Para
captar os efeitos da idade avançada, é preciso entender que a marcha inexorável
do tempo vai deixando suas marcas nas pessoas.
Pode-se combater seus efeitos, tomando-se uma série de medidas (nem
sempre eficazes), mas a causa principal permanecerá, pois o tempo não volta
para trás e sempre irá paulatinamente cobrando seu tributo, por mais cuidados
que se tome. Seus efeitos serão
minimizados, e assim, a passagem do tempo poderá ser menos sentida, mas é
inexorável. Prosseguirá sem interrupção até o final.
A
melhor maneira de se conviver com o fantasma da idade é sua aceitação. É, sobretudo, aceitar as limitações que ela
nos começar a impor. Dentro dessa aceitação, definir bem o que se poderá ou não
fazer, e não adianta rebelar-se, tentando manter um ritmo de vida incompatível
com as possibilidades físicas. Não
podemos nos esquecer de que cada caso é um caso, não servindo comparações com
determinada pessoa para querer acompanhar seu ritmo.
Temos que saber analisar nossas reais possibilidades. Conhecer bem nosso organismo, sabendo até onde poderemos chegar, não sendo aconselhável uma “forçada de barra”, pois seus efeitos poderão ser catastróficos, precipitando a chegada de certos efeitos indesejados.
Temos que saber analisar nossas reais possibilidades. Conhecer bem nosso organismo, sabendo até onde poderemos chegar, não sendo aconselhável uma “forçada de barra”, pois seus efeitos poderão ser catastróficos, precipitando a chegada de certos efeitos indesejados.
Quais
seriam então os desejos masculinos ante o fantasma da velhice? Basicamente o
principal desejo que 15 entre 10 homens terá, será “ter a energia dos 20 anos,
com a experiência de vida dos 60”.
Simples, não? Seria realmente o ideal de vida. Mas há que se cair na real, e acontece que
para muitos essa aceitação é complicada.
Então,
começa a inútil “busca da juventude perdida”.
Esses homens, tentando mostrar que ainda tem todo o pique, começam a
procurar a companhia de garotas jovens, frequentando lugares da moda,
procurando vestir-se como os jovens, tentando aparentar que ainda são jovens.
Nada
contra, se for uma pessoa livre, e se ainda tiver um certo pique, não
precisando de certos estimulantes para obter os resultados almejados. Não podemos nos esquecer de que tais
medicamentos sempre acabam cobrando um tributo.
Há que se tomar cuidado, nunca dispensando a opinião médica. Caso
contrário, ao invés da “juventude perdida”, poderão encontrar sérios problemas
de saúde.
Muitas
vezes, contudo, nessa busca infrutífera, acabam abandonando a família que
sempre esteve a seu lado, trocando-a por companhias mais jovens. Conheço muitos casos bem tristes do que
ocorreu com nossos heróis, vendo depois a velhice chegar muito mais
rapidamente, encontrando-o sós e sem recursos.
Valeu a pena o gosto do reencontro com a juventude?
O
que mais angustia os homens que não souberam preparar-se física e
emocionalmente para a idade, é quando notam que sua virilidade parece estar
diminuindo. É óbvio que a potência e frequencia sexuais diminuem com o
tempo. E como é difícil de aceitar esse
fato. É muito difícil encontrar alguém
que aceite numa boa as limitações do tempo.
O mais comum, é estufarem o peito dizendo que “comigo não tem disso
não”. Mas que tem, tem, essa é a
irrefutável verdade.
É
impossível deter os efeitos causados pela idade. Contudo, uma das soluções bem encontradas, é
o “aprimoramento” da coisa. É substituir a potência pela experiência. Sabendo
usar, não vai faltar, e sabendo usar
bem, melhor ainda.
Essa
é a principal angústia que desmotiva muitos idosos, transformando-os em velhos.
Costuma se dizer que o principal problema do homem, “não é a primeira vez em
que não dá a segunda, mas sim, a segunda vez que não dá a primeira...”. O que muitos homens precisam entender, é que
a coisa não funciona como um botão de “liga e desliga”. Faz parte do organismo, e sujeito a falhas,
até mesmo quando somos jovens, que dirá mais tarde.
Não
é motivo para angústia ou desespero.
Precisamos encarar a fera de frente.
Sempre caberá uma consulta ao urologista (com dedo e tudo), para saber
se poderá estar ocorrendo uma causa clínica.
Na maioria das vezes, são problemas psicológicos. O pior, será assustar-se com uma eventual
disfunção, passando a julgar que se está impotente.
Isso
acontecendo, muitos se entregam
totalmente ao desespero, julgando-se “acabado para a vida”, e nesse
caso, muitas vezes fecham-se em sua angustia, tornando-se até agressivos com
suas companheiras, que não entendendo o que se está passando, ao invés de
ajudar, brigam mais ainda, reclamando da falta de sexo, o que vem aumentar mais
ainda a crise existencial. E nesse caso, o que se impõe é um diálogo aberto,
franco e esclarecedor.
O
mais importante, será manter o equilíbrio, aceitando certos fatos da vida, e
procurando adequar-se à situação, sempre tendo presente que a vida é e sempre
será bela e gostosa para ser vivida, basta que saibamos aceita-la com suas
benesses e com seus problemas. (Marcial Salaverry).
Nenhum comentário:
Postar um comentário