No contexto brasileiro, a
existência de um familiar que se responsabiliza pelos cuidados a um idoso
dependente é ainda muito frequente. As famílias constituem-se no primeiro
recurso do qual se vale a sociedade para dar atendimento e acolher os seus
membros idosos, principalmente nos casos que demandam cuidados prolongados
decorrentes de processos mórbidos incapacitantes. As necessidades de cuidado
extrapolam, muitas vezes, as capacidades das famílias.
Cresce, portanto, a necessidade
de cuidadores formais, com capacitação profissional para o cuidado ao idoso.
Para cuidar de idosos, espera-se que haja alguém capaz de desenvolver ações de
ajuda naquilo que estes não podem mais fazer por si sós; essa pessoa assume a
responsabilidade de dar apoio e ajuda para satisfazer às suas necessidades,
visando à melhoria da condição de vida. Não se pode esquecer que, em muitas
situações, o "cuidador" nem sempre é um ente da família e que
introduzir pessoas externas ao contexto familiar implica reconhecer valores de
respeito e discrição, para não interferir na dinâmica familiar.
O cuidado humano, ou "cuidar
de si", representa a essência do viver humano. Assim, exercer o
autocuidado é uma condição humana. E ainda "cuidar do outro" sempre
representa uma condição temporária e circunstancial, na medida em que o
"outro" está impossibilitado de se cuidar.
Na maioria das vezes, o cuidador
familiar desempenha seu papel sozinho, sem ajuda de outros familiares ou de
profissionais. Nesse caso, ele se configura como cuidador principal e
representa o elo entre o idoso a família e a equipe de saúde. O cuidador deve
possuir habilidades e qualidades imprescindíveis para o atendimento aos
pacientes crônicos, como: conhecimentos teóricos e práticos, adquiridos por
meio de profissionais especializados; qualidades éticas e morais para permitir
uma relação de confiança, dignidade e respeito; domínio e equilíbrio emocional;
facilidade de relacionamento humano; capacidade de compreender os momentos
difíceis vividos pelo idoso; saúde física, incluindo força e energia, condições
essenciais nas situações em que haja necessidade de carregar o idoso ou lhe dar
apoio para se vestir e cuidar da higiene pessoal.
O cuidador de idosos dependentes
deve organizar suas tarefas de cuidado de modo a ter oportunidades de se
autocuidar. Muitas vezes, o cuidador se sobrecarrega nas suas atividades e se
esquece de que é uma pessoa que também necessita de cuidados. A família deve
avaliar esse trabalho em conjunto com profissionais e planejar atividades para
idosos e cuidadores. Cursos são necessários, visando à orientação aos
cuidadores do cuidado com o outro e consigo mesmo. Como minimizar os riscos de
quedas A alta incidência e prevalência de quedas em idosos decorrem de
alterações intrínsecas e extrínsecas. Dentre os fatores intrínsecos,
destacam-se as alterações sensórias motoras inerentes ao processo de
envelhecimento (alterações visuais, parestesias, paresias, diminuição de
flexibilidade e de mobilidade e declínio cognitivo).
Os fatores extrínsecos,
fortemente associados às dificuldades propiciadas pelo ambiente (buracos,
escadas e terrenos irregulares), constituem também grandes riscos de quedas.
Alterações fisiopatológicas características de algumas doenças também são
responsáveis por quedas na população idosa. A incidência de quedas em idosos e
suas consequências na qualidade de vida do indivíduo explicam claramente a
necessidade da prevenção, que é possível através de medidas simples, como:
mudanças na alimentação, adaptações no domicílio, revisão nas medicações,
promoção de segurança no domicílio e fora do domicílio. Esse fenômeno impõe a
necessidade de preparação e adequação dos serviços de saúde, incluindo capacitação
e formação dos profissionais dessa área. Sendo assim, as quedas são umas das
maiores preocupações, devido à ocorrência e às consequências em relação à
qualidade de vida do idoso. Muitas quedas resultam de fatores pessoais ou de
estilo de vida, que podem ser mudados.
Algumas mudanças que você pode tomar
para prevenir quedas:
• Ficar fisicamente ativo.
• Rever sua medicação.
• Checar a pressão sanguínea
quando estiver deitado e em pé.
• Remover ou evitar objetos
perigosos.
• Melhorar a iluminação.
• Instalar parapeito nas escadas
e barras para segurar no banheiro.
• Mover itens para tornar mais
fácil alcançá-los.
• Uma alimentação equilibrada. O
envelhecimento traz perda de equilíbrio e alterações na massa muscular e óssea,
aumentando o risco de quedas.
• Usar sapatos bem ajustados, com
solas antiderrapantes.
• Dispor os móveis da casa de
maneira prudente.
• Utilizar tapetes de borracha
antiderrapantes no chuveiro e na banheira.
• Na rua: o relvado, o jardim, o
pátio, as passagens para carros e passeios devem estar desimpedidas, sem
buracos, fendas ou outras irregularidades.
• Não ter vergonha de pedir ajuda
para atravessar a rua.
• Não ficar sozinho. Não se
isolar, pois isso pode atrasar a chegada de ajuda do exterior no caso de
acidente.
http://www.interne.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário