sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

CARTA DE UMA MÃE COM ALZHEIMER PARA SUA FILHA


carta

"É possível que eu já não entenda suas palavras, mas sempre entenderei seus abraços, seus carinhos e seus beijos."

“Querida filha, escute com atenção o que tenho para falar. O dia que esta doença se apoderar totalmente de mim e eu não for mais a mesma, tenha paciência e me compreenda. Quando eu derrubar comida sobre minha roupa e esquecer como calçar meus sapatos, não perca sua paciência. Lembre-se das horas que passei lhe ensinado essas mesmas coisas. Se ao conversar com você repito as mesmas palavras e você já sabe o final da história, não me interrompa e me escute. Quando era pequena tive que contar-lhe mil vezes a mesma história para que você dormisse. Quando fizer minhas necessidades em mim, não sinta vergonha nem fique brava, pois não posso controlar-me. Pense em quantas vezes, quando era uma menina, a limpei e a ajudei quando você também não podia controlar-se. Não se sinta triste ao me ver assim. É possível que eu já não entenda suas palavras, mas sempre entenderei seus abraços, seus carinhos e seus beijos. Desejo o melhor para sua vida, com todo o meu coração.”
http://www.guiame.com.br/

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

COMO MANTER A MENTE ATIVA

Você sabia que manter uma mente ativa pode proporcionar mais qualidade de vida na terceira idade, além de prevenir temidas doenças, como o mal de Alzheimer? Ah, você ainda é jovem e não precisa disso? Que tal começar desde cedo a colocar em prática alguns hábitos para estimular a mente no dia a dia? Vamos lá?


1. Motive-se pelo novo: é fundamental para o desempenho cerebral. Com o fortalecimento do desempenho da mente, o usuário ganha mais autoconfiança e vontade de continuar aprendendo para manter a mente sempre ativa. Procure manter em sua rotina atividades que mexem com a mente e que sejam diferentes também.

2. Exercite com frequência: o hábito de exercitar o cérebro com frequência melhora o desempenho de todas as funções cognitivas e evita as perdas que vêm com a idade.

3. Busque pela velocidade no raciocínio: quanto mais você praticar o desafio de ler ou ouvir algo diferente e que possa ser também a resposta a uma dúvida ou a resolução de um problema, maior será sua capacidade de raciocínio com agilidade. Procure estar com pessoas que não tragam soluções e peça para ajudar na criação de novas alternativas para melhores respostas. Esses atos desenvolvem as capacidades necessárias ao bom raciocínio lógico, da identificação de problemas ao estabelecimento de metas e execução de uma estratégia.

4. Aprenda o tempo inteiro: o cérebro se modifica com a experiência. Quanto mais se esforçar, mais vai aprender para melhorar o desempenho acima do esperado.

5. Cuide da alimentação: se você quer tratar bem do seu cérebro, preocupe-se em ter uma alimentação balanceada, que contenha Omega-3, vitamina B e antioxidantes, em praticar exercícios regularmente – e, sobretudo, em usar o seu cérebro!

6. Envolva-se em atividades variadas: sair da rotina, na medida do possível, mantém o aperfeiçoamento de todas as funções cognitivas, uma vez que você pode vivenciar o novo em todo momento.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

DICAS PARA LIDAR COM UM IDOSO COM PERDA DE MEMÓRIA




A idade avançada e doenças como o Alzheimer podem levar à perda de memória por parte de muitos idosos – algo que pode acontecer de um dia para o outro e que pode deixar quem cuida ou lida com esses idosos, sem saber o que fazer.

O passado no presente. A maior parte dos doentes com Alzheimer passa a viver no passado, ou seja, a sua memória de longa duração substitui a memória de curto prazo. Isto significa que, embora possam lembrar-se nitidamente do que aconteceu há 30 anos atrás, não se conseguem recordar daquilo que almoçaram há 2 horas atrás. Como contornar esta situação? Não contornando, ou seja, deve-se aproveitar para conversar com o idoso sempre que ele quiser, sobre aquilo que ele quiser.

Curto e simples. Quando comunicar com um idoso que sofre de perda de memória, faça-o com frases curtas e simples, ou seja, de muito fácil compreensão. Utilize um vocabulário direto, evitando expressões e eufemismos que podem apenas confundir o idoso. Para além disso, faça apenas uma pergunta ou solicitação de cada vez.

Tempo de resposta. Mesmo com uma comunicação simples, direta e curta, quem vive com a perda de memória necessita de tempo para responder àquilo que lhe foi perguntado ou pedido. Dê ao idoso todo o tempo que precisar para pensar no que lhe foi dito e formular a sua resposta, sem o apressar ou interromper o seu raciocínio. Se vir que pode ser útil, repita o pedido ou a questão.

Repetições, repetições, repetições. A comunicação com um idoso com perda de memória vai certamente estar recheada de frases e perguntas repetidas. Embora possa ser frustrante para quem está a ouvir, em vez de dizer “ainda agora acabei de te dizer”, tenha paciência e volte a repetir a resposta ou a pergunta, de preferência igual ou muito parecido com a resposta anterior, para evitar confundir o idoso.

Outras formas de comunicação. Infelizmente, a perda de memória pode afetar a comunicação verbal de um idoso, que pode ter dificuldade em expressar os seus pensamentos ou formular frases completas e coerentes – algumas pessoas até deixam de falar. Se a fala representa um obstáculo na comunicação com um idoso com perda de memória, mune-se de outras formas de comunicar: esteja atento à linguagem corporal e às expressões faciais, tanto do idoso como as suas – evite movimentos bruscos e revirar os olhos, por exemplo. Por vezes, apontar para algum objeto pode facilitar a comunicação, por isso, peça ao idoso para fazer o mesmo quando estiver com dificuldades em transmitir alguma ideia.

Erros e desentendimentos. Quem sofre de perda de memória nem sempre encontra as palavras certas para comunicar o que pretende, podendo substitui-las por outras que nada têm a ver com o assunto em questão. Esteja sempre muito atento ao desenrolar de qualquer conversa, procurando entender, mesmo por meias palavras, aquilo que o idoso está a tentar comunicar. 

Recorra a outras formas de comunicação – caso da gestual – se for necessário, mas evite chamar a atenção do idoso ou rir-se dele porque utilizou a palavra errada ou trocou o sentido a uma frase. Fazer isso pode levar a sentimentos de frustração, raiva, tristeza, falta de confiança e dignidade. O que importa é o significado daquilo que está a ser dito e não a forma como é dito: focalize-se nisso.

