se deve guardar alimentos dentro da panela, nem escovar a panela com esponja de aço. No polimento forma-se uma camada protetora de óxido que ajuda a impedir que os metais passem para os alimentos. O níquel em pequenas quantidades pode até ser útil ao organismo, mas o excesso tende a afetar o sistema nervoso.

A PANELA DE FERRO é uma boa pedida para cozimento de feijão, lentilha, arroz, sopas e carnes grelhadas porque mantém o calor constante e a temperatura alta e ainda libera ferro, que auxilia no tratamento de anemia.O uso da panela é também indicado para vegetarianos, mulheres em idade fértil e crianças. A vantagem da panela de ferro é que ela não se deforma com o calor e conserva melhor a temperatura dos alimentos, representando uma boa economia de gás. Para manter a panela sem ferrugem e evitar perigo ao nosso organismo, sempre depois de lavá-la, seque-a no fogão.

A PANELA ANTIADERENTE (teflon) é revestida por um plástico chamado politetrafluoretileno "alvo de polêmicas", se este material causa ou não algum dano à saúde. Bom, mas de qualquer forma devemos tomar alguns cuidados como: não danificar a panela com facas, o cozimento com a panela deve ser em fogo baixo, não usar esponja de aço e nem deve tirar a sujeira da panela com objetos de metal (colher, faca, garfo,...). A única vantagem de usar esta panela é que ela exige pouco óleo na preparação por ser antiaderente, que é ideal para a saúde!

A PANELA DE BARRO absorve o aroma do alimento ao longo do preparo, ideal para frutos do mar. A panela também pode ser utilizada para ensopados de cozimento lento. Não poupe cuidados na hora da limpeza e conserve-a sempre bem seca, para evitar que sujeiras penetrem nos poros da panela. AH! e a panela não deve ser pintada!


A PANELA PEDRA-SABÃO é uma das mais antigas da história da culinária e têm a vantagem de durarem por muitos e muitos anos. Não possuem cheiro, não alteram o sabor dos alimentos e os mantêm quentes por longo tempo. Mas antes de estreá-la no fogão, unte-a com óleo por dentro e por fora, encha-a de água e leve ao forno médio por 2 horas. Com isso ela estará aptar para libera quantidades expressivas de elementos nutricionalmente importantes como cálcio, magnésio, ferro e manganês. A panela é comprada ''crua'', por isso a cor dela é clara. Ela é ideal para caldos, moquecas e ensopados. Conselhos : só lave a panela de pedra-sabão com água e sabão. Nada de produtos abrasivos nem esponja de aço. Nos primeiros dias de uso, evite choque térmico forte. Não aqueça a peça a seco para depois despejar líquidos frios. Isso pode danificar definitivamente a panela. Por último, nas primeiras vezes que for usar a panela não faça frituras.


A PANELA DE ALUMÍNIO são as mais comuns e as mais baratas. Mas também são as que causam mais polêmica. Há três décadas, pesquisadores levantaram a suspeita de que a ingestão do alumínio estaria relacionada com a incidência dos males de Alzheimer e de Parkinson. Até hoje, o material continua em estudo. Átomos de alumínio podem desencadear diferentes processos metabólicos associado à doenças do sistema esquelético, neurológico e hematológico (do sangue). Pesquisas mostram que a migração do alumínio é maior em panelas de pressão do que em panelas normais ou em fôrmas de bolo. Na limpeza não utilize esponja de aço, para não liberar o alumínio no alimento. Se o alimento estiver grudado no fundo da panela, coloque água e ferva. Não se deve cozinhar nesta panela alimentos ácidos (molho de tomate) nem muito básicos (doces) para evitar que o mineral entre na receita. Não deixe o alimento esfriar dentro da panela de alumínio, assim como a de cobre. Isto porque o sal e os ácidos reagem com as substâncias da panela e podem provocar a liberação de substâncias tóxicas. Não guarde alimento dentro da panela de alumínio!

A PANELA DE COBRE não é mais comercializada porque o cobre é transferido com muita facilidade para o alimento, provocando intoxicações e pode prejudir os rins e o cérebro.


A PANELA ESMALTADA é revestida de camadas de esmalte colorido, é preferida dos que procuram além do utensílio, uma peça de decoração para a cozinha. Assim como a panela de inox distribui bem o calor durante o cozimento. É indicada para carnes e não deve ser utilizada em frituras, porque o oléo pode pode aquecer além da conta e deteriorar formando compostos nocivos à saúde. Não arranhar a pintura na lavagem e utilizar utensílios que não agridem o material, pois qualquer arranão o esmalte da panela se solta, o que não é recomendado para a saúde.


Bom, agora que vocês já conhecem os benefícios e malefícios de cada panela, para fazer a sua escolha pense nas 3 qualidades: a saúde, a praticidade e a funcionalidade.  http://sandranutricionista.blogspot.com.br/

ALZHEIMER: QUANDO É TARDE DEMAIS PARA AGRADECER


Qual o maior ato de bondade que alguém pode realizar? Segundo a tradição judaica, é preparar os mortos para o enterro. Uma pessoa morta não pode agradecer pelos serviços que você presta, nem gratificar o seu ego. Não há retribuição. Embora a maior parte das pessoas goste de fazer bondades para os outros, em última análise queremos que nossas boas ações sejam reconhecidas, notadas ou valorizadas.

Eu me pergunto: cuidar vinte e quatro horas por dia de um parente idoso que sofre de Alzheimer conta como cuidar de um morto vivo? Na verdade, descobri que é a tarefa mais sem agradecimento que existe, além de ser exaustiva, emocional e fisicamente. Embora eu esteja certa de estar cumprindo a missão de honrar os pais, parece mais que estou cuidando de um estranho em vez de cuidando de minha mãe.  
      

Até surgir o Alzheimer, minha mãe nunca tinha abusado de mim, fosse física, verbal ou emocionalmente. Alguns dias ela não se lembra do meu nome. Ontem, chegamos a um novo patamar: ela não lembra mais que eu sou sua filha.

Minha mãe, tão meticulosa sobre higiene pessoal e sempre vestida com elegância, não pode mais ser forçada a tomar um banho ou a vestir roupas limpas e que combinem. Ela, que adorava crianças, agora detesta ficar na mesma sala com os netos e bisnetos e não se acanha em dizer isto a eles (uma neta pequena ficou tão traumatizada que agora chora e estremece com medo sempre que vai visitar a avó, e raramente vai vê-la em minha casa). Essa pessoa furiosa, assustadora e deprimida não é minha mãe – é uma estranha.

