Em 21 de setembro é comemorado o
Dia Mundial do Alzheimer. A data, instituída pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), tem como objetivo promover a conscientização da população sobre o
problema. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), a
doença afeta cerca de 1,2 milhão de brasileiros, sendo principal causa de
demência em pessoas com mais de 60 anos. Nos Estados Unidos, esse número pode
chegar a cinco milhões de indivíduos diagnosticados. Relatório divulgado, no
início de setembro deste ano, pelo Alzheimer’s Disease International (ADI)
apresentou um dado preocupante, apenas 25% dos portadores sabem que possuem a
doença.
De acordo com a presidente da
Sociedade Mineira de Neurologia, Rosamaria Peixoto Guimarães, o diagnóstico é
feito basicamente através de exames clínicos e do histórico do paciente, por
isso, é importante ficar atento a alguns sinais de alteração de comportamento.
“A principal característica do Alzheimer é o déficit de memória. A pessoa tem
dificuldade em memorizar novas informações, experiências e eventos recentes.
Dificuldade em nomear é comum e o indivíduo torna-se repetitivo. Os sintomas
podem flutuar no inicio em intensidade e a incapacidade de reconhecimento da
doença por parte do doente é comum. No início do quadro, como o déficit de
memória é leve, os afazeres do dia a dia ainda podem ser realizados com
relativa independência. Atividades como dirigir, cuidar da casa, fazer compras
e participar de eventos sociais, passam a ser realizadas com menos eficiência e
interesse”, explica a neurologista.
O diagnóstico é feito a partir da
história clínica, testes psicométricos e exame físico neurológico, assim como
através de exames de imagem e laboratoriais. Desta forma, o diagnóstico
possível da Doença de Alzheimer pode ser eficaz em 90% dos casos. Exames
complementares devem ser solicitados conforme sugerido previamente, de forma a
afastar causas de demência secundária a outras doenças clínicas ou
neurológicas. O diagnóstico diferencial como depressão é muito importante. “O
diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento são fundamentais para garantir uma
melhor qualidade de vida para o paciente”, pontua Dra. Rosamaria.
A principal preocupação dos
médicos é com a qualidade de vida do paciente, pois mesmo medicado a doença
progride. “Cuidadores e familiares têm que ser bem informados sobre todas as
alterações cognitivas e comportamentais em cada estágio e como lidar com elas,
o que pode reduzir muito a ansiedade em cuidar desse paciente”, explica a
presidente da Sociedade Mineira de Neurologia.
De acordo com especialistas não
há tratamento específico. Os sintomas cognitivos e comportamentais são tratados
com medicamentos que estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Fonte:
Associação Médica de Minas Gerais | AMMG.
http://www.hospitalviladaserra.com.br/
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