Mimos e carinhos. A perda de memória não significa a perda de emoção, por isso, mime o idoso com carinhos especiais. O esquecimento e a dificuldade em comunicar pode frustrar o idoso, levando-o à depressão e ao isolamento, o que significa que precisa, mais do que nunca, do sentimento de pertença e de segurança. Faça-lhe companhia numa das suas atividades preferidas, segure-lhe na mão, faça-lhe uma carícia no rosto ou dê-lhe um abraço forte – são gestos tão ou mais poderosos do que as palavras.

Vigilância atenta. Cerca de 60% dos doentes com Alzheimer acabam por se perder, vagueando sem sentido e sem conseguir voltar ao seu ponto de partida, devido à perda de memória. Para evitar situações como esta, assegure que não deixa as portas e/ou janelas da casa abertas; se tem receio que o idoso possa vaguear, não lhe peça para ir buscar o correio ou levar o lixo sozinho; não deixe o idoso conduzir ou andar de transportes públicos sozinho.

Personalidade própria. Apesar da perda de memória, o idoso continua, no fundo, a ser a mesma pessoa, com os mesmos gostos. Só porque a sua memória já não é o que era, não significa que não possa desfrutar de atividades e momentos de lazer que sempre apreciou. Você, melhor do que ninguém, conhece essa pessoa, por isso, faça por honrar a sua personalidade: se o idoso gosta de passear, acompanhe-o; se gosta particularmente de determinado programa televisivo, faça questão de ligar a TV na hora da sua emissão.

Paciência e disponibilidade. Se cuidar de um idoso já é exigente, lidar de perto com um idoso que sofre de perda de memória pode ser um desafio ainda maior. Depois de uma vida longa e preenchida, a terceira idade, com todos os seus obstáculos, pode ser fonte de depressão e desânimo para muitos idosos, os quais contam com os seus familiares e amigos diretos para os acompanhar nos últimos anos de vida. Esse acompanhamento requer, acima de tudo, disponibilidade e paciência, duas preciosidades para quem luta contra a velhice e as suas vicissitudes. 

Nunca é demais lembrar que, para conseguir isso com sucesso e saúde, quem cuida de alguém também tem de cuidar de si.

LADRÃO DE ALMAS

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O ladrão de almas é uma expressão usada por cientistas e leigos para nomear uma das doenças mais conhecidas que acomete pessoas em idade avançada, a doença de Alzheimer (DA). 

Esta expressão retrata uma doença que se apodera da mente humana e tira sua sanidade como se estivesse roubando o que se tem de mais precioso na vida: a consciência de si próprio, a identidade e a memória.

Na perspectiva da DA, ser um ladrão significa que ele rouba de suas vitimas a possibilidade de se articularem com uma realidade interna e externa; rouba-lhes aos poucos uma vida construída; afana-lhes o direito de permanecer entre os entes queridos, que aos poucos não lhes reconhecem mais e vice-versa. Como credor, a DA cobra de suas vitimas débitos que eles próprios desconhecem. Esse credor invisível se apropria de sua mente e corpo e leva para um labirinto sem volta.

Este credor escuro e invisível desfila suas preferências por pessoas de idade avançada; ele reconhece que, com o acúmulo de anos, mais rico de experiências e sabedoria fica seu devedor, justamente quando este tem suas forças físicas dissipadas pelo tempo.

A luta parece injusta, mas a teia em que é envolvido o sujeito demenciado, parece fazer parte de uma trama que ele fez e refez e perdeu o ponto. Agora, numa tentativa de tecer novamente, ele não reconhece o tear de sua vida, e os que estão próximos também não o reconhecem. Ele só, num funil sem volta, parece ser em outro tempo, o único conhecedor da chave do enigma.

"E eu tenho tentado me enfurecer contra a morte da luz, amigos. Mas agora, já faz tempo que minha fúria se esgotou. Não foi dissipada ou derrubada orgulhosamente pela justiça.Mas abatida relutantemente por um credor escuro e invisível. Que me arrasta para a escuridão para pagar débitos... de que não me lembro. Dia após dia sinto-me descendo lentamente pelo funil de um ciclone silencioso que sempre gira quando tento sair dele. Assim por mais que eu tente, não consigo sair dele. Nem gritar, ou me imaginar fora dele. Receio que vocês tenham me perdido, já que eu perdi a mim mesma. Mesmo assim, eu tenho sorte. Pois não conhecerei o final mesmo quando este chegar. Assim, vocês sofrerão por mim, ninguém jamais disse que a vida era justa.” (Dylan Thomas)

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

APRENDA A ENXERGAR A BELEZA DAS RUGAS

 idosos

As pessoas parecem estar perdendo a sensibilidade ao belo. A maioria só considera belo aquilo que se conforma com os padrões estéticos propagados pela mídia. E estes padrões têm insistentemente cultuado a juventude, como se não houvesse beleza na velhice. E há tanta exuberância num rosto marcado pelo tempo! Ele registra em si uma história de vida. É uma escultura viva, modelada por emoções, sensações, pensamentos, atitudes. 

Mas se hoje percebemos a velhice como fase de declínio e decadência, isto não foi sempre assim na história da humanidade. A própria bíblia contêm passagens nas quais a velhice é retratada com vigor e força. O gênesis, por exemplo, nos diz: "Eis a duração da vida de Abraão: Ele viveu 175 anos e entregou sua alma movendo numa ditosa velhice, em idade avançada e cheio de dias". Entre outras, há também uma referência ao livro de Jô que nos diz: "em robusta velhice e entrará para o sepulcro como um feixe de trigo que se recolhe ao seu tempo". 

Percebemos então, que velhice não é uma verdade absoluta, mas uma concepção que pode variar conforme a cultura, a época e, principalmente, de acordo com os valores que uma sociedade dá aos seus participantes.

Uma sociedade que marginaliza o velho, o excepcional, o louco, o pobre, é violenta e irresponsável. A exclusão social representa talvez um dos maiores equívocos dos homens, porque desconsidera a semelhança que compartilhamos com todos os seres humanos. A velhice não é uma falha da condição humana, muito menos uma doença. Ela revela, apenas, uma fase da existência.

