terça-feira, 31 de dezembro de 2013

IDOSO PUBLICA NOTA DE FALECIMENTO FALSA PARA RECEBER VISITA DE PARENTES


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Incomodado com a falta de atenção por parte de seus familiares, um idoso albanês articulou um curioso plano para ser visitado e, em pleno dia de seu aniversário, emitiu uma nota falsa do próprio falecimento em um jornal local. Para tornar a notícia de sua morte ainda mais crível, Hajdar Lila também colou alguns cartazes na rua para anunciar sua morte, nos quais incluiu uma foto e dados pessoais.

“Faz 4 anos e meio que voltei do Canadá e meus filhos, irmãos e, inclusive, meus primos ainda não vieram tomar um café na minha casa”, declarou Lila, de 70 anos. O idoso relatou que passou muitos anos vivendo na Grécia e no Canadá, mas que sempre enviou dinheiro e notícias a sua família. De acordo com Lila, seus amigos e familiares sempre se mostraram muito amáveis com ele, mas, aparentemente, apenas pelo dinheiro e pelos presentes que lhes enviava desde o exterior. ”Enquanto estive no Canadá, eu ajudei o quanto pude todos com dinheiro. Eu tinha muita vontade de voltar para minha pátria e viver com meus entes queridos. Mas, agora que não me resta dinheiro, ninguém se importa mais com minha presença”, lamentou o idoso.

No entanto, mesmo com a simulação de sua própria morte, Lila não obteve muito sucesso na hora de reunir sua família, já que somente sua filha mais velha se dirigiu a sua casa para cuidar de seu suposto funeral. Após esta experiência, Lila deixou claro que não aceitará ninguém no cemitério no dia de sua morte verdadeira, com exceção do coveiro. ”As pessoas devem ser respeitadas enquanto vivas e não depois de mortas”, finalizou o idoso, que, por sinal, não conseguia esconder a grande decepção com seus filhos.
http://charlezine.com.br/

EM QUE ESPELHO FICOU PERDIDA A MINHA FACE?


Tom Hussey é um premiado fotografo norte-americano. Em uma série intitulada “Reflexões”, Hussey mostra idosos olhando no espelho e enxergando-se com a aparência de quando eram jovens. Ele mesmo alega que a ideia surgiu quando estava conversando com um veterano da 2ª Guerra Mundial, chamado Gardner. À beira de seu aniversário de 80 anos, Gardner disse que ainda se sentia como um jovem. A conversa inspirou Hussey a fotografar Gardner olhando para um espelho no banheiro, onde, depois de algumas edições usando fotografias antigas, a montagem mostraria ele vendo a si próprio na juventude. A imagem resultante fez parte de seu portfólio durante algum tempo, até ser lembrada para compor uma peça publicitária para uma marca de remédio contra o mal de Alzheimer. Veja as fotos e, logo abaixo, o poema “Retrato”, de Cecília Meireles:

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RETRATO

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?

Cecília Meireles

LÁGRIMA

DALAI LAMA

DR. DRÁUZIO VARELLA

COMO MELHORAR A MEMÓRIA?

IMPACTOS DA DOENÇA DE ALZHEIMER NA ESFERA FAMILIAR



A idéia de um indivíduo desmemoriado vem sempre associada com a idéia de seu deslocamento do mundo dos significados sociais, de sua fragmentação como sujeito em decorrência da perda de sua história pessoal, de sua trajetória social, de suas referências de pertencimento".
(Ferreira, 2003:208).

A memória é a ligação do homem com o mundo e consigo mesmo. É através da memória que o homem elabora seu senso de unidade e continuidade e constrói sua identidade. A impossibilidade de reconhecer sua própria história retira do sujeito a sua individualidade, transformando-o      em uma espécie de morto-vivo. 

 A desconexão gradual do sujeito com Alzheimer é vista por muitos familiares como um mergulho na escuridão, uma morte lenta. No entanto, o demenciado pode viver muitos anos sob os cuidados afetuosos da família, ainda que como um completo desconhecido.

A angustia de conviver com uma pessoa querida que não pode mais reconhecer a família, os amigos e a si mesmo, pode provocar o sentimento de estar cuidando de um corpo possuído por um espírito desconhecido. O indivíduo já não está presente e a família sofre uma “perda” antecipada do sujeito.

Os grupos de apoio aos familiares e cuidadores de portadores de Alzheimer pode  propiciar suporte para a superação dos conflitos domésticos e do sofrimento causado  pelo processo de evolução da doença. Além de oferecer informações e orientações sobre a DA, a possibilidade de troca de experiências e, principalmente, um espaço de cumplicidade e solidariedade, os grupos de apoio oferecem também, por haver uma identificação entre os participantes, que compartilham de situações semelhantes, a  possibilidade de se construir relações de afetividade que podem proporcionar a sensação de acolhimento a família e ao cuidador.
(Recorte documento de Mariana Alcantara Gomes)

domingo, 29 de dezembro de 2013

SINTOMAS DO ESTRESSE



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DESCOBERTA CIENTÍFICA ABRE CAMINHO PARA A CURA DE ALZHEIMER

Mulher em exposição do cérebro humano
Mulher em exposição do cérebro humano

Descoberta científica abre caminho para a cura de Alzheimer
Cientistas encontraram substância capaz de barrar a morte de neurônios em ratos em pesquisa classificada pelo The Guardian como “decisiva e histórica”.
São Paulo – Uma descoberta da equipe da Universidade de Leicester (Inglaterra) publicada nesta semana trouxe boas notícias: a ciência está cada vez mais próxima de encontrar a cura para o Mal de Alzheimer. Esta doença hoje atinge mais de 36 milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, este número deve triplicar.

