quarta-feira, 18 de maio de 2016

REALIDADE : EVOLUÇÃO DO ALZHEIMER

 


Quando vivenciamos o fascínio do amor... Fazemos da pessoa amada uma divindade, transformamos a dureza do trabalho numa prazerosa ocupação.”
(Leonardo Boff)

Algumas das descobertas mais incríveis do ser humano, como andar e falar, acontecem na infância, quando a cada dia algo novo é apresentado a alguém que está em processo de formação. Mas, ao longo da vida, surgem várias outras descobertas e redescobertas. Algumas pessoas até dizem que, quando o ser humano vai ficando velho, ele volta a ser criança, precisando de atenção e cuidado especial de indivíduos que estejam dispostos a ensiná-los, por mais difícil que seja, a lição. Contudo a idade, além de novas experiências, traz consigo consequências do tempo e, muitas vezes, da falta de cuidado com a saúde. Exemplo disso são as demências, com destaque o ALZHEIMER. 
 
O Alzheimer é uma doença silenciosa que compromete o desenvolvimento cognitivo e afeta os processos de raciocínio, percepção, memória, linguagem e atenção causando a perda da autonomia da pessoa. Sem memória, uma pessoa não se reconhece. Ela se despedaça … Deixa de existir. Neste sentido, toda pessoa é memória, embora, não seja, apenas memória. As lembranças que podemos invocar à vontade ou os restos registrados de nossas experiências vividas são a matéria-prima da memória humana. Tudo isto, é devastado pelo ALZHEIMER. 
 
Com a evolução do Alzheimer, faz-se necessário adaptações e modificações no ambiente de maneira a facilitar o cotidiano, como: o banho, o erguer, o alimentar, o vestir, entre outras, no entanto, a maior de todas as adaptações é a emocional. Manter o equilíbrio psicológico, quando você vê a sua mãe, aquela mulher, que foi o teu norte, que te ensinou a viver, que te ensinou os valores da vida, precisando ser amparada, não tendo mais controle de si mesma. É perder diariamente a consciência de quem foi, de quem é, de quem ama … é perder referências. 
 
Além destas adaptações, o tratamento do Alzheimer requer intervenções farmacológicas (medicamentosas) e não farmacológicas. É importante ressaltar que as medicações têm efeito sintomático e eficácia modesta, embora beneficiando uma parcela significativa dos pacientes. A participação de outros profissionais de saúde, particularmente aqueles que trabalham no campo da reabilitação, como Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional, é de grande importância. 
 
Se houver estimulação motora, haverá como consequência, uma melhora do quadro intelectual , mesmo que seja pouca a resposta é fundamental o estímulo continuado, realizado por um terapeuta ocupacional. O exercício físico é importante para esses pacientes, pois com a melhora da parte física, o psiquismo do doente também melhora, já que ele evita o recolhimento em si e continua a executar as atividades do mundo externo.

Em relação ao tratamento de minha amada mãe, conto com excelentes profissionais, Terapeuta Ocupacional e Fisioterapeuta. Referidos profissionais já fazem parte do nosso cotidiano familiar. 

Em função dos problemas familiares, em especial com a irmã que mora com a minha amada mãe, tive que contratar uma cuidadora, que após uma rejeição inicial, está em processo de adaptação, estando sob supervisão e acompanhamento de minha parte.
 
A solidariedade e o convívio da família são de fundamental importância para que o tratamento do paciente tenha um melhor efeito ajudando-o a ter uma melhor qualidade de vida. Acima de tudo, não esquecer também do fundamental : o AMOR, mesmo que o paciente em alguma fase da doença não reconheça algumas coisas ou pessoas, mas ele saberá diferenciar onde existe carinho e amor.

Enfim, é renovar o amor, a paciência, a tolerância a cada dia, a cada momento.

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