segunda-feira, 24 de março de 2014

ESPERANÇA: SERENA NÃO SOU

Serena não sou

Escrevo para me manter lúcida
Para espantar o vil alzheimer
Ocupo a mente com desvarios
Fantasio uma saúde de ferro
Não me vejo anfitriã da senilidade
Eu nunca vos disse que temo a idade
Mas quero dela tirar o melhor proveito

Há na poesia um fitness completo
Metáforas feitas de quebra-cabeças
Um puzzle que é o meu predilecto
Palavras que nascem para ganhar vida
Cruzar os braços, não contem com isso
Impávida não fico, serena não sou
São batalhas que venço para estar activa 
( Maria Fernanda Reis Esteves)

http://www.luso-poemas.net/

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