É impressionante a capacidade humana de amar, perdoar, mesmo na demência. Então, uma pergunta se faz: será que é preciso “perder” seu ente querido para descobrir o quanto o ama?
Desenvolver empatia é fundamental para entender a pessoa. Colocar-se no seu lugar, entrar na sua fantasia, e, em determinados períodos, vivenciar essa fantasia como uma ponte de comunicação amorosa com a pessoa que já está ausente da realidade.
Fase dificílima para a família que percebe que seu ente querido não se reconhece mais como mãe, ou pai, e que essa perda de identidade significa uma perda irreparável. Quem é essa pessoa agora?
É um período de luto da família sem que o ente querido tenha falecido. Morreu o personagem! Mas a pessoa está ali, viva, diferente, confusa…
O que fazer?
Acolhê-la de todas as maneiras é o caminho saudável para todos. Fazê-la sentir que há amor à sua volta, há aliados para sua atual comunicação, que, na maioria das vezes, regride ao passado. Compreendê-la como criança, ou outro personagem de que esse ente querido se apropria.
Conversar, cantar com ela, ler histórias, distraí-la, brincar, acalmar, suscitar emoções positivas e, mais do que tudo, compreender seus sentimentos, pois quando essa pessoa agredir, lembre-se de que não é ela que o está fazendo, mas a doença.
Não há soluções mágicas. Aprende-se com choros, tristezas, como também com alegria ao ver nosso ente querido sorrir, dormir calmamente, brincar com você, pelo tempo que puder haver participação.
O caminho é o amor! Doe, doe, doe e seu ente querido, apesar de não poder expressar, terá uma gratidão eterna por você.
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