“O homem quer ser feliz mesmo quando vive de modo a impossibilitar a felicidade”.
Santo Agostinho
A maturidade é uma fase muito
especial para nos conhecermos verdadeiramente, para retirarmos as vendas
dos olhos, aguçarmos a visão interna e abrirmos o coração para o
autoperdão.
Nos revezes da vida, acusamos,
na maioria das vezes, o outro, pelo fato das coisas acontecerem de
determinada maneira, e não do jeito que queríamos. A culpa é sempre do
outro.
Raras vezes observamos nossas
atitudes e as reações que elas causam nas pessoas que nos rodeiam. Só
vemos o outro. E assim, vamos acumulando raivas, tristezas,
inseguranças, abrindo feridas emocionais que com o passar do tempo,
somatizam-se em doenças.
Procuramos ignorar o que
sentimos, valorizando o imediatismo, o que vem de fora para cegar ainda
mais nossos olhos com a normose social.
A maturidade favorece a
reflexão do que fizemos no transcorrer da nossa vida: o que semeamos, o
que regamos e o que colhemos. Daí, para a velhice, é possível uma nova
metamorfose: o que posso mudar em mim, ou acrescentar na minha vida, que
me fará muito mais feliz e saudável?
Chegou a hora da introspecção!!! Ter calma, tranquilidade para
nos ouvirmos e termos coragem de conhecer quem somos efetivamente, sem
máscaras, sem receio.
Essa conscientização é
fundamental para nós. É tempo de corrigir o rumo da nossa existência,
sem pressa, mas caminhando… É tempo de encarar honestamente as feridas
que continuam abertas e que tentamos aprisioná-las lá no fundinho do
coração.
Remexer em tudo isso dói, mas liberta!!!!
Maturidade é ter a capacidade
de ir um pouco mais fundo no que incomoda pessoalmente e ter a coragem
de descobrir que as feridas podem ser cicatrizadas, removidas por um
amor incondicional a nós mesmos.
Como bem o diz Dostoiévski, “A maior felicidade é conhecer a fonte da infelicidade”. A fonte da nossa identidade
está nas qualidades do coração. Quando ele se fecha e se bloqueia,
deixamos de sentir-nos amados e valorizados, e começam as feridas…
Quando o coração se abre, sabemos quem somos, reconhecemos e apreciamos
nossa verdadeira natureza. E, sentimo-nos amados e valorizados.
Quando nos autoperdoamos, ou
perdoamos o outro, vem o fluir da vida, seu perfume … seu sabor
adocicado. E as feridas se vão … o coração volta a pulsar com ardor,
renascido, de bem com a vida!
E sua criança ferida se metamorfoseia na criança divina!
(https://portaldamaturidade.com)
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