Gosto de cozinhar; não é raro eu preparar e servir refeições para 25 pessoas. Como é irônico que agora uma das partes mais estressantes do meu dia seja planejar a refeição para apenas uma pessoa. Tanto tempo, ideias e despesa a fim de preparar uma refeição para minha mãe. Esforço-me para ter variedade, apelo visual e nutrição. Se uma só refeição for pulada, isso pode resultar, para minha mãe, em náusea, fraqueza e desidratação.

Primeiro, é preciso ser um mágico para antecipar as necessidades dela – quando minha mãe está faminta, ela quer comer agora mesmo. Porém dois minutos após o jantar, ela pode esquecer que comeu e reclamar que está morrendo de fome – então preciso começar tudo de novo. Um cardápio que ela achou delicioso dias ou mesmo horas atrás agora “parece que saiu da lata do lixo”, está “podre”, tem “insetos” ou então está “frio demais” ou “quente demais”. Além disso, pode estar tocando outro alimento, o que torna toda a refeição indesejável, está salgada demais, não tem sal suficiente, temperada demais, sem gosto de nada – eu nunca aprendi a cozinhar?


Ela pode estar faminta mas vai dizer “Não sinto a menor fome” e depois de alguns acessos de fúria, alguma coerção e subornos, come resmungando – e devora toda a refeição. Um desjejum que seria comido por uma pessoa saudável em 15 minutos pode demorar uma hora para minha mãe. Eu gostaria de dizer que aceitei esta enorme responsabilidade com um sentimento de amor e alegria. Estou tentando, mas ainda não cheguei lá. Posso não estar feliz com a aflição de minha mãe, mas não estou furiosa com Deus. Não pergunto: Por que eu? Porém a intervalos regulares, pergunto: Como posso entender melhor aquilo que Deus deseja de mim?



Se somos criados à Sua imagem e Ele é nosso Pai, não somos como a criança mal-agradecida? Aceitamos como algo que nos é devido as bondades “regulares” que recebemos diariamente – o fato de termos comida para comer, e geralmente saborosa! Termos roupas para vestir, e elas são (na maioria) limpas e atraentes! Temos um quarto para chamar de nosso, e uma cama para dormir!

Porém se algumas dessas coisas nos fossem negadas, mesmo por um curto período, seríamos desaforados porque passamos a esperar por isso, assim como o ar que respiramos e o sol que nasce (mais coisas para agradecer!). As bênçãos diárias que recitamos pela manhã são um veículo para mostrar gratidão a Deus. Elas nos ajudam a termos consciência da Sua bondade e a não considerar qualquer parte da nossa vida como algo que nos é devido. Isso nos eleva acima do senso de habilitação infantil e nos encoraja a levar uma vida mais consciente – e conscienciosa. E por mais imperfeitos que sejamos, Deus nos ama incondicionalmente. 


Se as duras críticas que recebo de minha mãe, apesar dos meus esforços para cuidar dela, fazem meus ouvidos arderem e meu coração ficar pesado de tristeza e frustração, devo olhar para mim mesma e perguntar: eu agradeci adequadamente a ela por todas as noites em que a deixei sem dormir enquanto ela cuidava de mim? Agradeci por ela me preparar refeições diárias e por lavar as minhas roupas? Por ajudar-me com meu dever de casa? Por  aconselhar-me e me encorajar?


A maioria de nós poderia jamais acabar de achar coisas pelas quais agradecer aos pais. Agora que aos poucos minha mãe está se tornando um recipiente vazio, tragicamente é tarde demais para eu consertar as coisas. Reconhecer verbalmente a ela suas bondades passadas seria criar confusão e incompreensão.

Porém não é tarde demais para eu agradecer a Deus. Quando acordo pela manhã, recito modeh ani (agradeço a Ti) com uma convicção cada vez maior. Recito as bênçãos com mais sinceridade, e aprecio mais as coisas grandes e pequenas. Ironicamente, minha lista de gratidão aumenta com a mesma rapidez do declínio de minha mãe. (Por Sarah Bloomberg).

http://www.chabad.org.br/

sábado, 29 de março de 2014

O MAL DE ALZHEIMER É MESMO UM MAL?

Ando sumida daqui e o meu próprio site, que é nossa "casa virtual", também andou sentindo minha falta. Estava mergulhada em pesquisas sobre o assunto, tendo em vista que este chamado "Mal de Alzheimer " chegou de mansinho sem fazer alarde para a minha mãe. Vocês sabem como é isso, quando alguém da família fica doente, de certa forma, ficamos também, mas uma doença da alma. Perguntamos a razão daquilo - o famoso "por que eu, por que fulano?" - como se fôssemos diferentes e as coisas só acontecessem com "os outros". É claro que sei que isso é, de certa forma, prepotência nossa, e afinal, como humanos somos passíveis de repentinamente termos que lidar com algo para o qual achamos não estarmos preparados. A verdade é que a preparação se dá no momento em que precisamos e não antes, vamos nos adaptando e aprendendo à medida em que é necessário.

No começo, confesso, fiquei meio paralisada sem saber como lidar, acreditando que eu teria que fazer o impossível, que nem ao menos imaginava, para dar a melhor qualidade de vida à minha mãe, sem saber como. Entretanto, a Vida é sábia e provê sempre - isto é fato.

A primeira questão foi: quem ficará com a minha mãe vinte e quatro horas por dia? Devo contratar uma empresa de cuidadores? Devo alugar um apartamento perto do meu para que ela venha a morar com pessoas desconhecidas? Não poderia largar minha família, trabalho, amigos e me dedicar a ela em regime de exclusividade. Eis uma palavra que pairou sobre minha cabeça: "exclusividade". Outra que mesmo o ser mais consciente do planeta não consegue fugir é: "culpa". Estaria eu sendo egoísta ao não querer abrir mão da minha individualidade? Agora posso dizer sem pestanejar: claro que não. Entretanto, as pessoas da família - sempre elas - perguntavam por que eu não a traria para morar comigo, e a resposta saía da mente racional, explicando detalhes sobre a doença. Hoje, vejo que agi com a ética do coração. Não seria justo com a minha família, tampouco com minha mãe, sem falar em mim mesma, é claro. Ao contrário sim, seria egoísmo extremo, além de ser suicídio emocional.

A solução veio pela razão e a conclusão veio diretamente do Divino. Procurei mais de dezoito casas de repouso para idosos e finalmente encontrei uma que o termo "repouso" se estende para todos nós envolvidos no assunto. A casa é, poderia dizer, uma pousada como estas que vamos passar férias, porém no Rio de Janeiro, onde posso visitá-la quantas vezes quiser - e quero sempre - administrada por duas mulheres fortes e delicadas, que lidam com os idosos como se família fosse, tem médico uma vez por semana, enfermagem vinte e quatro horas e uma técnica em enfermagem que fica com minha mãe doze horas por dia que se anjo fosse, não seria o ser humano que é - que bom que é apenas humana, mas com "H"! Ela trata de minha mãe com um carinho e paciência inimagináveis e têm uma relação de afeto que parece que não começou nesta vida presente. Não existe dinheiro que possa pagar, portanto peço a Deus todos os dias que a retribua com tudo o que precisar. À noite tem duas outras que se revezam ao velar o sono de minha mãe. Anjos da guarda encarnados.

