Mulher em exposição do cérebro humano
Descoberta científica abre caminho para a cura de Alzheimer
Cientistas encontraram substância capaz de barrar a morte de
neurônios em ratos em pesquisa classificada pelo The Guardian como “decisiva e
histórica”.
São Paulo – Uma descoberta da equipe da Universidade de
Leicester (Inglaterra) publicada nesta semana trouxe boas notícias: a ciência
está cada vez mais próxima de encontrar a cura para o Mal de Alzheimer. Esta
doença hoje atinge mais de 36 milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo dados
da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, este número deve triplicar.
Pois a equipe de neurcientistas liderada pela professora
Giovanna Mallucci descobriu uma substância capaz de barrar a morte de
neurônios. Testada em ratos de laboratório, tal substância conseguiu impedir a
neurodegeneração nestes animais, que eram portadores da chamada “doença de
príon”.
O estudo havia previamente descoberto que o acúmulo de
proteínas no cérebro destes ratos doentes era responsável por ativar um
mecanismo de defesa das células. Este processo, por sua vez, bloqueava a
produção de novas proteínas.
Segundo a equipe, o normal seria que a produção normalizasse
em algum momento, mas nestes ratos isto não foi observado. Constataram então
que este seria justamente o “gatilho” que levaria os neurônios à morte, pois
algumas das proteínas essenciais para a sua sobrevivência deixavam de ser
produzidas.
Ao injetar a substância, os cientistas conseguiram bloquear
este mecanismo paralisador da produção de proteínas em uma parte do cérebro
destes ratinhos, normalizando, assim, todo o processo. Foi possível então
impedir a morte das células e ainda restaurar os níveis de proteína e a
comunicação entre os neurônios. Conclusão: prolongaram a vida destes animais.
Bom, ainda de acordo com a equipe, em entrevista ao jornal
“The Guardian”, a pesquisa está em estágio inicial e pode ser que a produção
medicamentos leve um tempo para se tornar realidade. Além disso, o processo
causou sérios efeitos colaterais nos ratos, fato que levou os cientistas a
preverem que testes em humanos ainda estão longe de acontecer.
Independente disso, a comunidade científica considerou os
resultados altamente significativos e celebrou o estudo. “Futuras gerações
certamente verão esta pesquisa como um pilar histórico e decisivo”, considerou
o The Guardian.
(http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/descoberta-cientifica-abre-caminho-para-a-cura-de-alzheimer/ - 10/12/2013).
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