sexta-feira, 22 de abril de 2016

ALZHEIMER


 
Alzheimer
Antes... a linha tênue com a possível perfeição,
de corpo e mente concatenada na razão.
Era a normalidade de um raciocínio,
repleto de lógicas amparadas em conceitos
que o equilibraria... nas emoções ou calmaria.

Depois canal escuro... túnel do tempo.
Surgindo as distorções de uma mente,
independente se foi sábio, ou descuidado e indiferente.
Mal implacável... destrói
como um vendaval indomável.

Devaneios que nublam seus anseios.
Início de uma volta ao passado.
Sem sentir e definir nem mesmo
quem se posta a seu lado.

Começo da deterioração,
de uma fiação neuronal
que equilibrava os pensamentos
até nos mais conturbados momentos.

Sonhos de amor e afinidade... vai esvaindo-se
deste infortúnio corpo... recebedor de ingrata visita
que joga manto escurecedor, na mente
de este ser que nos amou com ardor.
(Abraão  Leite Sampaio)

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