O segredo de lidar com pacientes de Alzheimer ela me ensinou. Não aprendeu em cursos ou mesmo por anos de prática. Foi ditado pelo coração. Não insiste, não contradiz, apenas espera, apenas tem a habilidade de consentir por uns momentos e depois voltar a dizer que ela esqueceu-se do horário do banho. Todas as vezes que minha mãe diz que não almoçou, apesar de haver acabado de fazê-lo, ela pretextando excesso de calor ou frio - algo sempre lhe vem à mente - oferece uma fruta e diz que precisa aguardar mais um pouquinho até que a refeição fique pronta. Assim, passam-se alguns momentos e chega a hora da próxima refeição. E quando o assunto é dinheiro? Respondemos que o médico pediu que ficasse guardado em uma poupança por questões de segurança, mas caso seja necessário "existe um cofre mágico" na administração da casa. "A senhora precisa de algo?" "Basta um telefonema que sua filha vem trazer". E assim é feito e logo vem o esquecimento.

Essa doença não é física, o corpo está perfeito, as taxas de glicose, colesterol e que tais estão ótimas, o cérebro é que não retém as informações recentes. Hoje sei que os pacientes acometidos por este mal costumavam ser pessoas controladoras e apegadas a assuntos materiais - no caso de minha mãe uma vaidade impressionante. Ela continua vestindo-se muito bem, maquiando-se, cabelo branco jamais, porém no que diz respeito ao ego, este ameniza, posto que necessário, isto ocorre naturalmente.

É hora de começar a se preparar para a vida na Espiritualidade e voltar aos valores da Alma. Nossas conversas sempre giram em torno disso, ainda que picadas pelo esquecimento, mas mesmo assim falo sempre sobre o que importa, pois levamos para a Morada do Pai apenas o que sabemos com o coração e o que sentimos. Ela tem conteúdo para concordar comigo. Nossas conversas são sempre de mãos dadas e as palavras mais ouvidas são Amor e perdão. Algumas vezes ela me pergunta perdoar o quê e apenas respondo: por "ainda" não ser melhor, mas um dia ela verá não só a minha, mas a nossa capacidade de amar simplesmente.

De modo geral estas pessoas sofreram algum trauma insuportável. No caso de minha mãe foi a passagem de minha irmã para o Mundo Espiritual. O Mal de Alzheimer veio protegê-la deste sofrimento, já que esquece e manda recados para ela, se preocupa como ela está. Quando ocorre de lembrar, diz que soube "ontem" do ocorrido e me pergunta o que aconteceu, diz que não viu nada e nada pôde fazer pela filha. Conto de forma amena que todos nós temos uma função para cumprir aqui no planeta com tempo determinado. Digo que minha irmã cumpriu todas as funções muito bem em um curto espaço de tempo, portanto foi privilegiada e chamada a trabalhar em outro Plano. Digo que ela está bem e que um dia estaremos todos juntos, ela fica tranqüila ao ouvir que foi excelente mãe para minha irmã e fez tudo o que conseguiu fazer e que não foi pouco. Ela fica feliz e depois... esquece.

É um aprendizado de humildade para todos nós, e mais do que isso - um exercício diário de amor pelo ser humano, no caso, estou apenas tendo a oportunidade de agradecer em amor e presença tudo o que ela fez por mim enquanto lúcida. E é simples: amor, paciência, afeto físico - mãos dadas, muitos abraços e "eu te amo" várias vezes ao dia. Os remédios que o médico receita são para o cérebro segurar a confusão mental, temporal e espacial. Os que damos são para o espírito. Fotografias de toda a família também ajudam a "puxar" a memória que permanece, que é a afetiva. Um painel de fotos registrando bons momentos em família faz um efeito extraordinário.

Aprendi também que pesquisar na internet e ler livros sobre o assunto não são tão eficazes quanto a vivência diária e a lembrança de que cada indivíduo é único e portanto alguns sintomas são comuns a todos, mas comportamentos são da alma, que precisam ser valorizados e lembrados sempre. A nós cabe não esquecer. 
http://somostodosum.ig.com.br/

DIABETES DOBRA O RISCO DE ALZHEIMER



Segundo uma nova pesquisa japonesa, pessoas com diabetes têm um risco aumentado de ter um ataque cardíaco ou derrame em uma idade precoce. Além disso, a diabetes parece aumentar dramaticamente o risco de uma pessoa desenvolver mal de Alzheimer ou outros tipos de demência mais tarde na vida.

O estudo incluiu mais de 1.000 homens e mulheres com mais de 60 anos de idade. Os pesquisadores descobriram que as pessoas com diabetes eram duas vezes mais propensas a desenvolver mal de Alzheimer em 15 anos. Elas também eram 1,75 vezes mais propensas a desenvolver demência de qualquer tipo.

Os pesquisadores ainda não sabem o porquê dessa ligação. A diabetes pode contribuir para a demência de várias maneiras. Por exemplo, a resistência à insulina, o que provoca níveis elevados de açúcar no sangue e em alguns casos leva a diabetes tipo 2, pode interferir com a habilidade do corpo de quebrar uma proteína chamada amiloide, que forma placas no cérebro que têm sido associadas ao mal de Alzheimer.

Açúcar elevado no sangue (glicose) também produz oxigênio contendo determinadas moléculas que podem danificar as células, num processo conhecido como estresse oxidativo. Além disso, açúcar elevado no sangue, junto com colesterol alto, desempenha um papel importante no endurecimento e estreitamento das artérias no cérebro. Esta condição, conhecida como aterosclerose, pode trazer demência vascular, que ocorre quando o bloqueio das artérias (incluindo derrames) mata o tecido cerebral.


“Ter glicose alta é um fator de estresse para o sistema nervoso e para os vasos sanguíneos”, diz o professor de neurologia David Geldmacher. “A informação emergente sobre mal de Alzheimer e glicose nos mostra que precisamos nos manter vigilantes sobre os níveis de açúcar no sangue à medida que envelhecemos”.


Estudos que datam do final dos anos 1990 têm sugerido que pessoas com diabetes são mais propensas a desenvolver mal de Alzheimer e outros tipos de demência, mas a pesquisa foi marcada por definições inconsistentes de diabetes e demência.

Os autores do novo estudo procuraram abordar essa fraqueza usando o padrão ouro de diagnóstico de diabetes, o teste oral de tolerância à glicose. Isto envolve dar a uma pessoa de uma bebida de açúcar depois de ter jejuado durante pelo menos 12 horas, e então medir o quanto a glicose permanece no sangue duas horas depois.