Pois a equipe de neurcientistas liderada pela professora Giovanna Mallucci descobriu uma substância capaz de barrar a morte de neurônios. Testada em ratos de laboratório, tal substância conseguiu impedir a neurodegeneração nestes animais, que eram portadores da chamada “doença de príon”.

O estudo havia previamente descoberto que o acúmulo de proteínas no cérebro destes ratos doentes era responsável por ativar um mecanismo de defesa das células. Este processo, por sua vez, bloqueava a produção de novas proteínas.

Segundo a equipe, o normal seria que a produção normalizasse em algum momento, mas nestes ratos isto não foi observado. Constataram então que este seria justamente o “gatilho” que levaria os neurônios à morte, pois algumas das proteínas essenciais para a sua sobrevivência deixavam de ser produzidas.

Ao injetar a substância, os cientistas conseguiram bloquear este mecanismo paralisador da produção de proteínas em uma parte do cérebro destes ratinhos, normalizando, assim, todo o processo. Foi possível então impedir a morte das células e ainda restaurar os níveis de proteína e a comunicação entre os neurônios. Conclusão: prolongaram a vida destes animais.

Bom, ainda de acordo com a equipe, em entrevista ao jornal “The Guardian”, a pesquisa está em estágio inicial e pode ser que a produção medicamentos leve um tempo para se tornar realidade. Além disso, o processo causou sérios efeitos colaterais nos ratos, fato que levou os cientistas a preverem que testes em humanos ainda estão longe de acontecer.

Independente disso, a comunidade científica considerou os resultados altamente significativos e celebrou o estudo. “Futuras gerações certamente verão esta pesquisa como um pilar histórico e decisivo”, considerou o The Guardian.
(http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/descoberta-cientifica-abre-caminho-para-a-cura-de-alzheimer/ - 10/12/2013).

CAUSAS DA DEPRESSÃO DEPOIS DOS 60 ANOS



Depressão é a doença mais comum entre idosos. O declínio físico continuado, a maior frequência de patologias, perdas de amigos, familiares e cônjuges, perda da capacidade laboral, aposentadoria, questionamentos acerca da morte geram sentimentos de inutilidade, tristeza, desânimo e apatia que podem configurar um quadro depressivo. A depressão encontra-se como a doença psiquiátrica mais comum entre os idosos. Os idosos com depressão manifestam, em geral, sintomas similares a depressão nas demais idades, como humor deprimido e diminuição do interesse, perda ou ganho significativo de peso, alteração no sono, lentificação ou agitação psicomotora e fadiga. Vale aqui uma ressalva. Sentir-se triste ou ter diminuição do prazer diante de determinadas situações da vida pode ser uma reação natural. O sentimento de tristeza da depressão, entretanto, possui frequência e intensidade significativas a ponto de alterar o funcionamento da pessoa e aparece associado a outros sintomas. O desenvolvimento de algumas patologias, como a depressão que destacamos, é frequente com o envelhecimento. No entanto, envelhecer não significa adoecer. É possível envelhecer com saúde e qualidade e acima de tudo, o tratamento de diversas patologias é possível, desde que diagnosticadas correta e precocemente. 
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ALZHEIMER - PREVENÇÃO




Alzheimer: controlar a pressão e a diabetes pode ajudar na prevenção. É importante saber que nem toda confusão ou desorientação é sinal de Doença de Alzheimer. Vários fatores podem causar o aparecimento súbito de uma confusão mental, tais como uso de alguns medicamentos (por exemplo: “calmantes”), bebida alcoólica, presença de infecções, problemas renais, doenças cardíacas, etc. Esse tipo de confusão que aparece de forma aguda (Delirium) é uma situação transitória, que pode desaparecer depois de alguns minutos, dias ou até alguns meses, desde que sua causa seja tratada (ex. uso de antibióticos em pacientes que ficaram confusos por causa de alguma infecção). Por outro lado, na Doença de Alzheimer, o paciente além de perder noção do ambiente ou do tempo (dia/mês/ano) em que se encontra, apresenta também perda progressiva da memória e dificuldades para realizar tarefas cotidianas, que tendem a piorar ao longo de anos, não sendo uma situação reversível. Atualmente já se conhecem vários fatores capazes de reduzir o risco de desenvolver a Doença de Alzheimer, como por exemplo: Prevenção e tratamento de Hipertensão Arterial (“Pressão Alta”) e de Diabetes; Prática frequente de atividade física; Participação em atividades de lazer e de socialização; Não fumar; Manter níveis baixos de colesterol; Exercícios para estimular memória; Ampliar seu conhecimento e aprendizado ao longo da vida (quanto maior a escolaridade, maiores são as “reservas” que pessoa possui em sua memória, diminuindo sua chance de apresentar Alzheimer).
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AS RELAÇÕES AFETIVAS SÃO NECESSÁRIAS PARA OS DOENTES DE ALZHEIMER


A mudança emocional que sacode as famílias e os doentes é tão ou mais impactante que a própria patologia. Com a chegada do esquecimento, surgem muitas dúvidas.

"Constantemente nos perguntamos quais são seus sentimentos", explica Manel Mañós. Ele tem 87 anos e sua mulher, Laura, morreu com Alzheimer. "Vivemos uma história de muita dor, mas também de compreensão e muito amor", acrescenta.

A doença vai modificando o humor, o comportamento e o tipo de relação do enfermo com seu entorno social e seus familiares, especialmente com o cônjuge. Como a doença do esquecimento afeta as relações afetivas? O amor adquire um novo significado? Está comprovado que quando o doente de Alzheimer recebe estímulos, como escutar uma melodia de sua juventude, consegue despertar um sorriso. Mas que papel um estímulo emocional tão importante como desfrutar do amor conjugal tem na evolução da doença?

Pouco a pouco, a doença vai desfazendo a personalidade do paciente.
Desde a fase inicial, com os primeiros esquecimentos e, em muitos casos, apatia e depressão, até as mais avançadas, nas quais há uma deterioração física maior e se observam também transtornos do comportamento, o doente e seu entorno familiar passam por um grande processo emocional.

"Para mim, o Alzheimer tem dois momentos: a morte da personalidade e a morte física", afirma Mañós, que era muito apaixonado por sua mulher e fica com os olhos embotados ao lembrar-se dela. "Era muito linda", afirma. "Quando a doença apareceu, o projeto de vida que tínhamos para depois da aposentadoria desapareceu. Eu me informava e tentava me colocar em seu lugar, raciocinar e pensar o que eu sentiria se fosse ela, como eu gostaria que me tratassem. Você tenta devolver à pessoa a vida que a doença está lhe roubando", explica Mañós.

"As emoções do doente de Alzheimer são um terreno ainda bastante inexplorado. As pesquisas se preocupam muito com a cognição, mas não com a emoção", afirma Javier Olazarán, neurologista e principal pesquisador da Fundação María Wolff, onde dirige um projeto que avalia o efeito do prazer sobre o bem-estar do doente de Alzheimer.

Conforme a doença avança, "começam a ver-se afetadas as manifestações mais complexas de afetividade, ligadas ao pensamento mais elevado, como a iniciativa, a motivação ou a capacidade de compreender o que os outros sentem. Sabemos que respondem com menos intensidade, o que não quer dizer que sintam menos", diz o neurologista.

"Os doentes de Alzheimer conservam uma vida afetiva muito mais rica do que a que aparentam porque mantêm as estruturas cerebrais envolvidas com a vida emocional, que demoram mais para se deteriorar", explica José Manuel Martínez-Lage, professor honorário de neurologia da Universidade de Navarra. "O paradoxo está em como expressam suas emoções: suas respostas são mais pobres ou anormais", explica.

Nem todos os doentes sentem da mesma forma. "Dependendo de quais regiões forem afetadas, pode haver uma falta de motivação na hora de buscar estímulos prazerosos, algo que ocorre em 80% dos casos. Outros 20% sentem-se absolutamente desinibidos na hora de buscar prazer, seja por meio da comida, do contato com os outros e até mesmo do aumento da libido. A doença é caprichosa, e não sabemos por que em determinados casos aumentam alguns quadros ou outros", comenta Olazarán. Mercè Boada, chefe clínica do setor de doenças neurodegenerativas do hospital Vall d'Hebrón de Barcelona, também dirige a Fundação ACE, que atende 250 portadores de Alzheimer em seu centro-dia e cursos de memória. Mais da metade tem menos de 60 anos. "Com eles fomos aprendendo como são as relações afetivas e sexuais durante o transcurso da doença", explica Boada. "Precisam de afeto, contato físico e, definitivamente, do amor dos relacionamentos", confirma.

A psicóloga María Paz García Paniagua, da Associação de Familiares de Doentes de León (AFA León), concorda: "É possível que para o doente de Alzheimer alguns sentimentos, principalmente o carinho, sejam os únicos vínculos que os mantêm ligados à realidade que os circunda".

O amor estimula a memória. "Com uma vida afetiva ativa, a doença progride mais lentamente", afirma Martínez-Lage. Lembrar juntos da vida de casado, por exemplo, pode ser um bom estímulo. Sentir carícias, vozes e cheiros familiares e outros elementos de cumplicidade podem ter o poder de evocar a memória. "Durante muitos anos acreditou-se que o doente voltava a ser criança. Não é assim, e deve-se tratar o doente como o adulto que é, ainda que não se possa ouvir suas emoções, palavras e sentimentos da mesma forma", afirma Martínez-Lage. A doença constrói novas pontes, novas formas de cumplicidade. "Ter sido é uma forma de ser", acrescenta.

Apesar de a relação conjugal supor um estímulo para o doente, a outra face da moeda é como o parceiro vive a relação. Quando os olhos deixam de brilhar ao ver o rosto do outro, ou já não se lembra mais onde se conheceram, como foi a primeira vez, o nascimento de seu primeiro filho... Cair no poço do esquecimento da pessoa amada requer grandes doses de fortaleza.

O juramento de amor pode se fortalecer mais do que nunca, ou, ao contrário, desmoronar-se. Os transtornos de comportamento afetam a cada casal de forma diferente. "Você é jovem, se quiser pode ter outro marido, não se prenda por mim", disse há alguns dias Luis, que tem 60 anos e padece de Alzheimer, à sua esposa, María, de 48 anos, quando ela foi visitá-lo na instituição onde mora. "Nesse momento de lucidez, voltei a vê-lo novamente: a mesma generosidade pela qual eu havia me apaixonado voltou a aparecer", afirma María. Eles se apaixonaram loucamente há 18 anos. Lembra-se como deram valor a lutar para ficarem juntos e deixar para trás dois casamentos falidos.

Quando a doença chegou, começou a destruição. "Quando ele olha para mim acho que não me vê como sua mulher, mas como um apoio", afirma María, que reconhece que quando olha para Luis agora vê outra pessoa.

"A doença o roubou de mim, já não é a pessoa por quem me apaixonei", explica. "Chegou a um ponto em que ter relações era um tormento, porque tinha a sensação de que ele só queria se aliviar, e eu já não sentia nada". Custou muito para Maria levar Luis a uma instituição. Ela o visita todos os dias. Compartilham menos tempo, mas com qualidade.

Sentimentos como a solidão, o isolamento, a incapacidade de comunicar ou a vergonha são os piores companheiros para o doente e seu parceiro.

"Com freqüência, o cônjuge não consegue compreender a situação e se sente mal. Não quer se sentir como um objeto de desejo desconhecido, quando antes era conhecido e desejado", explica Boada. Não costumam contar isso a ninguém, mas quando o tema surge na consulta com Boada, a especialista nota que "tiram um peso dos ombros".

Explicam que seu marido ou esposa doente os procuram buscando carinho porque os reconhecem como uma pessoa próxima cujo contato lhes dá prazer e tranqüilidade. "Nesse contato também há memória", afirma.

A sexualidade é outro dos aspectos do casal que muda. "A pessoa com demência pode ter a mesma necessidade de contato físico que tinha antes, de continuar mantendo o mesmo ritmo em suas relações sexuais, mas a forma de comunicar isso pode ser diferente. Antes, por exemplo, se insinuaria a seu parceiro ou parceira propondo uma siesta, mas as vítimas da doença não conseguem se comunicar dessa maneira. Aproximam-se de seus parceiros, a quem ainda desejam, e os tocam, e isso pode acontecer no momento mais inoportuno, o que provavelmente gerará rejeição", explica Boada.

"O cônjuge são tem duas opções: viver isso de uma forma positiva, participando do jogo, ou pode pensar que está sendo usado e então rejeitar o outro", explica Boada. "Devemos educar o casal e a família, que devem compreender que manter a sensação de prazer é boa para a saúde do doente, e isso implica desfrutar da comida, do cheiro do café, do contato físico com os demais e de outros prazeres".

Uma das partes do cérebro afetadas pela doença é o lóbulo pré-frontal, que controla as relações com o entorno e por isso alguns doentes se comportam com maior desinibição. Em alguns casos chega a haver até uma aparente hiperatividade sexual. "Podem dizer à acompanhante ou enfermeira que gostam de seus peitos, chegam até a tocá-la com atrevimento, mas na realidade isso não significa nada", explica Boada.

"A masturbação em público, por exemplo, sobre a qual não se fala, mas que se vê com freqüência nos asilos, deve ser reconduzida, tratada com naturalidade, e deve-se ensinar ao doente que trata-se de algo privado e que portanto ele deve se retirar para seu quarto ou o lavabo", afirma.

Há tantas histórias de amor quanto doentes. Na Fundação ACE, os funcionários ainda se lembram do caso de um paciente de 75 anos que ia ao centro e participava de suas atividades terapêuticas. Ele havia sido diplomata. Sentava-se à mesa como um autêntico cavalheiro inglês, sempre vestido de terno, impecavelmente. Logo fez amizade com uma mulher também doente, a quem dava instruções, como se fosse sua secretária, para que cumprisse suas tarefas. Passavam dias de mãos dadas. Era enternecedor ver como ela lhe arrumava a gravata. Ao acabar o dia, saiam pela porta de mãos dadas e a surpresa chegava quando apareciam a esposa do diplomata e o marido da namorada, que vinham buscá-los. A troca de casais se dava com a maior naturalidade. Que sentimentos surgiram entre ambos? "Com certeza, uma sensação de serenidade, de compartilhar mais horas, compartilhar um projeto de vida comum", conclui Boada.

Doentes amam de uma forma desinibida que as famílias nem sempre entendem  - ( Mónica L. Ferrado).
http://portaldoenvelhecimento.org.br/

sábado, 28 de dezembro de 2013

CONFESSO QUE VIVI - PABLO NERUDA

Viver bem a Vida

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o “preto no branco” e  os “pontos nos is” a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante,
desistindo de um projecto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar.

Estejamos vivos, então!

A SOLIDÃO TEM VÁRIAS FACETAS

"Viver só não significa estar condenado à solidão. O saudável é equilibrar os momentos de isolamento e reclusão com os de interação com a família e amigos. Assim, é possível ser feliz sozinho."
http://www.istoe.com.br/reportagens/

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

QUANTAS VEZES


A figura do cuidador se instala em todas as fases, doando suor, lágrimas, renúncias, solidão, decretando seu degredo, seu exílio.

Quantas vezes surgem lágrimas os quais se disfarça em sorrisos, sua disponibilidade e entrega é total, quantas tarefas não divididas ocasionadas pelo desmembramento dos outros familiares. Estamos em busca de nós mesmos perante Deus.

Mesmo diante de tantos conflitos que ocasionam a mente do portador da doença, mesmo diante de nossa limitação ou até mesmo ás agressões sofridas pelo nosso ente, nunca desconsideramos o poder dos pequenos gestos de bondade e de amor que fazem muita falta .

Por mais insignificantes que nossos gestos pareçam, constituem notas musicais da grande sinfonia da vida vibrando no universo. E vamos tomando parte na extraordinária orquestra do bem, contribuindo com o que possuímos.
È sempre Deus nos impulsionando para frente, secando nossas lágrimas, restaurando nossa energia para a continuidade de nossa missão.
http://alzheimernafamilia.blogspot.com.br/

APOIO AOS CUIDADORES

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

SOBRE CUIDAR - CARTA DE PAULO AOS CORÍNTIOS


Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos
e não tivesse o DOM DE CUIDAR
seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom da profecia
e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência,
e ainda que tivesse toda a fé,
de maneira tal que transportasse os montes,
e não tivesse o DOM DE CUIDAR, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres,
e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado,
se não tivesse o DOM DE CUIDAR,
nada disso me aproveitaria.

O cuidado é paciente, é benigno; o cuidado não é invejoso, não trata com leviandade,
não se ensoberbece, não se porta com indecência,
não busca os seus interesses, não se irrita,
não suspeita mal, não folga com a injustiça,
mas folga com a verdade.
Cuidar tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Cuidar nunca falha.

Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão;
havendo ciência, desaparecerá;
porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos;
mas quando vier o que é perfeito,
então o que o é em parte será aniquilado.

Quando eu era menino, falava como menino,
sentia como menino, discorria como menino,
mas logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma,
mas então veremos face a face;
agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a fé,
a esperança e o cuidar com amor, estes três;
mas o maior destes é cuidar com amor!

A ALEGRIA DE VIVER ...

Entendendo que a vida tem altos e baixos

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O TEMPO PASSA? NÃO PASSA


O tempo passa ? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.

O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.

Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.

O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.

São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer a toda hora.

E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama escutou

o apelo da eternidade.
(Carlos Drummond de Andrade)

O ENVELHESCENTE - MÁRIO PRATA

Se você tem entre 50 e 70 anos, preste bastante atenção no que se segue. Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira.

Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correto. Esqueceram de nos dizer que entre a maturidade e a velhice (entre os 50 e os 70), existe a ENVELHESCÊNCIA.

A envelhescência nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim com a adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não. Antes, a envelhescência. E, se você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência? Coloque os óculos e veja como este nosso estágio é maravilhoso:

— Já notou que andam nascendo algumas espinhas em você?

— Assim como os adolescentes, os envelhescentes também gostam de meninas de vinte anos.

— Os adolescentes mudam a voz. Nós, envelhescentes, também. Mudamos o nosso ritmo de falar, o nosso timbre. Os adolescentes querem falar mais rápido; os envelhescentes querem falar mais lentamente.

— Os adolescentes vivem a sonhar com o futuro; os envelhescentes vivem a falar do passado. Bons tempos...

— Os adolescentes não têm idéia do que vai acontecer com eles daqui a 20 anos. Os envelhescentes até evitam pensar nisso.

— Ninguém entende os adolescentes... Ninguém entende os envelhescentes... Ambos são irritadiços, se enervam com pouco. Acham que já sabem de tudo e não querem palpites nas suas vidas.

— Às vezes, um adolescente tem um filho: é uma coisa precoce. Às vezes, um envelhescente tem um filho: é uma coisa pós-coce.

— Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende. Nós, envelhescentes, também não entendemos eles. "Ninguém me entende" é uma frase típica de envelhescente.

— Quase todos os adolescentes acabam sentados na poltrona do dentista e no divã do analista. Os envelhescentes, também a contragosto, idem.

— O adolescente adora usar uns tênis e uns cabelos. O envelhescente também. Sem falar nos brincos.

— Ambos adoram deitar e acordar tarde.

— O adolescente ama assistir a um show de um artista envelhescentes (Caetano, Chico, Mick Jagger). O envelhescente ama assistir a um show de um artista adolescente (Rita Lee).

— O adolescente faz de tudo para aprender a fumar. O envelhescente pagaria qualquer preço para deixar o vício.

— Ambos bebem escondido.

— Os adolescentes fumam maconha escondido dos pais. Os envelhescentes fumam maconha escondido dos filhos.

— O adolescente esnoba que dá três por dia. O envelhescente quando dá uma a cada três dia, está mentindo.

— A adolescência vai dos 10 aos 20 anos: a envelhescência vai dos 50 aos 70. Depois sim, virá a velhice, que nada mais é que a maturidade do envelhescente.

— Daqui a alguns anos, quando insistirmos em não sair da envelhescência para entrar na velhice, vão dizer:

— É um eterno envelhescente!
Que bom.

FAXINA DE MIM


Estava precisando fazer uma faxina em mim... Jogar alguns pensamentos indesejados para fora, lavar alguns tesouros que andavam meio enferrujados...

Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais.
Joguei fora alguns sonhos, algumas ilusões... Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei; Joguei fora a raiva e o rancor das flores murchas que estavam dentro de um livro que não li. Olhei para meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas... E as coloquei num cantinho, bem arrumadas.

Fiquei sem paciência!... Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: Paixões escondidas, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de um amigo, lembranças de um dia triste... Mas lá também havia outras coisas... e belas!

Um passarinho cantando na minha janela... aquela lua cor-de-prata, o pôr do sol!... Fui me encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças. Sentei no chão, para poder fazer minhas escolhas.

Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou. Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima e também joguei fora no mesmo instante!

Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que farei com elas, se as esqueço lá mesmo ou se mando para o lixão.

Aí, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante: o amor, a alegria, os sorrisos, um pouco de fé para os momentos que mais precisamos... como foi bom relembrar tudo aquilo!

Recolhi com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, coloquei perfume na esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas, deixei-as à mostra, para não perdê-las de vista.

Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância, na gaveta de cima as da minha juventude e, pendurada bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar... e de recomeçar... (Anônimo(a))

http://cultcarioca.blogspot.com.br/

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A ARTE DE ENVELHECER


Dizem que saber envelhecer é o mesmo que produzir uma obra de arte no dia-a-dia. E verdade, pois as coisas não acontecem da noite para o dia. De forma natural, no decorrer da vida, vamos nos encaixando a elas e modificando nosso modo de ser, mesmo sem querer. Entender que a velhice está implícita na juventude, da mesma forma que a morte na vida, é uma maneira de aceitar os aspectos opostos da existência. O segredo do saber envelhecer é conservar a auto-estima, continuando a ser interessante para si próprio e para os outros. Amar a vida, as pessoas, alimentar sonhos, ocupar a mente com alguma atividade são excelentes formas de manter-se emocionalmente equilibrado.

Dizem os geriatras que as pessoas devem fazer exercícios físicos e mentais em todas as fases da vida, cuidando do corpo com uma alimentação sadia, sem excessos, sem abusos, exercitando-se com algum trabalho, mesmo quando aposentadas. Assim, é evidente que com a idade deve haver uma evolução: mudança de hábitos, formas de se comportar, se vestir etc.

É importante, ainda, cultivar as amizades, acompanhar o crescimento e a mudança dos jovens, sem o isolamento próprio de quem se acha fora de época. O elemento fundamental para isso é manter o interesse pela vida e continuar amando. Raramente quem teve muitos amigos, doou muito de si e se preocupou com os outros termina sua vida sozinho. Por isso, buscar novas amizades, inclusive jovens, permite um contínuo renovar-se. O mundo de hoje é muito agressivo e, se a pessoa não se coloca dentro dele, acaba marginalizada por seu próprio modo de vida.

A maior sabedoria não está em saber envelhecer, mas em como viver, de forma sábia, o dia-a-dia. É uma decorrência natural, pois geralmente não sentimos que estamos envelhecendo e não nos consideramos velhos quando atingimos uma idade mais madura.
O ser humano normal gosta de viver, de participar, de trocar experiências, enriquecendo a si e aos outros. O importante é não julgar que já não se pode curtir as coisas boas que a vida oferece, porque a velhice chegou. À medida que a pessoa caminha em idade, não apenas enriquece a cabeça, o espírito. De certa forma, construiu alguma coisa. É hora, então, de curtir suas realizações. Como? Sendo o mais natural possível.

As pessoas excessivamente vaidosas, quando envelhecem, não querem fazer mais nada, porque se julgam velhas. Outras, por pequenos achaques físicos, se acham no fim. Há também as que se refugiam atrás das dores para justificar seu afastamento social. Quem, sem causa justificada, se deixa abater quando envelhece jamais viveu com garra e entusiasmo a própria vida.

A preparação para a velhice acontece ao longo da vida: vivendo. Ninguém pára para dizer que fez 50, 60 ou 70 anos. Os anos vão se sucedendo no nosso fazer, descobrir, curtir, viver. Na terceira idade, a pessoa ama da mesma forma, só que valoriza bem mais a qualidade do que a quantidade das coisas. Por isso é possível curtir tudo com mais intensidade.

Da mesma forma que se educa uma criança desde o dia em que nasce para ser honesta, equilibrada e trabalhadora, educamo-nos diariamente para a velhice, conhecendo-nos melhor, usando como bandeira as próprias qualidades, discernindo os atos pessoais, e tentando ver onde estão as falhas para corrigi-las, sem lhes passar um spray. Ávida se renova a cada dia, e é preciso acompanhá-la. Quem não se interessa por isso é velho, mesmo que tenha 20 anos de idade.

A pessoa envelhece mantendo e acentuando suas próprias características. Quem normalmente é neurastênico, será um velho chato e insuportável, pois sem as censuras normais das outras idades, mostrará com mais naturalidade sua irritabilidade. Ao contrário, quem é dócil, manso, será um velhinho doce, que agrada a todo mundo. Basta observar as pessoas que vivem ao nosso lado. Nesse particular, entra muito, também, a forma como a pessoa aceitou as oportunidades de crescimento que a vida lhe ofereceu.


A idade madura e a velhice evidenciam a experiência. Saliento a sabedoria de minha mãe ao dizer que ela não é velha, é antiga. O antigo tem valor cultural, de conhecimento, experiência, beleza, sabedoria, história. Assim deveriam ser considerados os nossos velhos, por nós e pela sociedade.
( Maria Helena Brito Izzo )

domingo, 22 de dezembro de 2013

SENTIMENTOS REPRIMIDOS PODEM CAUSAR DOR EMOCIONAL E DOENÇAS FÍSICAS


"Desabafar mágoa e ser sincero consigo mesmo é sempre a melhor saída para vive bem"


Muita gente fica remoendo a mágoa e prefere reprimir a dor por medo de expor os sentimentos ou por não conseguir colocar para fora toda a angústia que está ali martelando sem parar e acaba não percebendo que estocar mágoas e sofrimentos faz mal para a saúde e para o coração.