A forma de percebê-la, sim, é que pode ser falha, doentia e violenta. "Eu valho aquilo que sou a cada instante. Se o fruto desprezar qualquer trâmite na sua evolução, acabará por não nascer", nos diz Exupéry. Negar, desconsiderar ou desvalorizar qualquer fase da vida do homem, é ameaçar a própria condição humana. John Donne expressou este pensamento quando afirmou que "a morte de qualquer homem me diminui porque sou parte do gênero humano. Por isso não me perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti."

Mas o que determinará este estilo de envelhecer e a qualidade de vida na terceira idade? A velhice não é uma fase desassociada do restante da história de sujeito. Portanto, pensar na terceira idade significa pensar toda a história de vida de uma pessoa. Uma velhice saudável implica em uma postura existencial, na qual o sujeito tenha buscado o desenvolvimento de suas potencialidades e se dirigido de acordo com seus desejos, suas perguntas e seus próprios projetos. Não quero dizer que isto não possa ser feito, às vezes tardiamente. É sempre tempo de despertar. A velhice significou para muitos um período de intensa criação. A história nos mostra que ela pode ser extremamente rica, expressiva e criativa aos 60, 70, 80, 90 anos de idade. Picasso, por exemplo, produziu freneticamente aos 90. Goeth concluiu o Fausto com mais de 80; Freud foi criativo até o seu último ano de vida, quando contava com 83 anos; Verdi escreveu uma de suas maiores óperas aos 80; Michelangelo projeto a cúpula da Basílica de São Pedro na sua nona década de vida. E assim muitos outros deram ao mundo patrimônios grandiosos, frutos de suas realizações 'crepusculares'. 

É possível envelhecer 'docemente', com serenidade, elegância e saúde, desde que se permita viver a potencialidade e a riqueza que a idade madura do homem lhe permite. As pessoas longevas têm normalmente, um forte desejo de viver, de criar, de desfrutar do mundo e dos próprios sentimentos. Elas fazem da vida uma festa em que comemoram a sua digna idade. Viver a juventude presente em cada fase da vida; ser suficientemente jovem para querer; viver o futuro como possibilidade; e acreditar que sempre há algo a desejar, a realizar e a criar. Estes parecem ser os ingredientes necessários para se envelhecer com dignidade.


E agora, sinto-me mais à vontade para dizer que envelhecer não é caminhar no tempo, mas estacionar nele, pois na verdade 'as pessoas não ficam velhas. Quando param de crescer é que envelhecem.’ (Lenize Bahia Chaves)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

QUEM É E QUAL A FUNÇÃO DO CUIDADOR DE IDOSOS?

cuidador de idosos


Com o aumento da proporção de idosos e da expectativa de vida em nosso país, torna-se cada vez mais comum referir-se ao cuidador de idosos. Mas quem é esta pessoa? Qual a sua função? Por que sua atuação é tão importante? Este artigo objetiva responder a essas perguntas e discorrer sobre o tema.

Cuidador de idosos é aquela pessoa que cuida de uma pessoa idosa. Pode parecer redundante, mas é a definição mais genérica do tema. A partir dela, outras considerações serão feitas. Primeiramente faz-se necessário entender que nem todo idoso precisa de cuidador, alguns são saudáveis, ativos e independentes, e oferecer a eles um cuidador seria negativo, visto que reduziria seu nível de atividade e independência. Por outro lado, idosos podem também apresentar diferentes tipos de necessidade. Alguns, por exemplo, são independentes para se alimentar, vestir, cuidar de sua higiene pessoal, porém necessitam de acompanhamento, por exemplo, para fazer compras ou ir ao banco. Já outros são extremamente dependentes do cuidador para sobreviver: não se alimentam sozinhos, não têm condições de cuidar da própria higiene, precisam que alguém lhes dê sua medicação.

O cuidador de idosos pode ser um membro da família ou um profissional. Quando o idoso adoece e necessita dos cuidados de terceiros, por uma série de questões, é mais comum que alguém da família faça essa tarefa. A literatura na área mostra que normalmente o cuidador é uma mulher (filha, esposa, nora, irmã, sobrinha ou com outro grau de parentesco), a qual costuma assumir sozinha tarefa tão dispendiosa. Além do ônus de assumir sozinha o cuidado de uma pessoa que requer atenção e vigilância em tempo integral, se sozinha, a cuidadora anula sua própria vida, assumindo uma função sem descanso semanal, sem remuneração, sem férias ou qualquer outro benefício trabalhista.

A vida do cuidador familiar pode ficar ainda mais difícil, pois o adoecimento do idoso pode desencadear uma série de desavenças entre os familiares – os outros membros da família não querem dividir o cuidado, questões passadas voltam à tona, começam a cogitar a administração dos bens do idoso –, situações que podem aumentar mais o desgaste do cuidador. Associado a isso, a sobrecarga do cuidador pode afastá-lo do cônjuge e dos filhos, gerando desajustes conjugais, podendo culminar com o divórcio ou a saída dos filhos de casa. Finalmente, um cuidador que se vê obrigado a cuidar do idoso em tempo integral lida com um outro problema: da ordem do financeiro. Muitos se veem obrigados a abandonar o mercado de trabalho, pois não há mais tempo disponível para isso. Assim, há disponibilidade de tempo para cuidar, mas há um grande impacto financeiro no orçamento familiar. Esse problema pode ter maiores impactos futuros: enquanto se cuida do idoso, há a possibilidade de utilizar a renda do mesmo para auxiliar nas despesas do grupo familiar (inclusive do próprio idoso, que, normalmente, tem muitos gastos, a maioria deles relacionados à saúde), porém, na maioria das vezes, após o óbito do idoso, essa renda deixa de existir, e pode ser tarde para o cuidador se reinserir no mercado de trabalho.

Com tudo isso em vista, fica claro o quanto pode ser difícil e desgastante ser cuidador de idosos, porém, felizmente, nem sempre acontece dessa forma. A principal preocupação é a de que o cuidador não faça tudo sozinho, divida as tarefas com outros familiares para não abrir mão de sua vida pessoal: sua própria saúde, suas relações familiares e sociais, suas finanças, sua qualidade de vida. Em casos onde não há opções de familiares para se dividir ou quando as relações encontram-se muito estremecidas – o que é bastante comum –, uma alternativa viável é a contratação de um cuidador de idosos profissional. Não é vergonha pedir a ajuda de outras pessoas para cuidar de um idoso, assim como não se deve sentir-se culpado quando a melhor opção é encaminhar um idoso para morar numa Instituição de Longa Permanência Para Idosos (ILPI). Também é importante que o cuidador se atente para a sua própria saúde e não hesite em buscar ajuda profissional médica ou psicológica quando perceber que não está bem. Lembre-se que só é possível cuidar bem de outra pessoa quando o cuidador também está bem.