No início do estudo, os testes mostraram que 15% dos participantes tinham diabetes, enquanto 23% tinham pré-diabetes, também conhecida como intolerância à glicose. Nenhum participante tinha demência quando os testes foram feitos, mas ao longo dos próximos 15 anos, 23% receberam um diagnóstico de demência. Pouco menos da metade dos casos foram considerados mal de Alzheimer, com o restante dividido entre demência vascular e demência devido a outras causas.

Diabetes e pré-diabetes foram associadas com um risco aumentado de diagnóstico de demência, embora a associação tenha sido mais fraca para o pré-diabetes. O link persistiu mesmo após os pesquisadores levarem em conta vários fatores associados com diabetes e risco de demência, tais como idade, sexo, pressão arterial e índice de massa corporal.

O próximo passo da pesquisa é compreender se o controle de açúcar no sangue e a redução dos fatores de risco para diabetes tipo 2 também reduz o risco de demência. [CNN] 
http://hypescience.com/

sexta-feira, 28 de março de 2014

A INUTILIDADE E O VERDADEIRO AMOR ...

A velhice é o tempo em que vivemos a doce inutilidade. Porque mais cedo ou mais tarde iremos experimentar esse território desconcertante da inutilidade. Esse é o movimento natural da vida. Perder a juventude é você perder a sua utilidade, é uma conseqüência natural da idade que chega. O sol do amanhã… Sob o olhar de uma cuidadora… Como você decide viver é o que faz a diferença no momento das provações, nos diz Padre Fábio de Melo, falando sobre a velhice… 


O que falta muitas vezes para poder resolver os nossos problemas é a simplicidade em enxergá-los. Devemos retirar os excessos. Não permitir que os nossos excessos venham obscurecer a nossa visão, ou até mesmo de nos impedir de encaminhar uma solução para aquilo que nos faz sofrer. Isso é ter fé. É a gente acreditar que Deus está ao nosso lado no momento da nossa luta, no momento da nossa dor. E que, portanto, a gente tem o direito de ser simples.

É interessante observar os movimentos de nossas mudanças interiores. Nem sempre sabemos identificar o nascimento da inadequação que gera todo o processo. O fato é que um dia a gente acorda e percebe que a roupa não nos serve mais. Como se no curto espaço do descanso de uma noite a alma sofresse dilatação, deixando de caber no espaço antigo onde antes tão bem se acomodava. É inevitável. Mais cedo ou mais tarde, os sonhos da juventude perdem o viço. O que antes nos causava gozo, aos poucos, bem ao poucos deixa de causar. Nossos valores vão se tornando mais consistentes.

Mas não precisamos necessariamente chegar à velhice extrema, para entendermos o sentido da inutilidade que leva ao amor… Perder tempo, gastar tempo, ou melhor dizendo “Ter a utilidade do seu tempo” para as coisas que nos levam aos verdadeiros sentimentos… 


Se permitir “jogar conversa fora” com seus filhos, seus amigos, fazer piqueniques e voltar a ser criança, andar na chuva, sentir o cheiro da terra molhada, passear na praça, na praia, no bosque… sentir a liberdade do rosto te acariciando a pele… jogar frescobol, voleibol, “buraco”, seja o que for, apenas com o intuito de reunir os amigos, e a família… Assim como faziam os homens das cavernas. Ascendiam a fogueira e ao seu redor conversavam, conversavam e conversavam… e assim os laços iam se tecendo, os abraços se alongavam e a vida mesmo na rusticidade daqueles tempos, era aconchegante!!!  


Tempo… sempre o tempo do Senhor a nos ensinar… Assim como na história de Alice no País das Maravilhas em que seu coelho, corria com o relógio pendurado atrás do tempo… Estamos hoje nós a fazer o mesmo… Que o tempo da inutilidade amorosa, possa ser constante no tempo de nossa utilidade existencial. Que a simplicidade faça morada em nossos corações, atitudes e sentimentos. E que nossos sentimentos estejam sempre no ritmo e no compasso do “amor inútil” aquele que traz pleno significado. 


Que saibamos respeitar a dor de cada hora, a esperança de cada momento, sendo ao mesmo tempo de Aço e de Flores… Que neste tempo de Quaresma, possamos sentir a esperança brotar de cada coração, nos fazendo pessoas melhores, menos complicadas, de aço, para enfrentar os desafios, mas sem perder a doçura de ser simplesmente humano… Um tempo para nos purificar… Primeiro consigo mesmo, pois muitas vezes somos nosso maior carrasco e depois com todas as pessoas que nos cercam.


É essa sensibilidade de enxergar cada tempo com sabedoria, que nos levará a conhecer o significado do amor…

http://fmanha.com.br/


BENEFÍCIOS DA ESCRITA

Sempre ouvimos dizer que escrever é benéfico e traz benefícios a vários níveis, mas de que benefícios estamos a falar? A escrita é desde o princípio dos tempos uma forma de comunicarmos com o mundo. Uma forma de registar as nossas ideias e pensamentos de uma forma quase intemporal. É uma das formas de transportar o conhecimento através do tempo.

A escrita é uma das formas de imortalizar o ser humano, já que embora a vida do individuo possa acabar, este pode ser imortalizado através das suas ideias e pensamentos. Há investigadores que defendem que os registos escritos possam ter surgido mesmo antes da linguagem, devido a que desde o surgimento do ser humano este teve sempre necessidade de se expressar através de registos, possam estes ser desenhos ou símbolos, que posteriormente se tornaram letras de um alfabeto.

Escrever tem benefícios a vários níveis e cada vez mais estes são reconhecidos não só pela sociedade em geral, mas principalmente pelos terapeutas em particular. Entre os benefícios podemos nomear alguns:
Expressar sentimentos – Inibir sentimentos tem efeitos negativos diretos na saúde não apenas psicológica, mas também física. A escrita pode ser um veículo de expressar esses sentimentos e garantir uma saúde mental saudável, visto que muitas vezes é para o sujeito expressa-los verbalmente.

Organização – Escrever os nossos pensamentos, organizar o discurso escrito, auxilia também a organizar o nosso discurso interno. Descrever por palavras os nossos pensamentos, promove o discernimento e a clareza de pensamento. Pois a forma como escrevemos é reflexo de como somos e como estamos.

Projeção – Escrever sem ter um tema definido pode ser considerado uma forma de projeção, já que o individuo vai trazer para o papel de forma inconsciente o seu mundo interno. A forma como escreve, o que escreve, as palavras que utiliza, tudo isso são fatores que vão refletir o seu mundo interno.

Estimulação Cognitiva – A escrita é uma competência cognitiva complexa que envolve números processos mais elementares, como a atenção, perceção, motricidade, memória, codificação e descodificação de símbolos, desta forma ao escrevermos estamos consequentemente a promover todos esses processos mais elementares.

Metacognição – A escrita pode contribuir para a metacognição, quando associada a pensamentos e emoções do próprio sujeito, já que dá ao sujeito a oportunidade de se “ver em perspetiva”, isto é, o sujeito ao ler coisas que escreveu no passado, dá-lhe a possibilidade de distanciar-se, percecionando o que estava a sentir ou a pensar sobre determinado acontecimento em determinada altura.

Autoconhecimento – Ao escrever sobre nós estamos indiretamente a conhecermo-nos melhor, e a promover o nosso autoconhecimento. Pois é possível escrever sobre coisas tão íntimas, que nunca foi, nem nunca será alguma vez verbalizada, é como um reconhecimento e até mesmo integração dos “segredos” mais íntimos.

Cada vez são mais claros e evidentes os benefícios da escrita, atualmente já se recorre á escrita como ferramenta terapêutica. Pois como estudos evidenciam, a escrita beneficia a saúde mental e física. Não apenas no tratamento como também na prevenção.
Faça um diário, escreva, expresse-se! Por si e pela sua saúde.
E você, escreve com frequência?
(Autor: Jorge Elói)
http://www.psicologiafree.com

quinta-feira, 27 de março de 2014

VELHICE


A condição de estar no corpo nos coloca diante do fato de que ele envelhece, não sendo possível sua manutenção no mesmo estado físico indefinidamente. É uma utopia querer a juventude eterna, até porque, ela impossibilitaria a percepção das mudanças pessoais, visto que o desenvolvimento do corpo, não só nos condiciona a poder projetá-las, como também nos obriga a que as façamos.

É uma arte envelhecer, aprendendo-se a passar pelas mudanças corporais com equilíbrio e maturidade. O corpo, quando visto como instrumento de ação e de recepção do espírito, possibilita que seja aceito independente das transformações do tempo. Seja ele jovem, seja adulto, seja velho ou doente, será sempre um instrumento para a aquisição de experiências e de projeção do espírito.

É importante que todas as pessoas, independente da idade, se imaginem mais velhas fisicamente do que já são. Essa perspectiva futura deve ser útil para que possibilite à pessoa a tranqüilidade de encarar o processo de envelhecimento. É claro que devemos buscar uma aparência mais agradável, o que não deve ser confundido com querer ser sempre jovem. Este comportamento advém de um complexo relacionado ao narcisismo, que nos coloca sempre no desejo de nos parecer exteriormente com o Self interior.

Muitas vezes, inconscientemente, numa crescente necessidade de ser espelhado o tempo inteiro, por incapacidade de desviar o olhar de si mesmo e olhar o outro. Trata-se do apego excessivo à auto-imagem. É um problema psicológico que nos impede de crescer, pois gastamos energia na preocupação estética, desviando-a do trabalho de transformação interna. As pessoas tornam-se, dessa forma, superficiais e egocêntricas em suas relações.

Somos seres espirituais que utilizamos um corpo perecível, como atesta a realidade material. O que deve ser conservado é o desejo de se transformar e não de cristalizar uma forma.

A psiquê humana é extremamente plástica; amolda-se às situações visando o equilíbrio da totalidade. Querer conservar o corpo sempre jovem é não perceber aquela flexibilidade, a serviço do aperfeiçoamento do espírito.

Há até quem afirme que é mais importante ter e conservar a alma jovem. De certo que tem sentido a afirmações, porém deve ser levada sempre para a motivação, isto é, deve-se sempre conservar-se determinado e otimista quanto ao futuro. Ser jovem em espírito é confiar em si mesmo e em Deus.

Diante das dificuldades inerentes à idade avançada, principalmente a sensação de ser acreditar desprezado ou rejeitado, deve-se pensar em realizações que não exijam o vigor físico característico da juventude, nem querer estar no centro das atenções dos mais jovens. Os motivos dos que nos são filhos ou parentes, quando chegamos à velhice, diferem dos nossos e devemos respeitar-lhes os interesses, por mais distantes que sejam.

As pessoas que já passaram da adultez e que entraram na chamada terceira idade, ou 'melhor idade', devem evitar permanecer alimentando-se de experiências passadas, que tiveram seu valor à época em que ocorreram; de viverem relembrando o passado como se o presente e o futuro não existissem.

O idoso não deve esquecer que tem um presente e um futuro eternos, os quais devem ser o palco de seus constantes atos cotidianos. O ideal é que, o espírito que alcance a velhice, considere a continuidade da vida e pense no que poderia fazer após a morte caso chegue noutro plano com a energia que tinha cinqüenta anos atrás. Não que a morte do corpo promova tal mudança repentina, mas, ao longo do tempo, sob amparo e assist~encia adequada, o espírito vai recobrando as disposições para ação.

Cada fase da vida tem sua importancia e colabora para aprimoramento do espírito. Na juventude, as motivações para viver são principalmente externas: construir a profissão, estruturar uma família, encontrar um lugar na sociedade, afirmar sua própria identidade, resolver a situação financeira, etc., e é importante obter êxito nesses compromissos para o desenvolvimento de uma personalidade segura. A partir da meia idade e com a chegada da velhice, as buscas devem ser outras. A juventude estimula a expansão; a velhice reclama o recolhimento, a necessidade de investir no mundo interior.

A maturidade e a velhice vêm comumente acompanhadas pela necessidade de rever os valores que nortearam a vida até então. Estes não podem continuar a usar o exterior como referência, o que é característica da juventude, mas fundamentar-se na percepção da realidade essencial de si mesmo, o espírito. Se não existissem aprendizados diretamente associados à velhice, não precisaríamos passar por ela. As limitações biológicas e físicas que lhe constituem são chamadas para a relativização dos valores materiais e o abandono das ilusões do passado, convidando o ser humano à realização de sua totalidade.
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terça-feira, 25 de março de 2014

OS PORTADORES DO MAL DE ALZHEIMER NÃO PERDEM A POSSIBILIDADE DE SENTIR


Estudo revela que, apesar de a memória se desvanecer, os portadores do mal de Alzheimer não perdem a possibilidade de sentir. Mesmo que não consigam se lembrar dos motivos da alegria ou da tristeza


A memória pode se apagar, mas os sentimentos perpetuam. Embora se esqueçam facilmente dos fatos, as emoções decorrentes de um acontecimento — coisas como um filme, um telefonema, uma visita — não se extinguem em pacientes com problemas de memória, conforme costuma-se pensar. Um estudo realizado na Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, e publicado no periódico especializado Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas) conseguiu demonstrar que os portadores de doenças como o mal de Alzheimer estão menos ausentes do que se imagina. Submetidos a um teste aparentemente simples, eles continuaram a experimentar sensações como tristeza e alegria, mesmo sem se lembrar do motivo.

