O mal de Alzheimer é uma doença que leva o nome do
neurologista alemão Alois Alzheimer, que viveu no século XlX. Manifesta-se por
volta dos 50 anos de idade como uma demência caracterizada por uma deterioração
profunda e maciça da inteligência, associada a uma desorientação temporal e
espacial.
Daniel G. Amem, neurologista e psiquiatra americano autor do
livro “Transforme Seu Cérebro, Transforme sua Vida”, concluiu através de seus
estudos de radiografia do cérebro que esses pacientes têm perfusão (passagem de
líquido – inclusive sangue – através de um órgão) diminuída nos lobos temporais
e uma atividade diminuída nos lobos parietais, algumas vezes encontradas nesses
cérebros, de três a seis anos antes do surgimento dos sintomas. Também garante
que pode ser difícil distinguir se trata-se do mal de Alzheimer ou de uma
depressão, pois os sintomas são muito semelhantes.
Pela medicina convencional essa doença ainda é considerada
incurável, embora existam remédios específicos que conseguem estabilizar, por
algum tempo, o funcionamento das partes afetadas do cérebro.
A medicina chinesa e os estudos psicológicos de correlação
das doenças com os padrões mentais do ser humano mostram que o mal de Alzheimer
ocorre com pessoas que teimaram a vida inteira em não aceitar a vida como ela
é. Na verdade sempre procuraram controlar os acontecimentos ou os pensamentos
dos outros à sua maneira, mas, quando contrariados, acabaram gerando para sim
mesmas frustração e raiva.
Todos sabemos o quanto é difícil alguém se contrapor ao
livre-arbítrio de uma pessoa, seja através de crítica seja de sugestões.
Por isso, a única saída para aqueles que resistem em mudar
seu modo de ver a vida é começar a esquecê-la, o que vai revelar o outro extremo
de seu ego controlador e indefeso. Essas pessoas perdem, inconscientemente, a
esperança de transformar o ambiente em que vivem e partem para um estado de
demência a fim de relaxar.
Aos familiares e amigos de idosos com esse mal aconselho
conversarem com eles normalmente, mostrando-lhes novas maneiras de perceber os
acontecimentos. Procurem contar-lhes casos engraçados e suaves para estimular
seu bom humor. Devem falar-lhes sobre o perdão e a alegria de viver, pois eles
precisam aprender a libertar para alcançar a sua própria liberdade.
Entenda que enquanto a consciência foge dos processos da
vida pelos estranhos caminhos da amnésia, da demência, das drogas ou do sono, o
inconsciente do ser humano permanece intacto e ativo em seu ritmo instintivo de
emoções e de necessidades fisiológicas e biológicas.
Procure entendê-lo tratando-o com amor e paciência, mesmo
que ele se mostre violento e esquecido, pois esse comportamento é típico de sua
obstinada resistência em não querer ajuda. Ele sabe, inconscientemente, que
essa ajuda, certamente, vai curá-lo, o que o obrigaria a ter de dar o braço a
torcer contra a sua vontade.
Querido leitor, para combater esse orgulho cego só existe um
caminho: ame-o sinceramente e compreenda que o mal de Alzheimer foi a única
forma encontrada para sua sobrevivência, uma vez que suas crenças errôneas
estão profundamente enraizadas em sua mente. Converse com seu subconsciente
como se estivesse conversando com uma pessoa normal, o que, na realidade, ele
é, apenas carrega medos maiores que sua
vontade.
Portanto, ignore as aparências e ame a sua essência.
Se todos os familiares tratarem-no com muito amor, não como
a um doente, mas como uma pessoa saudável, ele perceberá em sua própria alma
que vale a pena lembrar de seus entes queridos.
Cuidado com o que você pensa a respeito dele, pois o
inconsciente coletivo tem muito mais força de transmissão do que o verbo. Não
duvide daquilo que ainda você não tem total conhecimento, as coisas não são
exatamente como vemos com os olhos físicos. Seu pensamento é uma arma poderosa,
portanto,para ajudar alguém só será possível fazê-lo através do amor verdadeiro
em seus pensamentos, suas palavras e suas atitudes.
Faça-o captar o seu amor por todos os poros e aprenda que
idade não impede ninguém de progredir e construir sonhos para o futuro. O
futuro pode ser tão longo quanto se acreditar.
É oportuno destacar que o índice populacional de idosos
ativos com mais de cem anos de idade cresce a cada ano em todo o mundo,
principalmente em países orientais.
Você que tem um familiar, amigo ou conhecido portador do mal
de Alzheimer, precisa acreditar, de coração, que vale a pena colaborar para que
ele se recupere e transforme sua vida para melhor.
O perdão, o desapego e o amor sem imposições são as
ferramentas ideais para se reconstruir uma vida. Assim, permita que seu
consciente experimente a liberdade de soltar sem medo e sem culpas seus
familiares e você verá o quanto seu comportamento anterior limitava o
desenvolvimento das pessoas ao seu redor e a sua própria liberdade para
evoluir. (Texto extraído do livro “Linguagem do Corpo” de Cristina
Cairo)
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