No parágrafo anterior fiz referência ao cuidador profissional, o qual será apresentado. É aquela pessoa que se dedica profissionalmente a cuidar de idosos, ou seja, precisa ter feito cursos que o capacitam para o desempenho de tal função; não tem vínculos familiares com o idoso que assiste; precisa ser regulamentado, remunerado e ter direitos trabalhistas; pode desempenhar sua função no domicílio do idoso, como acompanhante em hospitais ou nas ILPIs. É um segmento do mercado de trabalho que se encontra em ascensão. O cuidador profissional pode ser benéfico para o idoso, que passa a contar com atendimento profissional e especializado; para o cuidador familiar, que fica menos sobrecarregado; para ele mesmo, por ser uma profissão regulamentada e com ampla possibilidade de inserção no mercado de trabalho.

Tendo tudo isso em vista, fica possível entender que o cuidador de idosos pode ser uma peça fundamental para a sobrevivência ou o bem-estar de um idoso. Importante que o ato de cuidar seja visto pelo cuidador (familiar ou profissional) como uma atividade prazerosa, que forneça satisfação pessoal ou profissional e que o cuidador não seja o único responsável pelo cuidado integral do idoso dependente. O cuidador não pode abdicar de sua própria vida integralmente visando o bem-estar do outro. ( Luciene Corrêa Miranda é psicóloga clínica, mestre em Psicologia e professora na Escola de Enfermagem da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora) http://idmed.terra.com.br/

domingo, 16 de fevereiro de 2014

POR UMA VELHICE MAIS SIGNIFICATIVA


Knud Romer Jørgensen é um escritor e publicitário dinamarquês que ficou relativamente famoso no mundo por ter produzido um documentário sobre o período final da vida de seu pai, acometido do mal de Alzheimer, além de todos os problemas tradicionalmente relacionados à velhice.

No vídeo abaixo, com legendas em português, você poderá ver a crítica contundente que Jørgensen faz aos sistemas familiar, social, previdenciário e de saúde da Dinamarca, que - apesar de ser do assim chamado "primeiro mundo" - guarda profundas semelhanças com os seus equivalentes no Brasil.

A grande mensagem do vídeo, entretanto, é a maneira como a sociedade isola crianças e idosos com o único fim de privilegiar a idade produtiva, entendendo-se por "produção" aí a condição de consumir, consumir, consumir...

No fim, somos todos consumidos sem perdão: 

http://ocontornodasombra.blogspot.com.br/

sábado, 15 de fevereiro de 2014

ALZHEIMER, VELHO MAL NO NOVO MILÊNIO

O papel do treinamento da memória
Como a população sexagenária aumenta em todo o mundo, a perspectiva para o Brasil é que venha a ser o sexto país com maior número de idosos em 2025. A explosão da terceira idade, como não é difícil se concluir, favorece o aumento de doenças freqüentes da população nesta faixa etária, dentre elas o mal de Alzheimer. Segundo estatística recente, 1,2 milhão de pessoas já sofrem com o mal no Brasil. E, em 2025, este número poderá chegar a mais que o dobro. A menos que os meios médicos, científicos e de administração pública encontrem novos caminhos para o combate à doença que surge como o mal crônico mais característico do século XXI. Uma dessas formas de prevenção a serem incrementadas poderia ser a expansão do treinamento da memória.

Em nosso meio a doença atinge em média 10% da população acima dos 65 anos e estudos recentes demonstram que o número tende a dobrar a cada cinco anos. Esta triste projeção nos diz, teoricamente, que 70% dos idosos com 95 anos de idade sofrerão com o mal. A idade é, portanto, o principal fator de risco para o Alzheimer.

O Alzheimer é uma desordem neurodegenerativa, progressiva e fatal. Necessita desta forma, de diagnóstico e intervenções precoces no sentido de retardar o seu agravamento. O mal, que é a principal forma de demência (de=perda, mentis=mente), tem como queixas principais as seguintes características:

1. O surgimento de esquecimento gradual, principalmente para fatos recentes; com o agravamento da doença o esquecimento passa a ser global (memória para fatos recentes e antigos) e outras funções mentais superiores passam a ser comprometidas;

2. A fala fica titubeante, pois a pessoa não se recorda da palavra a ser dita; a mesma dificuldade vai interrompendo a escrita; ao final, a linguagem se torna esteriotipada, repetitiva e inflexível, podendo até mesmo ficar ausente; e a habilidade para cálculos sofre deterioração semelhante;

3. A orientação visuo-espacial torna-se deficiente; dirigir, encontrar o caminho de volta para casa passam a ser tarefas

4. Mais tardiamente, funções simples, como vestir-se, usar adequadamente objetos como talheres, e a marcha ou o andar também são esquecidos;

5. Alterações de personalidade, depressão, inércia, apatia, confusão mental, agressividade e alucinações também são comuns; ou seja, alterações ocorrem no campo da memória, linguagem, reconhecimento, habilidades motoras e função psiquica.

Importa dizer, porém, que ter esquecimento não significa ter Alzheimer. Muitas pessoas com depressão, por exemplo, apresentam importantes falhas na memória.

E há aqueles que, por força da sociedade moderna, estão cronicamente privados de sono, exibindo, por isso, perda de memória. Ademais, há casos sem qualquer déficit objetivo de memória que freqüentemente procuram atendimento médico com o objetivo de melhorar o desempenho cerebral sem qualquer relação, mesmo precoce, com o mal de Alzheimer.

Na doença de Alzheimer alterações anatomopatológicas características também são descritas, como a chamada degeneração neurofibrilar, que acarreta disfunção de células nervosas e morte de certas populações de neurônios e depósito das chamadas placas senis. A causa deste “suicídio em massa” de neurônios e depósitos dessas substâncias permanece desconhecida, mas em alguns casos é associada a um gene defeituoso chamado APOE. Sabe-se que as alterações ocorrem inicialmente na região do hipocampo, importante local de armazenamento da memória e que a população de neurônios doentes tem como neurotransmissor a acetil-colina, daí a estratégia terapêutica basear-se principalmente em medicamentos que aumentem a disponibilidade desse neurotransmissor.

