terça-feira, 17 de setembro de 2013

IDOSO, UM TESOURO DE CONHECIMENTO


Pessoas que merecem atenção e respeito. Assim são os idosos, pessoas que trazem impregnados nelas o testemunho de uma geração devido ao acúmulo dos anos vividos. Para eles, hoje, o tempo não tem a mesma importância de outrora e, se ainda usam o relógio de pulso é apenas como um acessório. Com a idade avançada, os passos se tornam mais lentos e os sentidos debilitados, alguns ainda mantêm a lucidez suficiente para contar suas repetidas histórias, as quais parecem ter importância, sobretudo, para os netinhos.

Pessoas – que merecem atenção e respeito – são discriminadas pela sociedade por considerá-las fora de um padrão estipulado como ideal. Aliás, convencionou-se que uma pessoa é idosa aos 65 anos de idade. Sabemos que muitas delas ainda têm condições de contribuir em muito com a mesma sociedade que as discrimina e descarta. Entretanto, muitas vezes, essa convenção ditada pelo meio social traz para a pessoa mais velha a sensação de que ela é um estorvo, incapaz de produzir ou oferecer alguma coisa útil.

A cultura imposta pela sociedade a respeito do idoso, gradativamente, é aplicada dentro de muitos lares. Infelizmente, em algumas famílias o comentário que se faz a respeito do mais velho é o comparando a um traste, alguém que somente dá trabalho, uma pessoa lerda e caduca ou cheia de doenças. Esquecem que aquele que agora tem a pele frouxa, sensível e uma visão fraca, em outros tempos, dedicou muito de sua vida no cuidado deles, quando eram bebês indefesos, os quais hoje deveriam retribuir com os mesmos gestos de carinho e respeito.

Sabemos que, a cada novo dia, os anos de vida se tornam mais pesados – tanto para os mais novos quanto aos mais velhos. Para estes, em especial, as tarefas mais simples do dia-a-dia se tornam cada vez mais difíceis, obrigando-os a se tornarem dependentes e merecedores dos mesmos cuidados que se aplicam às crianças.

Independentemente da nacionalidade, raça, cor ou condições financeiras, a natureza nos força a trilhar os mesmos caminhos percorridos por aqueles que nos antecedem. Se não houver a valorização dos méritos das pessoas mais velhas de nossa parte, nossos filhos estarão crescendo e sendo formados sob os mesmos conceitos, aos quais provavelmente nós é que seremos submetidos em alguns anos. Lembremos que podemos ser tratados pelos nossos jovens da mesma maneira que estamos ensinando-os a tratar os seus idosos.
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