"Nosso organismo não foi feito para guardar mágoas e sentimentos ruins. Tanto o corpo quanto a mente vão pesando na medida em que eles se acumulam e uma hora a panela de pressão transborda na tentativa de aliviar o sofrimento. É um processo natural", explica a psicóloga e coordenadora do Setor de Gerenciamento de Qualidade de Vida da Unifesp, Denise Diniz.

"O grande problema é que na hora da explosão, a pessoa se sente tão sufocada que sai atirando para todos os lados magoando as pessoas que estão ao seu redor sem perceber. É preciso tempo e paciência para aprender a lidar com os sentimentos sem ferir as pessoas e nem a si mesmo", continua.

    Estocar mágoas e sofrimentos faz mal para a saúde e para o coração.

Quem cala consente a dor
Os sentimentos ruins são frutos de expectativas frustradas. Colocamos no outro ou naquela oportunidade a responsabilidade de resolver nossos problemas como se eles não fossem consequências dos nossos próprios atos, daí a mágoa e o ressentimento.

Na medida em que não extravasamos este sentimento e vamos dando a ele uma conotação negativa maior do que de fato ele deveria ter, sufocamos nossos limites emocionais e daí aparecem os sintomas físicos. "Todos nós criamos expectativas sobre a vida e toleramos até certo limite algumas frustrações. Quando elas extrapolam este limite, que é pessoal, e nos fazem sofrer, significa que algo está em desequilíbrio e é preciso resolver", explica Denise.

"O problema é que a maioria das pessoas acha que resolver os ressentimentos é resolver com o outro aquilo que está pendente, o que deve ser feito mesmo, porém, antes disso, é preciso entender o que te de fato te fez mal e porque ganhou tamanha dimensão na sua vida para daí buscar o equilíbrio", afirma a especialista da Unifesp.
mágoa

Por que não consigo expressar meus sentimentos?
Muita gente costuma guardar a mágoa e os sentimentos ruins por não conseguir extravasar, daí vem à tristeza e a angústia. Isso acontece porque temos temperamentos e limites diferentes fazendo com que alguns levem sem traumas as decepções do dia a dia, enquanto outros guardem e fiquem remoendo as dores.

"É algo muito pessoal a forma que cada um reage às adversidades. Se você é tímido, reage de um jeito; se é inseguro, age de outra maneira. O importante nesta questão é perceber que quem cria a conotação negativa que gera a mágoa e o ressentimento somos nós. A pessoa pode até ter errado com você, mas a intensidade disso na sua vida quem dá é você mesmo", explica a psicóloga.

Sentimento reprimido = saúde em perigo
Segundo a psicóloga da Unifesp, a dor emocional se torna física quando a intensidade que damos ao fato que nos magoa chega a interferir na atividade cerebral de modo a dificultar o envio de estímulos nervosos responsáveis pela execução de algumas funções de nosso organismo. "O cérebro deixa de comandar alguma função e o corpo reage sinalizando onde está o problema", explica.

"A gente se adapta as novas situações, isso é um processo natural, porém, quando algo nos machuca a ponto de extrapolar nossos limites, a dor emocional bloqueia alguma função física que já é propensa a ter problemas ou intensifica os sintomas de alguma doença já existente", explica Denise.

Para ela, os sintomas emocionais podem acometer três áreas interdependentes das nossas vidas de modo a influenciar umas as outras de acordo com a origem do problema emocional. "Quando a pessoa tem uma doença que tem origem emocional, dificilmente consegue desempenhar com total desenvoltura suas atividades sociais e começa a dar sinais físicos. É um conjunto de fatores que se somam e vão se acumulando. Quando o corpo reage com sintomas de alguma doença é porque a pessoa extrapolou seu limite emocional e o organismo responde tentando eliminar a dor", explica.
mágoa

Sintomas que podem estar relacionados à dor reprimida:

-Físicos: úlcera, hipertensão, alergias, asma, estresse, e a longo prazo, câncer.

-Psíquicos: irritabilidade, ansiedade, agressividade, nervosismo.

-Sociais: queda de desempenho no trabalho, tendência ao isolamento, apatia, conflitos domésticos, dentre outros.

Colocar em pratos limpos
É muito comum ouvirmos as pessoas dizendo que se temos um problema com alguém é melhor resolver e conversar para não guardar mágoa porque isso faz mal, porém, esta máxima nem sempre é a melhor opção para quem sofre com problema.

De acordo com Denise Diniz nem sempre as pessoas conseguem lidar com a dor que sentem. "Além disso, conversar com o outro que os magoou significa trair seus valores morais e isso as maltrata mais do que a mágoa ou a dor reprimida", explica ela. Nestes casos, é melhor trabalhar para que ela supere a dor e siga em frente.