Com a evolução da doença, todo o cérebro vai perdendo neurônios, que podem chegar a diminuir 20% do seu peso original. O que se vê, ante a ressonância magnética do crânio, em fases avançadas da doença, são cérebros difusamente atrofiados.

Inúmeras drogas (estatina, antiinflamatório, selegilina, tabaco), vitaminas (vitamina B e E), substâncias (gingko biloba), dietas (mediterrâneo), hormônios (estrogênio) e álcool (vinho tinto) têm sido testadas com o objetivo de prevenir a doença de Alzheimer. Nenhuma delas, porém, mostrou-se clinicamente suficiente, até a presente data, capaz de sugerir prescrição específica na doença.

Uma vida socialmente ativa após os 60 anos, busca de atividade intelectual continuamente, treinamento cognitivo, realização de exercícios físicos regulares e uma dieta balanceada parecem diminuir o risco para Alzheimer. E, em caso de diagnóstico definitivo, a reabilitação cognitiva ou o treinamento cognitivo associado ao tratamento medicamentoso têm sempre uma resposta melhor que o medicamento isolado.

Os treinamentos ocorrem em sessões regulares com psicólogos, onde são exercitadas funções como orientação no tempo e no espaço, atenção, memória, linguagem, juízo crítico, abstração, cálculo, habilidades visuo-motoras e reconhecimento entre outras.


Não obstante, a doença de Alzheimer ainda permanece incurável. E as medidas preventivas parecem apenas retardar seu aparecimento, sendo da maior importância a realização de diagnóstico precoce que, associado à instituição de medidas de tratamento farmacológico e reabilitação cognitiva, seja capaz desacelerar seu avanço. (Dr. Oscar Bacelar)
http://www.bacelar.com.br/

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

LUTANDO CONTRA A DEPRESSÃO

Lutando contra a depressão

Recentes pesquisas relacionam senilidade com vida rotineira. Fazer tudo sempre da mesma maneira entorpece a livre manifestação da inteligência tornando os movimentos mentais muito lentos pelo desuso, da mesma forma que o sedentarismo leva às restrições físicas. A mente, como o corpo, deve exercitar-se fugindo da rotina, criando novas atividades.

A rotina traz a depressão, o vazio e a tristeza, fracassando a capacidade de iniciativa e submergindo a pessoa no marasmo do tédio e na desconfortável sensação de inutilidade. Aproveita-se o tempo fugindo dela, rompendo com os hábitos, as mesmices, os preconceitos; ganhar tempo é ganhar vida pela renovação.

Ao agir mecânica  e rotineiramente, não se pensa no que se faz,  vive-se distraída e esquecidamente. É necessário criar o hábito de pensar, aperfeiçoar o que se faz e colocar novas atividades na vida. Não sejamos como Sísifo, o trágico herói mitológico condenado a realizar por toda a eternidade um trabalho inútil e sem esperança. Ele fora condenado pelos deuses a empurrar sem descanso uma enorme pedra até o alto de uma montanha de onde ela rolaria encosta abaixo para que o absurdo herói descesse em seguida até o sopé e empurrasse novamente o rochedo até o alto, indefinidamente, numa repetição monótona através dos tempos. O inferno de Sísifo é a trágica condenação de estar empregado em algo que a nada leva. Ele amara a vida e menosprezara os deuses e a morte. Por tal insolência fora castigado a realizar aquele trabalho inútil. Sua rebeldia poderia ter sido motivo de admiração pela insurgência contra o espectro da morte e o poder dos deuses, mas foi castigado por uma justiça duvidosa.

Não seríamos todos Sísifos?  Não estaríamos empenhados num grande esforço e sacrifício que poderiam não estar levando a nada como o sisifismo mitológico? Talvez nosso trabalho seja uma condenação e a vida uma tragédia rotineira, e Sísifo, num lampejo de consciência, tivesse reconhecido o peso de seu infortúnio representado pelo enorme rochedo da materialidade e da inutilidade; considerado que se assemelhara ao rochedo, e que seria necessário reverter aquele processo monótono, mudando a rotina absurda de dias, anos e séculos. Preso, no entanto, à mitologia, criado que fora para cumprir aquela finalidade pedagógica, nada pudera fazer. Ele prosseguiu no seu tormento para que pudéssemos superar o nosso. É um herói trágico e absurdo.

Para o homem existe a possibilidade de modificar a rotina tediosa e lançar ao longe o rochedo das misérias, da ignorância e da inconsciência; deixar de repetir os dias, os anos e as vidas sem variação alguma para construir um destino renovado. A pedra de Sísifo tem hoje outros nomes e é inútil o trabalho de erguê-la. Deixemos que o rochedo role ladeira abaixo e que ele prossiga como mito. Pensemos que poderemos superar aquele trabalho rotineiro modificando a vida, o presente, o passado e o futuro. Transformemos a vida renovando e aperfeiçoando os pensamentos, criando novas atividades e superando as condições pessoais.

Tudo deve mudar na vida, e mudar para melhor. Se não se pode alterar os desígnios de uma Vontade superior que determina um tempo para ela, a trajetória dos astros e o ritmo do Universo, há um amplo espaço de liberdade para se movimentar, desde os obscuros níveis da ignorância até as alturas inefáveis do conhecimento. Para mudar é necessário querer. E saber aonde se quer chegar. Querer é poder, literalmente, pode nada significar. Saber é poder.(Nagib Anderáos Neto).

QUE REMÉDIO?


Este vídeo ficcional, que aparentemente é uma comédia, denuncia o descaso e falta de preparo de atendentes de drogarias e farmácias, do Brasil afora. Neste caso mostra um portador do Mal de Alzheimer tentando comprar um medicamento e, é colhido pelo despreparo e impaciência do balconista.

Parece exagero? Infelizmente não. Acontece também, quando uma pessoa esquizofrênica chega ao balcão de uma farmácia, com a prescrição de medicamento psicotrópico e, o atendente, ironicamente, faz um comentário do tipo: “- Puxa vida! Este remédio é para loucos de pedra. É para você?”.

"CUIDEI DA MINHA MÃE COMO SE FOSSE MINHA FILHA"


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

AS VEZES


Às vezes, no meu caminho para casa, passo direto por minha casa e só percebo a uns quarteirões de distância.
Às vezes eu sei que eu queria dizer alguma coisa, e não me lembro se já disse ou não.
Mas com freqüência eu me lembro: 
De palavras afetuosas
De um doce sorriso
De um dia ensolarado
De um toque de carinho
De um livro que amei
De uma música
De uma paisagem
De um evento especial.

