A Doença de Alzheimer é o tipo de
demência mais comum entre a população idosa, é degenerativa e que ainda não há
cura, apenas tratamento para retardar a evolução e tratar os sintomas
associados. Desta forma, o portador em fase inicial apresenta dificuldades
cognitivas como perda de memória, desorganização espaço-temporal, mudança de
comportamento, que vão progressivamente levando-o a dependência de cuidados em
tempo integral, motivo pelo qual, a presença de um cuidador(a) torna-se
inevitável. Muitas famílias, por diversos fatores, assumem o cuidado do doente
pelo menos até a fase intermediária. No entanto, há casos em que a opção mais
apropriada para a família é a contratação de uma pessoa para executar este
papel.
De modo geral, esta nomenclatura
“Cuidador(a)” tem sido muito utilizada entre pessoas que convivem ou trabalham
com idosos, em pesquisas, artigos e meios de comunicação em geral. Mas o que é
ser um “cuidador de idoso?” O cuidador não é uma empregada doméstica cuja
responsabilidade é o cuidado do lar, também não necessariamente deve ter uma
formação na área da saúde ou enfermagem, já que alguns pacientes em fase
inicial da doença ainda não necessitam deste tipo de assistência. Sendo assim,
não há ainda um perfil definido para a pessoa que irá exercer esta função,
entretanto sabemos que é fundamental que o cuidador ou cuidadora tenha um olhar
sensível para as dificuldades daquele idoso em questão, atendendo às suas
necessidades físicas e emocionais a fim de lhe proporcionar uma melhor
qualidade de vida.
Primeiramente é importante saber
qual o problema de saúde do idoso, que cuidados ele precisa e como resolvê-los.
Os cuidados variam. Vão desde a higiene pessoal e das roupas, alimentação,
controle e administração de medicação, acompanhamento dos procedimentos
médicos, fisioterápicos (se for necessário), até pequenos passeios ou momentos
de lazer dentro de casa. Os horários devem ser respeitados tanto para a higiene
e alimentação quanto para os remédios. O cuidador(a) contratado é alguém que
não possui vínculo de parentesco familiar, em sua maioria, daí a importância de
não se envolver em questões que não dizem respeito ao cuidado do doente, no
entanto, uma relação amistosa e compreensiva das partes envolvidas, pode minimizar
o desgaste relacional e o stress que a tarefa provoca.
Em se tratando de portador de
Doença de Alzheimer, na fase inicial a demanda é auxiliá-lo em algumas tarefas
rotineiras, pois suas limitações ainda são apenas da parte cognitiva. À medida
que a doença evolui, o portador passa a ter limitações físicas como dificuldade
para tomar banho sozinho, vestir-se adequadamente conforme a variação de
temperatura, realizar tarefas domésticas como fazia antes etc., aumentando a
necessidade de uma outra pessoa para ajudar. Na fase final da doença, a
autonomia é quase nenhuma, tornando-se totalmente dependente do outro. Nesta
fase as famílias precisam decidir entre ter um cuidador para o dia e outro para
a noite ou institucionalizar o doente.
A palavra chave do contexto de um
idoso portador de D.A. é a dependência, física e psíquica, daí a demanda por
uma pessoa que faça o que ele não pode mais realizar sozinho, o autocuidado.
Esta tarefa geralmente é realizada ou coordenada por uma pessoa da família, um
membro próximo que conhece o histórico de vida do idoso e as suas necessidades
em termos de cuidado. Amor, carinho, paciência e respeito são imprescindíveis
para que um cuidador possa atuar positivamente ajudando o portador e a família
neste caminho árduo da Doença de Alzheimer.
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