De acordo com o principal autor da pesquisa, o neurologista Justin S. Feinstein, a expectativa é de que o resultado ajude a criar outros paradigmas nos cuidados dispensados a idosos que sofrem do problema. “Acredito que, com nossas descobertas, vamos fazer os membros da família desses pacientes perceberem que mesmo uma ligação rápida, uma visitinha ou uma simples piada podem fazer um mundo de diferença para o bem-estar e a felicidade de quem sofre de demência”, disse, em entrevista ao Correio.

No estudo, Feinstein e sua equipe fizeram um teste de memória com cinco portadores de diferentes graus de demência, mas todos com o comprometimento diagnosticado. Eles assistiram a um trecho de um filme triste, enquanto eram observados. Durante a exibição, todos demonstraram tristeza, seja chorando ou por meio de expressões faciais. Imediatamente depois do filme, os participantes da pesquisa disseram que se sentiam tristes e que foram afetados de forma negativa.

Entre cinco minutos e 10 minutos depois, eles passavam pelo teste de memória. Quatro pacientes conseguiram se lembrar de cinco ou menos detalhes, sendo que um deles não foi capaz de se recordar de nada. Posteriormente, tinham de descrever o que sentiam naquele momento. Todos continuavam tristes. O mesmo aconteceu quando assistiram a uma comédia. Embora não se lembrassem das cenas, eles reportaram uma sensação de bem-estar e humor. Uma das participantes contou aos pesquisadores que, no dia a dia, costuma ter sentimentos bons ou ruins, mas nunca faz ideia do que provoca essas emoções. “Quando me sinto bem, não me preocupo, obviamente. O ruim é quando estou me sentindo realmente triste e não consigo descobrir o porquê. E esses sentimentos não vão embora”, disse.

O amor

Por intuição, a professora Maria Ernestina Rocha Neves, 77 anos, aprendeu o melhor remédio para a doença do marido que, há uma década, tem Alzheimer: “É o amor”, diz. “Ele foi meu primeiro namorado, agora é meu neném”, brinca, com carinho, sobre o marido, Francisco de Assis Neves, 80. Mesmo parecendo ausente, quando chamado, Francisco olha para ela com adoração. “O que eu sou, Chico?”, pergunta Ernestina. Ele dá uma risada gostosa e responde: “Você é linda”.

Até quatro anos atrás, Francisco, ex-funcionário do Senado — “O mais culto que já passou por lá”, segundo a mulher —, ainda lia jornal e fazia palavras cruzadas. “Eu pedia para ele ler para mim, depois me fazia de desentendida e perguntava para ele: ‘O que era mesmo que estava escrito?’”, explica Ernestina. Hoje, porém, Francisco já não consegue assinar o nome. “Ele tinha uma letra linda”, recorda a mulher.

Apesar de a doença ter avançado há cerca de um ano e meio, Francisco é um homem saudável e faz coisas, como mastigar, que poucas pessoas no estágio em que se encontra conseguem realizar. “Tem de receber muito amor, carinho e paciência. Me dedico muito a ele, por isso que está assim. Não considero que ele dê trabalho. É um prazer tomar conta dele, ele tem de ter tudo do melhor”, ensina Ernestina.

Francisco não é paparicado somente pela mulher. Os seis filhos, as 14 netas e, agora, a bisneta estão sempre por perto. Às terças, quartas e quintas, os netos almoçam com os avós. “É só ele perguntar por algum filho que ele vem correndo”, conta Ernestina. Muito católica, ela emociona-se ao dizer que Francisco pode se esquecer de tudo — menos de rezar o Pai-Nosso e a Ave Maria. “Tem coisas que a ciência não consegue explicar.”

Acredito que, com nossas descobertas, vamos fazer os membros da família desses pacientes perceberem que mesmo uma ligação rápida, uma visitinha ou uma simples piada podem fazer um mundo de diferença”
Justin S. Feinstein, pesquisador da Universidade de Iowa
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COMUNICAÇÃO

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segunda-feira, 24 de março de 2014

ESPERANÇA: SERENA NÃO SOU

Serena não sou

Escrevo para me manter lúcida
Para espantar o vil alzheimer
Ocupo a mente com desvarios
Fantasio uma saúde de ferro
Não me vejo anfitriã da senilidade
Eu nunca vos disse que temo a idade
Mas quero dela tirar o melhor proveito

Há na poesia um fitness completo
Metáforas feitas de quebra-cabeças
Um puzzle que é o meu predilecto
Palavras que nascem para ganhar vida
Cruzar os braços, não contem com isso
Impávida não fico, serena não sou
São batalhas que venço para estar activa 
( Maria Fernanda Reis Esteves)

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ALZHEIMER - RETRATO FALADO

Ultimate Rush de Kurt Weston Pictures, Images and Photos

Chego sorrateiro na companhia do tempo que precariamente lhe consome.
Infiltro-me no processo de envelhecimento me fazendo natural em seu esquecimento, em sua desorientação do não lembrar,na caducidade de sua não lucidez, mas, meu objetivo maior é destruir progressivamente seus neurônios, é lhe deixar em completa apatia sem motivo aparente, se possível lhe levar à depressão, roubar-lhe seu juízo e critica na confusão de seu raciocínio, torna-se sua incessante ansiedade, sua inquietação, sua agressividade, desorganizar seu sono e seus pensamentos em delírios, dificultar sua locomoção, lhe deixar em total dependência, roubar-lhe sua funcionalidade, seu cognitivo racional, seu cérebro.
Sou o mal crônico a causar sofrimento, esteja atento...
Sou ALZHAIMER!
(Lufague.)

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UM ACERTO DE CONTAS


Um dia, peguei uma revista americana para folhear, mas não consegui abri-la. Meus olhos se prenderam à fotografia da capa e ali ficaram, hipnotizados. Era uma foto em close de um lobo ou cão de pêlo escuro, com os dentes à mostra e os olhos arregalados. Embora o título ao pé da foto dissesse Anatomia do medo, para mim aquela imagem não era a tradução do medo – mas sim de outro sentimento, poderoso e destruidor, que num primeiro instante não pude precisar.

Continuei olhando: os olhos cor de fogo, os pêlos reluzente, os caninos como marfim velho, de pontas finíssimas; a gengiva escura, a língua vermelha, banhada em saliva. A imagem era de um realismo impressionante, o animal parecia a ponto de saltar do papel. Pensei, num delírio, que se ele o fizesse, eu não me deixaria morrer de forma passiva, mas o agarraria pelo pescoço e apertaria com toda a força. Seria uma luta encarniçada. E, nesse instante, veio a compreensão do sentimento que me evocava a fotografia: não era medo, era ódio.