Acho que me lembro mais do que esqueço, não é?
(http://mariaamelialoirinha.blogspot.com.br/)

PACIÊNCIA - LENINE


Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
E o mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)

Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não... a vida não para)

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

DE FILHA PARA MÃE

andre mansur filha homossexual conquista direito de visitar a mae sem presenca dos irmaos Filha homossexual conquista direito de visitar a mãe sem presença dos irmãos

Estava aqui, tropeçando num monte de palavras, me engasgando com um turbilhão de sentimentos, perdida em meu mundinho de lembranças, saudades e pensando no próximo 2º domingo de maio – o famoso e tradicional (comercial) “dia das mães” quando, de repente, ouço aquele ‘psiu!’!

No limiar da porta, vejo então uma cabecinha toda branca espichando-se para chamar minha atenção e, olha só: aí está você, no agora de hoje vivendo o seu dia – linda, alegre e faceira dentro do meu dia-a-dia! Meu coração se enternece e corro para mais um dos nossos frequentes abraços de todo dia!

Há pouco, uma vaga nostalgia me levava para longe daqui, evocando lembranças, buscando aquela mulher que sempre acompanhou cada passo da minha vida. Mas onde poderia eu encontrá-la senão aqui, neste momento de agora em que a mulher que sou abraça e beija com ternura esta mulher que você continua a ser?!

Não importa se você lembra ou não do meu nome ou do parentesco que existe entre nós! Tudo o que importa é esse sorriso largo que ilumina o seu rosto quando me vê e essa sensação confiante, prazerosa, que podemos partilhar no calor do nosso abraço!

Ah mãe! Quantas experiências de vida, trilhando juntas! Fases boas, fases difíceis, momentos felizes, momentos tristes… Minhas enfermidades – seus cuidados e preocupações. As birras da criança versus a mãe autoritária. As inconsequências adolescentes versus a mãe vigilante! E aquela jovem adulta, empinando o nariz e fugindo das suas críticas decorrentes do inevitável confronto de personalidades e gerações diferentes!? O meu jeito de ser e o seu jeito de ser, ora gerando harmonia, ora gerando atritos.

Esses percalços naturais da caminhada pela vida, aqueles em que as relações se estremecem até mesmo quando nós filhos já somos adultos, não merecem relevância para serem pontuados como entraves para o amor e o carinho que lhe dedicamos. Tudo vivido, tudo passado e tantas novas experiências ainda nos esperando para viver!

E no seu lento caminhar, o vazio da sua memória vai me ensinando mais uma lição: despojar-me das bagagens do passado para sentir, com leveza, as surpresas do agora! Cada dia, um novo dia e cada momento sempre único e irrecuperável – sem passado e sem futuro, só comportando o presente desse agora tão cheio de oportunidades para ser vivido da melhor forma possível!

Creio que o Mal de Alzheimer traz em si essa profunda mensagem: numa mínima fração de segundo cabe toda uma vida e o tempo, com toda a sua carga de lembranças… bem, essa contagem que dele fazemos e o excesso de peso pelas lembranças que carregamos em nossa memória, é apenas um recurso humano para não nos desorientarmos enquanto transitamos no espaço.

Percebo, mãezinha, que a vida nos presenteou com a bênção de ver você e papai envelhecerem juntos trilhando os caminhos do bem viver. Sinto-me especialmente privilegiada pela oportunidade de ter acompanhado meu pai até o momento final e de agora poder continuar contando com a sua companhia. Isto nada tem a ver com obrigação, nem com reparação de sentimentos de culpa ou mesmo com gratidão, mas tem tudo a ver com amor, aprendizado e fortalecimento espiritual!

Repito aqui os versos finais de um poema que escrevi para vocês dois, intitulado ‘Tempo Mestre’: … Tempo chegou / e eu envelhecendo…/ Nas rugas do rosto, / tempo marcando / as trilhas do caminho / que no tempo percorri… / Abençoado tempo! / flashes de momentos / que contam uma história / escondida na memória / esquecida do que vivi… / Tempo pai! / Tempo mãe! / Eis o meu tempo / chegando de mansinho / trazendo o que se vai / e ensinando-me a partir…

Assim, tudo que hoje sei é que muito mais preciso aprender e que cada fração de segundo traz um leque de oportunidades para descobrir, exercitar e ampliar os limites dessa bagagem indispensável que precisamos ter sempre à mão para seguir com mais leveza a jornada de nossas vidas tais como: paciência, tolerância, aceitação e desapego.

E seguindo a trilha do poema “VIDA” de Mário Quintana, quero aproveitar cada oportunidade desses tempos para ir “jogando fora a casca dourada e inútil das horas” enquanto ainda tenho tempo para dizer olhando em seus olhos que “você é extremamente importante para mim” e o quanto eu te amo!

Meu grande beijo para você, minha mãe!

E àqueles que ainda podem beijar suas mães, eu peço: não percam tempo, aproveitem para todo dia beijá-las tanto quanto puderem!!! (Gracinha Medeiros)
http://www.cuidardeidosos.com.br/

ANIVERSÁRIO

Hoje é o aniversário de minha amada mãe, 83 anos. 
 "Eu não vivo sem você independente da sua inutilidade!"
Te amo muito!


RecadosOnline.com
Por mais que o tempo passe
E as estações se movam, 
Ainda será minha estrela, 
A mais linda, a mais radiante... 
Será pra mim sempre bela, 
Sempre amiga. 
Podem todos me crucificar, 
Mas sei que saberás a verdade 
E com todas suas forças irá me defender 
Como ninguém me defenderia. 
Está presente em todos os felizes e tristes momentos. 
Está sempre forte para vencer mais um desafio. 
Por mais que eu cresça e amadureça, 
Sempre serei seu fruto, 
E orgulho total de minha raiz... 
Te amo de forma insubstituível, 
És robusto meu amor 
És sincero meu afeto. 
Trouxe-me ao mundo, 
Aguentou toda dor 
E sorriu ao me ver pela primeira vez. 
Com muito carinho estou a pensar em você, 
Pois de carinho me alimenta. 
Minha mãe querida 
Da mesma forma que deseja a mim saúde e felicidade, 
Desejo-te também com toda certeza que tenho, 
Em nome do grande valor que tem pra mim, 
Te Amo Minha Mãe!!!
(12/02/2014)

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

ENCERRANDO CICLOS


"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é."

