quarta-feira, 19 de março de 2014

AS NUANCES, OS SENTIDOS E O ACOMPANHAR NA DOENÇA DE ALZHEIMER

Temos nosso resgate como seres em desenvolvimento, agimos pautados em emoções crenças e racionalidade como somos semelhantes à criatura da Divindade que nos ama e acolhe assim, sentimo-nos mais capacitados para dirigir nossa vida fundamentada na crença do objetivo em alcançar o fortalecimento e conquistas espirituais que nos enseja capacidades de superação quando nos deparamos com a doença que afeta nossos familiares queridos.


Sabemos que a doença se desenvolve  bem antes do diagnóstico, que os pacientes de Alzheimer, , ficam agitados e perdendo suas funções cognitivas, tronam-se confusos e acabam em perturbar relacionamentos com outros familiares, em sua inquietude, falam mal de um para outro, esquecem em seguida o que disseram e com a mesma intensidade, muitos pacientes são acometidos pela depressão que antecede a demência.

Sentem-se tristes e desanimados, fogem do convívio social agravando suas percepções de racionalidade, esquece a boca do fogão ligado, a geladeira aberta, a carteira, o caminho de volta ao lar, às chaves e confundem-se no tempo e espaço.

Muitas vezes são portadores de histórias inverídicas e irreais sobre algum acontecimento que foram protagonistas e se perdem com facilidade e até deixam seus alimentos estragarem na geladeira, confundem assim acontecimentos reais e pessoas que fizeram parte de seu convívio  social e familiar. 

Estas mudanças comportamentais nem sempre são detectados pelos familiares, temos dúvidas dos fatos narrados por eles acometidos pela doença, muitas vezes o convívio familiar se torna insuportável. Na verdade não sabemos que nosso familiar está acometido por está doença.

Muitos casos a procura pela ajuda médica é demorada, existe um largo tempo entre a manifestação da demência e o diagnóstico.
Estes lapsos de tempo podem ocorrer fragilidade e dificuldades maiores nos relacionamentos no lar pelo fato do comportamento do paciente com Alzheimer ser afetado vagarosa e continuamente e os laços familiares ficarem desgastado e até se romperem sem saber que nosso querido familiar é vítima desta doença tão insinuosa e devastadora.

Um dos agravantes da doença é a dificuldade de linguagem, o vocabulário torna-se empobrecido, também as histórias dos fatos cotidianos do paciente tornam-se confusos, a repetição de perguntas, às acusações constantes que envolvem outros familiares, a desconfiança, a perda da relação tempo e espaço são notados diariamente.

A sensação de impotência perante os obstáculos que observamos no nosso familiar afetado pela doença nos assusta e muitas vezes, somos também acometidos de medo, insegurança, fragilidades normais perante o absurdo que é compartilhar esta doença progressiva e severa, a qual não escolhe classe social e é dramaticamente cara e de proporções enormes, que nos afeta sim, e muitas vezes temos que lembrar de nós com amor, coragem e certeza que o comprometimento maior é conosco  e de maneira firme e doce, nos amando principalmente, marcando consultas médicas, dando um passeio no quarteirão e se possível com amigos, dividindo os conflitos e por alguns momentos os esquecendo, fazendo parte de grupos de apoio e nos amarmos a taql ponto que nos prometemos superar "um dia de cada vez".

Como já comentado anteriormente o diagnóstico médico é tardio, procuramos esta ajuda do pessoal da área de saúde já ressentidos, enfraquecidos, cansados e sensibilizados pelas reações do paciente que faz com que a doença onos  torna suas  vítimas, sendo assim,  quem mais convive, quem está próximo, quem permanece ao seu lado é o mais atingido, os outros familiares mais distantes , na visão do paciente com Alzheimer, são os mais estimados por que não oferecem o suporte na doença, apenas os visitam e não o incomodam com os cuidados diários.

Os cuidados que os pacientes necessitam dentro do seu lar são intensos e desgastante, é o colocar, literalmente, a mão na massa.

Percebemos que o paciente já não pode desenvolver sua vida diária como antes, com desenvoltura e autossuficiência, precisam de ajuda 24 por 24 h.

Mesmo diante da vigília constante podem sofrer incidentes dentro de casa, como queimaduras e tombos que necessitam de longas internações que culminam no avançar da doença, lembrando que uma intervenção cirúrgica agrava a doença promovendo seu avanço.

Os cuidados diários e intensivos na observação, vigília e cuidados são importantíssimo no percurso da doença que não escolhe classe social, raça ou cor e denota com as medicações, utensílios e materiais usados em seu desenrolar um custo altíssimo, sem contar com o alto custo de acompanhantes ou cuidadoras e home care [enfermeira especializada na aplicação dos medicamentos injetáveis, quando necessário.

As doenças oportunistas andam lado a lado com o desenvolvimento das fases da demência, como infecções em geral resultando no enfraquecimento do organismo do idoso.

Somos tomadas pela aflição quando noticiados pela doença que adentra nossos lares e vem com ela o descaso dos demais familiares habituados ao convívio com o paciente, nestas horas , na maioria das vezes, apenas um único membro da família torna-se responsável pelos cuidados com seu familiar com a doença de Alzheimer.

Compelidos a esta missão, muitas vezes pensamos em desistir, reação está ligada ao alto estresse dos cuidados, somos dominadas pela insegurança medo.
Nesta condição aflitiva buscamos procurar mecanismo de superação na fé e na oração, tomando a decisão de prosseguir na tarefa, corajosamente.
Muitas noites de insônia ao lado do ser que Deus nos confiou a tarefa são aureoladas ao deslevo e dedicação, acompanhando os passos inseguros do nosso familiar acometido pela doença , oferecendo-o ternura, autoconfiança e amor.

Quando passamos por variadas emoções febris dos cuidados intensivos com o ser que Deus nos abençoou como cuidadora responsável deste familiar, recordamos as jornadas vivenciadas e emocionamos ao olhar tudo o que já passamos agradecida por haver concedido uma missão que soubemos edificar através do amor e da abnegação, nunca te arrependas desta caminhada cintilada pelos júbilos do dever cumprido e agradeça a Deus haver-te concebido como tarefa cuja provação é conquista sublime no processo de nossa evolução.


A compreensão de cada um que já passou por este desafio e de quem passa , juntamente com a informação e apoio do pessoal da área médica são nossos aliados, podemos e temos o direito neste percurso de: chorar, sofrer, cair e se levantar, subtraindo a culpa e nos fortalecendo intimamente a cada queda ou vitória nesta luta  "in glória", porém necessária ao nosso aprimoramento focado na fé raciocinada, cada dia oro por todas pedindo a Deus que as envolva e abençõe por que ele sempre permanece com vocês. 
http://alzheimernafamilia.blogspot.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário