quinta-feira, 20 de março de 2014

O ATO DE CUIDAR



O envelhecimento, expõe à pessoa, perdas nos domínios da saúde, da funcionalidade intelectual, do exercício de papéis e relações pessoais. Essas perdas representam necessidades específicas sobre os recursos pessoais e sociais. Quando o idoso ainda tem capacidade de perceber estas perdas como desfavoráveis, e incontroláveis, maior será o seu potencial para sofrer problemas de adaptação, com reflexos no seu estado de saúde. A atenção aos cuidados de saúde da pessoa idosa determina que o cuidador informal possua conhecimentos sobre as alterações normais (senescêcia) e patológicas (senilidade) decorrentes do próprio processo de envelhecimento, além de ser fulcral, compreender a importância da manutenção do idoso no meio que sempre viveu ou vive.

O ato de cuidar, é compreender o todo, visualizando de uma forma global, as necessidades do ser cuidado. Este ato deve ser atenuado, com a adoção de atitudes de respeito, ética e responsabilidade, mas também de afetividade de ser humano para um ser humano que depende deste cuidador. Sem deixar de reforçar que, o cuidador informal é um elo de ligação importante entre o idoso e os profissionais de saúde.

Cuidar é muito mais que um ato, é uma atitude, onde o cuidador deve antes de tudo saber e querer se cuidar, para então cuidar do outro, um semelhante, mas não igual, que poderá estar temporariamente dependente.

Só o trabalho, só o ato de zelar, não faz um cuidador. É necessária a união do trabalho com a disponibilidade e capacidade de ouvir o outro, sentindo-o, sem possui-lo, sem tirar-lhe sua autonomia e independência. O cuidado verdadeiro é um trabalho que produz satisfação, sem sofrimento.

Os cuidadores necessitam estar atentos à rotina do cuidado, para que as ações repetitivas, não absorvam o prazer de cuidar, não diminuam o vinculo afetivo.

Assim, o idoso que conta com cuidadores dedicados, manterá uma melhor qualidade de vida, minimizando as complicações e, desta forma, reduzindo a procura pelos serviços de saúde, sobretudo os internamentos e altas problemáticas.

Esta decisão para a importância do respeito da individualidade do paciente estabelece um grau de adaptação e mudança; em compensação, abre espaço para a criatividade tão fundamental no atendimento humanizado. A criatividade aplica-se em todas as ações da Enfermagem, pois o acto de cuidar é perceber o todo, é enxergar de uma forma global, criativa e criadora.Temos que mudar a forma como aprendemos e a forma como mudamos.Temos que ser melhores no acto de inovar o Ato de Cuidar.

Humanizar é acolher esta necessidade de resgate e articulação de aspectos indissociáveis: o sentimento e o conhecimento. Mais do que isso, humanizar é adaptar uma prática na qual o cuidador formal e o cuidador informal, que prestam cuidados de saúde do próximo, encontrem a possibilidade de assumir uma posição ética de respeito ao outro, de acolhimento, do desconhecido, do imprevisível, do incontrolável, do diferente e singular, reconhecendo os seus limites.
https://www.portaleducacao.com.br/

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