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

PARA MELHORAR A MEMÓRIA

melhorar-memoria

Tente fazer as rotinas diárias diferentemente do normal, para que o cérebro se acostume a trabalhar, pois alguns especialistas dizem que a memória é um músculo e ele deve ser exercitado, então guarde suas chaves em local diferente do que você guarda, passe por outro caminho para ir ao trabalho e tente fazer sempre as atividades diárias de maneira diferente.

Os cientistas dizem que as atividades intelectuais ajudam a preservar a memória; que pensar faz bem para ela. Estudos sugerem que as perdas da memória com a idade são menores em quem exercita bastante o cérebro; a massa de neurônios seria maior.

O mal de Alzheimer é uma doença irreversível; há uma correlação entre ela e a inatividade mencionada. Mas o esquecimento não é privilégio dos que têm idade avançada. Há muitos jovens esquecidos. Muitas vezes, as causas não são fisiológicas, senão psicológicas, mentais.

Regras mnemônicas ajudam a recordar o nome de uma pessoa, de uma rua. Não sobrecarregar a memória com informações inúteis, também. A mnemônica é uma arte ou técnica de fortalecer a memória através da associação daquilo que deve ser memorizado com dados já conhecidos. A palavra vem de Mnemosine, a deusa grega da memória, irmã de Cronos e Oceanos, a mãe das musas, a que saberia tudo o que foi, o que é, o que será. Possuído pelas musas, o poeta inspira-se diretamente no conhecimento de Mnemosine.

As instrutivas metáforas gregas nos ilustram sobre a importância e beleza da memória, quando devidamente cultivada e desenvolvida.

Uma forma e combater o esquecimento ou falta de memória é interessar-se pelo que se faz, pois quando existe o interesse, as experiências fixam-se fortemente nos arquivos mentais, sendo dificilmente esquecidas. E há interesse quando há atenção. Ao agir rotineira, mecânica e desatentamente, os fatos não se fixam, evaporam-se, são esquecidos.

A palavra interesse tem sua origem no latim e significa estar entre. Podemos dizer que é uma postura mental ativa diante de algo que nos chama a atenção. Leva-nos a aprofundar no objeto que estamos vendo ou analisando com os olhos mentais: a observação e o entendimento. Quando existe o interesse, os fatos, as sensações e as experiências fixam-se fortemente nos arquivos da vida, os da mente e da sensibilidade, sendo jamais esquecidos. Podemos nos interessar por uma pessoa, um animal, um objeto, uma paisagem, um conhecimento. Deveríamos, antes de tudo, interessar-nos por nós mesmos; pelo que somos e poderemos ser. O interesse implica sempre uma responsabilidade, uma profundidade, e nunca na superficialidade, como no caso da curiosidade, que pôde ter sua utilidade nas primeiras etapas da vida do homem na Terra, como o tem para as crianças que reproduzem aquela fase da evolução da espécie, mas que quando adultas deverão substituir a curiosidade pelo interesse, a superficialidade pela profundidade.

Existe um tempo para a curiosidade e um para o interesse, como um para infância e outro para a maturidade, embora devamos procurar manter em nossas mentes e corações a criança que fomos um dia como um tributo de gratidão àquela fase iluminada e feliz.

Em cartas a um jovem poeta, Rainer Maria Rilke escreveu:” Mesmo que estivesse em uma prisão, cujos muros não permitissem que nenhum ruído do mundo chegasse a seus ouvidos, o senhor não teria sempre a sua infância, essa riqueza preciosa, régia, esse tesouro de recordações? Volte a ela a atenção. Procure trazer à tona as sensações submersas desse passado tão vasto; sua personalidade ganhará firmeza, sua solidão se ampliará e se tornará uma habitação a meia-luz, da qual passa longe o burburinho dos outros”.

Pensar é diferente de recordar. Pensar é criar, resolver problemas; não é fácil e nem difícil, exige constância, dedicação. Ninguém tem dificuldade de recordar o que pensou, o que criou, como um filho, que está sempre presente na recordação.

 A revivescência de fatos felizes é sempre conveniente, traz a felicidade de volta, colore a vida, e pode ser um fator de inestimável ajuda para quem esteja vivendo uma dificuldade, uma tristeza. Não recordar aqueles momentos é sinal de ingratidão, sinônimo de esquecimento, egoísmo e isolamento.

Pensar faz bem. Recordar também. Pensar faz bem para a mente que reside no cérebro, para o corpo e para o espírito que se renova com essa atividade criativa, pois pensar é criar, respirar espiritualmente.

O exercício diário da função de pensar, onde entrarão em jogo o interesse, a atenção e o entendimento, fortalece a inteligência nas leituras e na criação pessoal que qualquer um pode realizar. Será também necessário aprender a ler a própria realidade pessoal e interior, e modificá-la caso seja necessário. A ninguém está vedado desenvolver a própria capacidade mental e liberar-se da rotina monótona dos dias que se sucedem sem nenhuma renovação; basta querer, pensar e realizar.

Não existe maior triunfo para o homem que pensar com liberdade e criar um futuro feliz através da própria inspiração. (Nagib Anderáos Neto)

domingo, 2 de fevereiro de 2014

AUTOCUIDADO: LEITURA E ENVELHECIMENTO


Quem lê bastante retarda a chegada do mal de Alzheimer. Hábito da leitura adia o mal de Alzheimer, desenvolve a fala e fortalece o emocional. Ela dá asas à imaginação, é amiga dos solitários e ainda deixa mente e corpo sãos. A leitura vem sendo considerada, cada vez mais, uma prática terapêutica.

Quando se toma um hábito. ela é capaz de proporcionar diversos benefícios à saúde, inclusive o adiamento do mal de Alzheimer. Segundo o neurologista André Matta, a área do cérebro responsável pela leitura está intimamente ligada à região da memória, assim como às da atenção, da concentração, da visão e da linguagem falada.

Quanto mais se estabelecem conexões entre as áreas, mais elas se desenvolvem. "O Alzheimer é uma doença degenerativa que afeta primeiro a memória e, depois, todas as funções cerebrais. Ter vida mentalmente ativa ajuda a postergara chegada da doença, e uma das atividades indicadas é a leitura", explica Matta.

Habito prazeroso
Para garantir os benefícios dessa prática, é importante que ela seja um prazer, c não uma obrigação. "Os efeitos vêm espontaneamente", diz a psicóloga Sabrina Vasconcelos, coordenadora da parte de psicologia de um hospital, onde a leitura se tomou uma ferramenta terapêutica crucial para os pacientes. "Para os idosos, é uma forma de atualização e motivação. Para as crianças, ler desenvolve os processos de criação, inovação e elaboração critica."
 http://www.ocuidador.com.br

ALZHEIMER

A medicina busca respostas para a deterioração mental que atinge parte dos idosos. Vai-se enfrentando o mal que se amplia, em vista do envelhecimento da população, sem compreendê-lo, estudando a doença aos sustos, como se fosse possível aprender a pilotar lendo um manual em pleno ar. O desapontamento de um filho ao ver a mãe ou pai ir embora mentalmente enquanto seu corpo permanece vivo é uma dor sem tamanho. Embora muitos façam graça ou até tentem rir quando um idoso doente fala uma impropriedade, a dor está presente, e é intensa. Um velho pode olhar a sua imagem no espelho, ao ser levado para o banho e falar algo como: “quem é aquele velho que está me olhando ali?”. Dói demais!

A demência é o declínio geral da cognição com prejuízo social, funcional e profissional, e está se disseminando em todo o mundo, sendo um imenso problema social e de altos custos. À medida que a doença vai avançando, sente-se como se fosse feito um adeus sem despedida. Simplesmente a pessoa querida se vai, enquanto as finanças da família se deterioram, pois além do doente precisar de medicação, parar de produzir, ainda prende alguém da família para cuidar dele, ou precisa pagar quem cuide. Entre os vários tipos de demências, o mais comum é o Mal de Alzheimer, descrito em 1906 e tendo suas bases histológicas firmadas em 1909 pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer. A segunda causa mais comum é a de origem vascular, sendo que podem coexistir. Como as mulheres têm vivido mais em todo o mundo, o Mal de Alzheimer parece ser mais comum nelas, e a vascular neles.

A perda da memória, inicialmente recente, e depois toda ela, e da linguagem, seguida da incapacidade de planejar, de se orientar no tempo e espaço, deMara-alzheimer-cuidar 2 cuidar de si, com perdas motoras, e tendência a piora do quadro, caracteriza esse mal, que é progressivo e tende a durar de oito a dez anos, até levar a morte, frequentemente por pneumonia. Trata-se de uma doença degenerativa com atrofia cerebral acentuada das áreas da memória, fala e motora. Nas diversas fases que vão se instalando, a frustração maior é quando a pessoa passa a desconhecer os familiares. Aos poucos vão se perdendo a semântica, o controle fecal e urinário, e a autocrítica. Pode haver dificuldade de deglutição.

Nos casos de base genética pode se manifestar de forma mais precoce, antes dos 50 anos, sendo que nos outros casos é mais comum surgir após os 65 anos de idade. Os custos da velhice estão assombrando o mundo e exigindo a preparação de pessoas para cuidar do idoso dependente. É preciso estar preparado para tomar conta de uma pessoa que pode não reconhecer, por impossibilidade, os esforços de quem cuida dele. Cada evolução é única, podendo haver bom vocabulário em alguém que já não se locomove só, ou perda global da memória em alguém que tenha perdido totalmente a sua capacidade de se comunicar, mas que anda com desenvoltura.

Mara-alzheimer-cerebro atrofiado
A família angustiada, que vê seu ente querido transformar-se, também precisa de tratamento, assim, além de cursos, o cuidador precisa de apoio psicológico para os duros dias que virão. A perda da paciência é comum, em vista de o portador do Mal de Alzheimer repetir dezenas de vezes a mesma pergunta, enquanto vai perdendo suas capacidades intelectuais, esquecendo até de que tenha terminado de almoçar, e peça comida novamente.

Os filhos costumam esconder do doente o nome do seu mal, talvez para evitar impressioná-lo, ao pensar que perderá totalmente a memória. E, ainda que não haja como deter a doença, os tratamentos propostos tentam atrasar sua evolução. A cada dia, mirabolantes buscas são feitas a procura de caminhos. Remédios para uma coisa são usados para outra, sendo que alguns doentes têm a sua doença retardada, enquanto em outros não há efeito algum.

Os neurônios juntam a proteína beta-amilóide em profusão, substância tóxica para eles, e vão dando nós emMara-alzheimer-cuidar 1 suas conexões, causando a morte dessas células, enquanto o cérebro reduz de tamanho, com atrofia preferencial do hipocampo (emoções, aprendizado e memória), e das áreas parietal, occipital e frontal. Junto pode haver alterações isquêmicas, com deterioração da circulação cerebral. Essas alterações levam a progressiva incapacidade para o convívio social e de fixar algo novo.

Mara-alzheimer-cuidar 4Observou-se que a maior incidência do Mal de Alzheimer se dá entre europeus, nos mais velhos e naqueles que não frequentaram a escola (zona rural). Dez por cento dos diagnósticos do Mal de Alzheimer estão equivocados. É preciso seguir os critérios padronizados, para corrigir condutas e usar os medicamentos certos.

É natural que a decepção seja grande, dada a inutilidade do que é feito, sendo um desafio diário o enfrentamento da irritabilidade, agressividade, mudança de humor e de comportamento dos afetados. Os cuidados devem ser os mesmos que se tem com crianças, mas evitando-se fazer deles velhos infantis. A tentativa de segurar o tempo de progressão da doença, claro, é infrutífera, mas o andar das décadas, como noutras patologias, fará, quem sabe, encontrar a cura.

 O portador do Mal de Alzheimer vai se esquecer de quem você é, mas você não pode se esquecer de quem é ele, e mesmo sem haver um bom tratamento para esta doença, o doente sempre deverá ser bem tratado. (Mara Narciso)         
 http://www.geraisnews.com.br/colunistas/

SOLIDÃO - ALCEU VALENÇA


A solidão é fera, a solidão devora.
É amiga das horas prima irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos,
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera, a solidão devora.
É amiga das horas prima irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos,
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera,
É amiga das horas,
É prima-irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão dos astros;
A solidão da lua;
A solidão da noite;
A solidão da rua.

A solidão é fera, a solidão devora.
É amiga das horas prima irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos,
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera,
É amiga das horas,
É prima-irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão dos astros;
A solidão da lua;
A solidão da noite;
A solidão da rua.