Ao longo da vida
fazemos balanços de tudo que vivemos, dos ganhos e das perdas, mas
na maturidade e na velhice é a fase que exercitamos mais o
autoconhecimento e a autoaceitação, realizamos a atividade
reflexiva de rever experiências significativas, dos propósitos de
vida, das metas alcançadas, o que dificultou ou facilitou o alcance
de uma meta, etc.
Fazer
revisão de vida é uma atividade reflexiva bastante importante que
ajuda o ser humano a discernir seu interior, a se autoconhecer, a
avaliar suas estratégias de enfrentamento diante dos eventos
vividos. A revisão de vida é diferente de reminiscência, é uma
forma de lembrança intencional e estruturada em torno dos eventos de
vida.
A
pessoa tem plena consciência e intenção de lembrar suas vivências
significativas, trata-se de um verdadeiro mergulho interior para
avaliar o sentido de vida. É a busca da compreensão do sentido
pessoal, do senso de significado, da consciência da autorrealização
e crescimento pessoal e da autoaceitação.
O
que é reviver a vida?
Rever
a vida é entrar em contato com sua historia, é “rebobinar a fita
do seu filme”, é retrospecção com introspecção. É analisar
como o ator desse filme atuou na história e foram feitas as cenas ao
longo de toda a vida. É uma viagem através do tempo que permite o
indivíduo rever seus propósitos, seus engajamentos, suas
oportunidades significativas, projetos que lhe deram valor, relações
profundas com pessoas, entusiasmos e interesses. Quando você revê o
filme de sua vida, que são os seus quadros mentais, você vê
aqueles agentes culturais comuns aos humanos: a família, os amigos,
a escola, a faculdade, a religião, a espiritualidade, os grupos
sociais, o trabalho... Enfim, tudo que envolve transmissão de
valores, idéias e ideais. Toda essa avaliação contribui para o
alcance do bem-estar psicológico na velhice. É assim que
construímos nosso senso de significado e crescimento pessoal que dão
dignidade e significado à existência diária do ser humano.
A revisão de vida inclui muita riqueza, muito valor, muitos estados afetivos positivos, frutos de muitos anos dedicados às metas de vida. Por meio dela descobrimos sentimentos de alegria, gratidão, justiça, conquistas, tensões, aborrecimentos, ansiedades, angústias, mas que ajudam o indivíduo a buscar o equilíbrio interno. Quando uma pessoa passou a vida exposta a fatores de risco, tais como álcool, drogas, doenças transmissíveis, dificuldades financeiras, problemas de saúde, a revisão de vida, leva o indivíduo a se perguntar por que foi assim e por que se expôs a tais riscos. Quando a pessoa se dá conta do caminho percorrido, dos marcos em suas vidas, das conquistas, esse processo de reconhecimento contribui para a busca da verdade, do sentido de vida, e estimula a criação de novas metas.
Esse trabalho reflexivo não é fácil, é muitas vezes árduo, mas é importante para negar as angústias e saber mesclar as alegrias e tristezas, fazer as boas colheitas dos resultados conquistados. É igual a fazer balanço de um ano que acabou e rever metas de ano novo. Mas aqui se trata de toda a extensão de uma vida.
A revisão de vida inclui muita riqueza, muito valor, muitos estados afetivos positivos, frutos de muitos anos dedicados às metas de vida. Por meio dela descobrimos sentimentos de alegria, gratidão, justiça, conquistas, tensões, aborrecimentos, ansiedades, angústias, mas que ajudam o indivíduo a buscar o equilíbrio interno. Quando uma pessoa passou a vida exposta a fatores de risco, tais como álcool, drogas, doenças transmissíveis, dificuldades financeiras, problemas de saúde, a revisão de vida, leva o indivíduo a se perguntar por que foi assim e por que se expôs a tais riscos. Quando a pessoa se dá conta do caminho percorrido, dos marcos em suas vidas, das conquistas, esse processo de reconhecimento contribui para a busca da verdade, do sentido de vida, e estimula a criação de novas metas.
Esse trabalho reflexivo não é fácil, é muitas vezes árduo, mas é importante para negar as angústias e saber mesclar as alegrias e tristezas, fazer as boas colheitas dos resultados conquistados. É igual a fazer balanço de um ano que acabou e rever metas de ano novo. Mas aqui se trata de toda a extensão de uma vida.
Nesse
processo de conscientização das experiências acumuladas, “passar
a limpo” seus quadros mentais é vital para o bem-estar psicológico
e alcançar saúde mental positiva, uma vez que os recortes das
experiências vividas, as compensações, as seleções das escolhas,
ajudam o indivíduo a tomar fôlego e sair mais fortalecido delas.
"Na
revisão de vida é preciso aceitar suas características, saber
lidar com os acidentes, reconhecer os momentos de imprevistos,
considerar os limites impostos, se os limites não forem respeitados,
você pode se machucar, tentar achar novos caminhos, criar novas
metas, encontrar novos propósitos, seguir o fluxo que a experiência
lhe impôs e por fim se transformar. A revisão e a recriação é
uma transformação."
Metáfora
da lagarta e da borboleta
A
relação do indivíduo com seu próprio desenvolvimento pode ser
comparado à metáfora da lagarta e da borboleta, você pode escolher
ser lagarta a vida toda e não passar pela transformação de lagarta
para borboleta. A borboleta possui quatro fases de seu
desenvolvimento e carregam consigo a ousadia de voar e pousar em
vários jardins. O corpo é leve e mesmo assim ela consegue pousar na
flor aberta de onde suga o néctar adocicado e na fase adulta elas
preferem os lugares abertos com flores, bosques, prados, jardins e
florestas pouco densas, sem muito frio e sem muito calor, o ambiente
perfeito para sua sobrevivência. (por Elisandra Vilella G. Sé)
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