Extravasar sim! Magoar não
Uma hora você estoura! Pois é, isso não é o problema, o grave é quando você o faz e desconta nos outros as dores que são suas, magoando as pessoas ao seu redor. Para evitar que isso aconteça e te ajudar a extravasar, a psicóloga dá algumas dicas:

1.Aceite que algo lhe incomoda sem medo de expor seus sentimentos, assim você não intensifica a dor remoendo mágoa dos outros.

2. Detecte o que de fato lhe fez mal para não sair atirando para todos os lados.

3. Não crie expectativas em relação ao outro para não se decepcionar depois. "Só você pode curar sua dor, não adianta achar que o outro vai te livrar do sofrimento", diz Denise.

4.Busque em você e na sua vida todos os recursos que podem te ajudar a superar esta dor: amigos, praticar esportes, terapia, entre outros. "Se pergunte quais destas possibilidades fariam mais efeito na hora de trabalhar a dor que está te maltratando e corra atrás dela. Nem sempre o que lhe indicam é o melhor para você e, às vezes, uma conversa franca é mais útil do que uma consulta", explica.

5-Trabalhe sua autoestima: "As pessoas te maltratam se você deixa que isso aconteça. É você quem escolhe as relações que quer estabelecer com as pessoas, por isso, em vez de culpar o outro pelo seu sofrimento, olhe para si mesmo e se ajude", afirma Denise.


6-Perdoe. A psicóloga lembra que perdoar não é esquecer o que te fez mal e sim superar e se libertar daquele sentimento ruim: "só nos curamos quando viramos a página e, para isso, é preciso disposição e paciência. Não dá para achar que superou só porque você quer se sentir assim, tem que ser sincero para ser verdadeiro".
(Por Natalia do Vale)

sábado, 21 de dezembro de 2013

PONTO DE INTERROGAÇÃO - GONZAGUINHA


Por acaso algum dia você se importou
Em saber se ela tinha vontade ou não
E se tinha e transou,você tem a certeza
De que foi uma coisa maior para dois
Você leu em seu rosto o gosto,o fogo,o gozo da festa
E deixou que ela visse em você
Toda a dor do infinito prazer
E se ela deseja e você não deseja
Você nega,alega cansaço ou vira de lado
Ou se deixa levar na rotina
Tal qual um menino tão só no antigo banheiro
Folheando as revistas,comendo a s figuras
As cores das fotos te dando a completa emoção
São pe rguntas tão tolas de uma pessoa
Não ligue,não ouça são pontos de interrogação
E depois desses anos no escuro do quarto
Quem te diz que não é só o vicio da obrigação
Pois com a outra você faz de tudo
Lembrando daquela tão santa
Que é dona do teu coração
Eu preciso é ter consciência
Do que eu represento nesse exato momento
No exato instante na cama,na lama,na grama

Em que eu tenho uma vida inteira nas mãos..

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

PROBLEMA DE MEMÓRIA

Um casal de 80 anos começa a ter problemas de memória. O médico diz a eles que é normal nessa idade e que anotar os afazeres em um caderno pode ajudá-los.

À noite, o velhinho vai à cozinha, e a mulher pede:
- Querido, traz um sorvete com calda de morango?
- Claro, meu bem.
- Você não vai anotar?
- Ah, imagina! Eu vou me lembrar disso!
- Sei... Coloca um pouco de chantili em cima também? Mas escreva, senão vai esquecer!
- Eu já disse que vou lembrar! - diz ele, irritado.
Depois de uns 20 minutos, ele volta com um prato com omelete. A mulher olha com reprovação:
- Eu não disse que você iria esquecer? Cadê a torrada?
(Fonte: Jornal Agora)

QUANDO ...

CUIDAR É ...

CUIDADOS PARA O CUIDADOR


Sabemos que nós os cuidadores somos peça principal de uma engrenagem que movimento o dia a dia do nosso paciente com DA. Cuidamos e preocupamos tanto com eles que muitas vezes nossa vida vai ficando para trás, e acabamos tendo problemas de depressão, doenças diversas, devido ao pouco cuidado que temos com a nossa pessoa.

Cuidador é o âncora, aquele que o paciente sente seguro em sua companhia, aquela pessoa que é "escolhida" por diversas situações em cuidar do paciente.
O cuidador é o espelho onde o doente se mira. Se estamos tensos com algum problema, é tiro e queda, o doente percebe e se rebela também. Temos que manter uma forma estável de humor, transmitir segurança, dar uma rotina para o doente (eles adoram rotina) entre outras coisas.

Precisamos evitar entrar dentro daquilo que é denominado CUIDADOR POLVO... que é aquele que abraça o doente e nao deixa ninguem se aproximar ou cuidar dele. Vamos delegar tarefas, conversar com outros parentes para que as tarefas sejam divididas. No principio é dificil, mas com tempo e paciencia chegamos lá.

Aqui estão algumas dicas: 
1 - Apesar de não poder curar, posso controlar o efeito da doença sobre mim.
2 - Preciso cuidar de mim.
3 - Preciso simplificar minha vida.
4 - Permitir que os outros me ajudem.
5 - Viver um dia de cada vez.
6 - Estruturar meu dia
7 - Manter o senso de humor
8 - Lembrar que o comportamento e emoçoes sao distorcidos pela doença.
9 - Apreciar e dar mais importancia ao que a pessoa pode fazer
10 - Preciso depender de outros relacionamentos para compensar.
11 - Lembrar sempre que estou dando o melhor de mim neste tempo.
12 - Lembrar que uma Força Superior está disponivel para mim.

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