Quantas
famílias são surpreendidas pela notícia que seus familiares estão
se esquecendo de fatos recentes: contas a pagar, horários dos
compromissos e ainda desordem de comportamento em constante
distúrbio: ansiedade, agressões verbais e/ou
físicas, desequilíbrio
nas funções mais simples: cozinhar, lavar , perdas cognitivas em
geral incluindo o empobrecimento da linguagem englobando as
Atividades que antes eram da rotina normal .
A dúvida, o diagnóstico : a dor.
Tristeza e
choro, ás vezes mesmo sentimento de culpa, turbulência dos
familiares e fatalmente vem o desequilíbrio doméstico, a cobrança,
os desentendimentos, o pavor. Lidar com algo novo como uma
doença demencial é difícil, é ás vezes impossível.
Aprendemos a sermos cuidados ou apenas a cuidar de nossos filhos e maridos e restringimos a vida em torno de nós mesmos. Diante da possibilidade de acolhermos um familiar, que já fora cuidado por outros e que cuidou de nós, assustamos com a realidade da incapacidade notória do nosso familiar e passamos a responsabilidade de termos de cuidarmos de um pai, avó, tio, tia, mãe . Nosso mundo tão preservado, inclina-se.
A doença de Alzheimer, tão misteriosa na causa, à qual á ciência desconhece, recai em algum familiar e isto tudo nos faz despencar diante da pergunta: Quem cuida? Quem ajuda?
A
problemática chamada Alzheimer vem de encontro de nós, tão célere
e urgente que o desajuste nos atinge em cheio.
Passado o susto, os familiares: irmãos, parentes se afastam e sem ter a doença se "esquecem" literalmente do paciente. Começam a diminuir os telefonemas, as visitas passam a ser mais reduzidas, os parentes mais distantes são os primeiros geralmente a desaparecer, muitas vezes nem ao menos se preocupavam antes.
De repente aparece a nossa figura: O cuidador, aquele mais próximo muitas vezes uma filha outras raras um filho, uma nora .
O
problemático Alzheimer está apenas começando, vem a tona a
lembrança anterior do relacionamento do parente agora “paciente”,
alguns falam em mãe que não foi plenamente uma mãe, outros falam
de um pai que ás vezes não foi tão excelente ou de avó ou tio que
não foram exemplares e assim tentamos sutilmente nos confundir e nos
julgarmos como “vítimas”, talvez até como a reagir
preventivamente, somos humanos.
Fase difícil, mas a primeira de uma série. O que fazer? Muitas vezes não temos espaço físico para nós próprios, como fazer? Onde? Como? Quando?
Aí passamos também a fase do quem cuida de quem?
Está fase tentamos resolver logo, pois aí ficamos experts: Asilo? Casa de repouso? Outra irmã ou irmão? Amigo dividindo as funções, vizinho, filhos?
É também uma fase difícil, vem a tona o remorso, as culpas, a encrenca literal, as interrogações???? Refletimos na possibilidade de acompanhantes de idosos e pensamos: será que este ou estes novos profissionais cuidarão bem???
Resolvido: Transferimos o problema Alzheimer para uma instituição ou a casa de um parente próximo. A opção é atitude individual, intransferível e dotado de livre arbítrio e não merece antecipação de tutela ou julgamento no mérito pois cada caso é uno e individual, sabemos do nosso apego e sofrimento em qualquer decisão.
No segundo caso, na casa de um parente próximo, aí começa o trampolim do desajuste que fazemos ao nos tornarmos cobradores dos atos dos outros e os outros dos nossos atos e se cuidarmos nós mesmo, a cobrança vem, sem dúvida em nossa direção.
Legalmente quem cuida é quem é dotado de plenos poderes para conduzir o paciente de acordo com suas necessidades e cuidados. Mas muitos parentes sabedores disto tudo, conserva a ironia de discutir e vigiar os passos do cuidador responsável, com visitas não agendadas, telefonemas e acaba metaforicamente metendo o pé pela cabeça.
A
fase psíquica e física de sentir-se exausta é muito sentida ante a
missão do cuidar e é muitas vezes aconselhável por médicos o
acompanhamento psicológico, os exercícios físicos, o cultivo de
outras atividades como caminhada, leitura, crochê, e outras
variedades de atividades que podem ser prazerosas. O ficar sozinho
com esta responsabilidade sem ajuda de ninguém é ficar sempre no
vermelho , são sobrecargas ostensiva, gerando sentimentos de
insegurança.
Temos hoje muito mais informações sobre a doença em relação a década passada, a doença é antiga com 100 anos de idade, porém muitos ainda a confundem com caduquice e esclerose[coisas da idade]
O
apoio fraterno ao cuidador é de extrema importância, as comunidades
no Orkut, as Abraz de todo o país buscam dar este apoio e
acompanhamento com reuniões, cursos e trocas de idéias.
Não é seguramente fácil para ninguém este encargo, começo até previsível de depressão, pois os cuidados pessoais são sempre sobre humanos, aprendemos no decorrer deste processo o AMAR, O DESCOBRIMENTO DE OUTROS CUIDADORES QUE PASSAM PELO MESMO MOMENTO, AS AMIZADES, A FRATERNIDADE.
A FÉ
O
apoio da Divindade, crer em Deus que tudo vê e tudo sabe
vislumbrando o desafio da fé e a crença que fazemos hoje o melhor
dentro de nossas aceitação respeitando nossas próprias limitações
, a conscientização de que nada é por acaso, assim como a lei da
física toda reação tem uma ação, tentarmos nos perdoar nas
falhas e abolindo a culpa,.em todas as etapas da descoberta do DA em
nossos familiares, e em todas as fases existe algo que não podemos
desprezar a auto confiança.
A
informação sobre a doença é um conteúdo necessários
ao nosso aprendizado é irrefutável, e além disto sempre querer
saber mais, estimular o nosso raciocínio , nos dotarmos de
conhecimento sobre diversas áreas de pesquisa, diversos seguimentos
médicos, os recursos e o estudo.
Acreditamos que jovens estudantes de curso superior estão também acompanhando o Cuidador com o olhar de aprender, nas diversas áreas da saúde, tanto para seu conhecimento como para sua especialização no seguimento na área do Envelhecimento.
Cada dia novos casos de Alzheimer se multiplicando e cada vez atingindo pessoas de diversas faixas etárias.
Nós os cuidadores aprendendo o cuidar, mobilizando esforços para aprender, para se cuidar, para se amar e principalmente tentando o perdão, que muitas vezes algo tão mal resolvido no passado dilacera em nosso âmago mais profundo, este processo da missão de ser responsável pelo nosso familiar querido com uma tarefa antes desconhecida nos proporciona um largo aprendizado e uma constante energia renovadora na esperança que Deus está conosco, participando ativamente através dos mensageiros amigos da espiritualidade ligado a nós para fortalecer nosso íntimo, vibrar em nossos acertos e não nos fazermos desistir de cuidar de um doente que antes fora nosso ponto de apoio, nossos amores que nos aquietou a alma nos momentos difíceis e nos protegeu na aurora do nascimento, acolhendo-nos em carícias e afagos.
http://alzheimernafamilia.blogspot.com.br
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