Mulher idosa faz palavras cruzadas em uma praça de Kiev, na
Ucrânia, em foto de 20 de julho: segundo pesquisas, mulheres com falhas
cognitivas leves sucumbem à demência mais rapidamente do que homens
(Foto: Reuters/Gleb Garanich ).
Mulheres com problemas cognitivos leves, como perdas de memória, que
podem ser os primeiros sintomas do mal de Alzheimer, sucumbem à demência
duas vezes mais rápido que os homens com problemas semelhantes, de
acordo com um estudo divulgado nesta terça-feira (21).
O estudo pode ajudar a explicar por que as mulheres mais velhas são muito mais afetadas pela doença de Alzheimer do que os homens, dizem os pesquisadores, que apresentaram suas conclusões na Conferência da Associação Internacional de Alzheimer (AAIC) em Washington.
Dois terços dos norte-americanos afetados pela doença são mulheres, que a partir dos 60 anos têm duas vezes mais risco de desenvolver Alzheimer do que um câncer de mama, segundo a Associação Norte-americana de Alzheimer.
A partir dos 71 anos, 16% das mulheres nos Estados Unidos sofrem de Alzheimer, contra 11% dos homens. O estudo foi realizado com 398 participantes, 141 mulheres e 257 homens, a maioria septuagenários e todos afetados por problemas cognitivos leves.
Durante um período de acompanhamento de oito anos, o estado cognitivo das mulheres se deteriorou duas vezes mais rápido do que entre os homens, segundo testes-padrão para avaliar a memória e outras capacidades mentais utilizadas para os testes clínicos, explicou o médico Murali Doraiswamy, professor de psiquiatria do Centro Médico Universitário da Universidade de Duke, na Carolina do Norte e principal autor do estudo.
"Estes resultados sugerem a possibilidade de fatores de risco genético e ambiental específicos da variável biológica dos sujeitos que poderiam incidir sobre o ritmo de degradação de suas capacidades cognitivas", explicou Katherine Amy Lin, pesquisadora da Universidade de Duke e uma das co-autoras do estudo.
"Determinar estes fatores deveria ser uma prioridade de futuras pesquisas", afirmou. Entender os mecanismos responsáveis por estas diferenças entre as variáveis biológicas na vulnerabilidade ao Alzheimer poderia levar à descoberta de novos tratamentos experimentais, avaliam os cientistas. Segundo eles, estas diferenças poderiam ser produto de características biológicas particulares no cérebro. "Não esgotamos as pesquisas para que possamos estabelecer estas diferenças entre os sexos" que poderiam explicar a maior vulnerabilidade das mulheres ao Alzheimer, apontou Kristine Yaffe, da Universidade da Califórnia em San Francisco.
Já se sabe que as mulheres são mais propensas à depressão e mais vulneráveis ao estresse, ambos considerados fatores de risco à doença degenerativa, explicou a cientista. Segundo ela, poderia tratar-se de "uma interação complexa entre dois fatores genéticos e hormonais e a forma como o cérebro se desenvolve".
(http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/07)
O estudo pode ajudar a explicar por que as mulheres mais velhas são muito mais afetadas pela doença de Alzheimer do que os homens, dizem os pesquisadores, que apresentaram suas conclusões na Conferência da Associação Internacional de Alzheimer (AAIC) em Washington.
Dois terços dos norte-americanos afetados pela doença são mulheres, que a partir dos 60 anos têm duas vezes mais risco de desenvolver Alzheimer do que um câncer de mama, segundo a Associação Norte-americana de Alzheimer.
A partir dos 71 anos, 16% das mulheres nos Estados Unidos sofrem de Alzheimer, contra 11% dos homens. O estudo foi realizado com 398 participantes, 141 mulheres e 257 homens, a maioria septuagenários e todos afetados por problemas cognitivos leves.
Durante um período de acompanhamento de oito anos, o estado cognitivo das mulheres se deteriorou duas vezes mais rápido do que entre os homens, segundo testes-padrão para avaliar a memória e outras capacidades mentais utilizadas para os testes clínicos, explicou o médico Murali Doraiswamy, professor de psiquiatria do Centro Médico Universitário da Universidade de Duke, na Carolina do Norte e principal autor do estudo.
"Estes resultados sugerem a possibilidade de fatores de risco genético e ambiental específicos da variável biológica dos sujeitos que poderiam incidir sobre o ritmo de degradação de suas capacidades cognitivas", explicou Katherine Amy Lin, pesquisadora da Universidade de Duke e uma das co-autoras do estudo.
"Determinar estes fatores deveria ser uma prioridade de futuras pesquisas", afirmou. Entender os mecanismos responsáveis por estas diferenças entre as variáveis biológicas na vulnerabilidade ao Alzheimer poderia levar à descoberta de novos tratamentos experimentais, avaliam os cientistas. Segundo eles, estas diferenças poderiam ser produto de características biológicas particulares no cérebro. "Não esgotamos as pesquisas para que possamos estabelecer estas diferenças entre os sexos" que poderiam explicar a maior vulnerabilidade das mulheres ao Alzheimer, apontou Kristine Yaffe, da Universidade da Califórnia em San Francisco.
Já se sabe que as mulheres são mais propensas à depressão e mais vulneráveis ao estresse, ambos considerados fatores de risco à doença degenerativa, explicou a cientista. Segundo ela, poderia tratar-se de "uma interação complexa entre dois fatores genéticos e hormonais e a forma como o cérebro se desenvolve".
(http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/07)
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