A constatação me deixou inquieta. Sempre tive dificuldade de lidar com a raiva. E, nessa época, a raiva era um sentimento que fermentava dentro de mim, à minha revelia. Havia uma razão para eu me sentir assim: minha mãe começava a mostrar os primeiros sintomas do Mal de Alzheimer. Como qualquer doença que afeta as faculdades mentais, o Alzheimer costuma provocar misericórdia – mas também suscita sentimentos menos nobres, como a revolta, a raiva e, em conseqüência, a culpa. Era o que acontecia comigo.

Mamãe, que sempre fora uma mulher forte, independente e decidida, tornara-se um ser frágil, súplice, uma mulher carente, emocionalmente desequilibrada. E eu vinha tendo enorme dificuldade de conviver com a pessoa desconhecida que surgia de dentro dela. Baixei a cabeça e tornei a observar os olhos cor de fogo do lobo preto, na capa da revista. Havia um animal igual àquele dentro de mim.

Quando se manifesta, o Mal de Alzheimer traz consigo vários males, que se infiltram na vida do doente e de todos que convivem com ele. A raiva é um desses males. Os parentes não conseguem compreender o que está acontecendo, negam a doença – ou simplesmente a desconhecem – e com isso acabam sendo tomados por um sentimento de revolta.

Hoje, depois de conviver com a doença de minha mãe por mais de dez anos, eu me arriscaria a dizer que se houvesse um maior esclarecimento sobre o problema, os casos de violência contra os idosos diminuiriam. Ao anunciar, em setembro último, a Campanha Nacional de Conscientização sobre o Mal de Alzheimer, a Academia Brasileira de Neurologia (ABN) divulgou uma previsão assustadora: em dez anos, vai quase dobrar o número de pessoas com a doença no Brasil.

Hoje, há cerca de 16 milhões de brasileiros com mais de 80 anos, faixa etária em que a percentagem de casos de Alzheimer pode chegar a quase 40 por cento. Em 2017, serão 24 milhões de idosos acima dessa faixa etária. Se, entre esses, houver dez milhões com demência senil, e se contarmos as pessoas que estão em volta deles – filhos, maridos e mulheres, irmãos, acompanhantes – estamos falando de um universo de talvez 40 milhões de pessoas.

São projeções, mas já dá para pressentir esses números: é raro falarmos no assunto Alzheimer sem ouvir o interlocutor dizer que tem um caso na família ou que sabe de alguém que tem. O Mal parece estar em toda parte. E continuamos sabendo tão pouco sobre ele.

Quem nunca conviveu com um caso de demência senil pensa que o Mal de Alzheimer é simplesmente a perda da memória. Mas não é. É uma doença cheia de faces, um mal progressivo e desestabilizador, que nos faz perder as referências, porque um de seus primeiros sintomas é a modificação da personalidade. A princípio de forma sutil, essa mudança vai aumentando e contaminando as relações. Às vezes, o doente se transforma no avesso de si mesmo: torna-se manhoso, quando era corajoso; brigão, quando era pacífico; desafiador, quando era cordato. Além disso, todas as dores mal trabalhadas, todas as mágoas acumuladas ao longo de anos – coisas naturais nas convivências familiares – começam a aflorar. Os pequenos nós, os pontos doloridos, se fazem sentir com mais agudeza, e isso torna as relações entre o doente e seus parentes quase insuportáveis.

Quando minha mãe apresentou os primeiros sintomas, eu não tinha a menor idéia do que estava acontecendo. Achava que envelhecer era assim. Demorei muito a procurar ajuda médica especializada e acredito que isso tornou mais difícil minha relação com ela. Por outro lado, não creio que a demora em consultar um especialista tenha sido determinante para a evolução da doença: os remédios que existem hoje são, em alguns casos, capazes de retardar um pouco o processo, mas não há cura. Nem prevenção.

Na verdade, ninguém sabe direito o que causa o Mal de Alzheimer e as demências senis correlatas. No caso de minha mãe, os remédios experimentados – alguns caríssimos, importados – deram um resultado mínimo e, mesmo assim, acompanhado de efeitos colaterais (um deles provocou rigidez muscular em mamãe, que praticamente parou de andar, recuperando os movimentos assim que suspendeu o medicamento).

O neurologista que a atendeu disse que ela não sofria apenas de Alzheimer, mas de uma combinação de doenças senis, incluindo a demência com corpos de Lewy e a demência fronto-temporal, ou doença de Pick. Na época, ouvi aquilo e não entendi nada. Depois, estudando o assunto na internet, fiquei sabendo que os corpos de Lewy são estruturas cheias de proteína, que matam ou modificam os neurônios; e que a doença de Pick afeta os lobos frontal e temporal, atingindo mais o comportamento do que a memória. Mas, nos dois casos, ninguém sabe por que isso acontece. E não há cura.

O mesmo se dá com o Mal de Alzheimer: quando, em 1906, o neuropatologista alemão Alois Alzheimer pesquisou o cérebro de uma paciente sua, morta aos 55 anos com demência precoce, e descobriu emaranhados fibrosos dentro de seus neurônios, ele estava inscrevendo seu nome na história da medicina. Mas o que até hoje ninguém sabe é por que esses emaranhados neurofibrilares e placas neuríticas – que, a grosso modo, apagam os neurônios – aparecem.

Há um inegável fator genético, mas a doença tem sido também associada a fatores externos, como impulsos elétricos, stress e alimentação (a incidência de alumínio encontrada em cérebros de portadores da doença é altíssima), entre outros. Uma pesquisa feita há alguns anos mostrou que entre os portadores de demências senis há uma grande percentagem de pessoas solitárias – ou melhor, que se dizem solitárias, mesmo não sendo. Uma amiga minha garante que o Mal de Alzheimer é mais comum entre pessoas incapazes de superar as próprias perdas, pessoas que guardam mágoas e alimentam o sofrimento. Será?

Devemos deixar aos cientistas a busca dessas respostas. Mas, enquanto isso, temos de aprender a conviver com o problema da melhor forma possível. E, se os remédios ainda não são tão eficazes assim, entender o que está acontecendo é muito importante. Faz toda a diferença do mundo.

Em minha mãe, a doença teve inúmeras faces e fases, começando com os lapsos, os esquecimentos, as confusões (estes, sim, naturais da idade) e logo desembocando na gradual, porem inexorável, transformação da personalidade. Junto com esta, começaram os sintomas mais graves: depressão, manias, paranóia persecutória e por fim alucinações. De repente, eu tinha em casa uma psicótica, capaz de tudo – até mesmo de violência.

Em meio a esse turbilhão de horrores, nem sempre é fácil ter compaixão. Em geral, o que eu mais sentia era raiva. Era o lobo selvagem dentro de mim, mostrando seus dentes. Não me envergonho de dizer isso. Houve momentos, durante o processo de esfacelamento da mente de minha mãe, em que senti que me degradava também, que me desfazia, que ameaçava resvalar perigosamente para o outro lado – o lado da insanidade. Acho que essa foi uma das razões que me levaram a escrever um livro sobre o Mal de Alzheimer.
Quando me sentei no computador, não sabia ao certo o que faria. Deixei que meus dez dedos, pousados sobre o teclado, decidissem tudo, caminhassem sozinhos. Escrevi durante semanas, de forma febril. E assim se fez O lugar escuro – Uma história de senilidade e loucura. É um relato da minha convivência com a doença, e também uma viagem ao fundo da mente de minha mãe. Uma catarse que me ajudou a entender e, principalmente, a aceitar muitas coisas.

Acho que esta é a palavra-chave: aceitação. Não é fácil ver alguém com quem se conviveu por toda a vida se transformar em outra pessoa. Meu marido, muito perspicaz, disse certa vez uma frase que me chocou muito, mas que tive de admitir ser rigorosamente verdadeira: “Sua mãe não existe mais. O que existe é uma entidade, que tomou o lugar dela. Não sei que entidade é essa, nem o que se passa em sua mente. Só sei que ela não é mais sua mãe”. Aceitar isso foi algo que também me ajudou. Mas admito que não foi fácil. Para os filhos, esse processo de entendimento e aceitação talvez seja ainda mais difícil do que para maridos, mulheres, irmãos e outros parentes que convivam com o doente. Porque as relações entre pais e filhos são muito fortes, viscerais, e por isso mesmo quase sempre difíceis, permeadas de pontos sensíveis.

Quando me convenci de que era um caso de demência senil, a raiva e a revolta que moravam dentro de mim – aquele lobo de olhos de fogo – deu lugar à compaixão. Eu me reconciliei com minha mãe. Hoje, converso com ela, mesmo sabendo-a incapaz de compreender o que estou dizendo, e falo de mágoas, equívocos, ciúmes, sentimentos que por muitos anos tinham ficado sufocados, nela ou em mim. E ela, às vezes, em rasgos de lucidez, diz frases pertinentes, que me tocam e surpreendem. Mas o importante é que hoje consigo acariciá-la, ficar a seu lado, brincar com ela – muito mais do que antes. No fim, o mal de Alzheimer foi para nós duas um acerto de contas. No bom sentido. (Revista Claudia) Prêmio Abril 2008 categoria Artigo
http://heloisaseixas.com.br/

NAS ONDAS DO ALZHEIMER


Fecho os olhos, sigo o redemoinho das mais variadas sensações e começo a mergulhar no mar revolto das emoções… uma correnteza de sentimentos contraditórios me empurra para baixo, para cima, para os lados… pensamentos, imagens, lembranças, são como gigantescos icebergs, onde meus medos se chocam ou meus desejos ansiosos querem aportar… escuridão e luz – asfixia e ar – silêncio e intensos sons confusos – vazio…

Quem convive ou já conviveu com alguém portador de Alzheimer, facilmente entenderá quando digo que, muitas vezes, me sinto navegando à deriva num oceano desconhecido e misterioso. Só uma observação minuciosa, dedicada e intuitiva, pode nos servir de bússola cujo ponteiro – se devidamente norteado pelo campo magnético do nosso grau de sensibilidade –, apontará indícios de uma rota a ser seguida.

Nas minhas reflexões sobre essa vivência com mamãe, tenho a sensação de estar reaprendendo a Vida e reestruturando formas de pensamento, ação e sentimentos. E assim, conscientemente, percebo-me – a cada dia – despertando para um cotidiano sempre novo e surpreendente.

Não tenho dúvida alguma de que ela percebe e se aflige com as sensações que a invadem, ficando-me sempre um aperto no coração ante algumas situações vividas que deixam muito evidente a fragilidade da existência num mundo que parece frio e hostil às necessidades mais íntimas de cada ser.

Em muitas ocasiões, olhando-me com aflição, já a ouvi dizer: “eu fico tentando me lembrar e não consigo”; “parece que estou ficando doida”; “minha cabeça está ficando vazia”; “eu esqueço de tudo e fico com medo”; “não sei mais falar”… Assim também é muito comum vê-la expressar seus medos nos mais variados momentos:
Medo de ficar sozinha: vez por outra me diz: “quando é que você vai embora?” e diante da minha afirmação de que vou ficar sempre junto dela, expressa a sua alegria : “é mesmo?! Ah que bom! Graças a Deus! Fico muito contente!”.

Medo de morrer: sempre manifesta quando sente alguma dor ou mal-estar e, por vezes, quando a estamos colocando pra dormir, já a escutamos nos pedir: “rezem e peçam a Deus pra eu não morrer”.

Medo do escuro ou de ambientes e pessoas que desconhece: ao acordar no meio da noite; ao estar num lugar diferente; ao ver cenas na televisão ou em locais com muita gente, quando não externa com reações de pânico, me diz baixinho e com o corpo trêmulo: “estou com medo! Não me deixe sozinha!”
E quando o sono não vem – muitas vezes passando a noite em claro – busco aconchegá-la no meu abraço, enquanto vou tentando falar com ela. Geralmente digo: feche os olhos para que o sono possa chegar! Uma vez me respondeu:“não! É pior!”. Perguntei então por quê. Ela disse: “ quando eu fecho o olho não consigo lembrar” Insisti: e agora, de olho aberto, você consegue? Respondeu-me: “não! E minha cabeça… parece que estou maluca.”

Nesses momentos, os olhos ficam bem abertos com ar de muita inquietação: olha tudo ao redor como se procurasse por alguma coisa, em seguida – por alguns instantes – o olhar se torna fixo como se estivesse preso em lugar nenhum. Sinto um frio na alma pensando em quantas pessoas idosas estão sozinhas em seus medos sem encontrar quem lhes envolva num abraço de carinho e proteção…

É então que me dou conta: para aliviar as dores do corpo sempre há uma medicação a que podemos – sob orientação médica – recorrer, mas para as dores da alma, só o companheirismo aliado aos recursos da terapia do amor podem fazê-la relaxar e adormecer com tranqüilidade. Por isso, no meu ‘bloquinho de receitas’ costumo prescrever e aplicar:
Carinho e Atenção: dosagem máxima a cada minuto do dia. Uso contínuo e permanente.

Dedicação: dosagem máxima durante todo o dia. Uso contínuo e permanente.

Paciência: superdose o tempo todo. Recomenda-se manter estoques extras para não deixar faltar.

Bom Humor, Respeito, Tolerância, Prudência: altas dosagens sempre.

Experimentem! Não há contra-indicações e os efeitos colaterais são os melhores possíveis! (Gracinha Medeiros)