segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

REALIDADE (2)

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A evolução da doença de Alzheimer em minha amada mãe considerando a data do diagnóstico (14/03/2013), até o dia de hoje, tem sido bastante acelerada.

Muitas foram às mudanças ocorridas. Buscamos de imediato ajuda de profissionais para darmos inicio ao tratamento da DA.  

Através de uma consulta de rotina ao seu cardiologista, nos foi indicado uma clinica voltada para as doenças degenerativas na terceira idade. Marcamos uma visita ao local e após consulta com a fisioterapeuta, deu-se inicio ao tratamento da DA.

Seguindo orientação de especialistas (terapeuta,  fisioterapeuta e neurologista) foi definido um Programa de Treinamento Cognitivo, incluindo uma série de atividades com prioridade as práticas sociais, as práticas com linguagem, autocuidado, independência, atividades físicas e mentais, com atividades que estimulem as funções mentais e promoção  do bem estar físico.

O importante é que estas atividades envolvam a mente e o corpo aliando relaxamento e conscientização corporal.

O contentamento da minha amada mãe era evidente, sempre comunicativa, tratou logo de integrar-se ao grupo de terapia composto de idosos com diferentes problemas degenerativos. Sessões realizadas 03 vezes por semana. Participando de várias atividades sociais: carnaval, comemoração de aniversários dos idosos, inclusive o dela, festa junina e todos os eventos previstos no calendário do Centro de Reabilitação.

O sentido de pertencer a um grupo e ser aceito, são sentimentos importantes ao portador de DA, uma vez que a interação social propicia a manutenção de sua própria identidade.

Estes momentos estão sendo registrados, através de fotografias e/ou vídeos.

Em relação ao treinamento cognitivo, partimos para a contratação de uma Terapeuta Ocupacional Domiciliar com sessões realizadas 01 vez por semana. São realizadas atividades que estimulam as funções mentais  que mantêm ativa a memória recente e remota, a memória de aprendizagem, a discriminação visual e auditiva, a orientação temporal e espacial, a linguagem, o raciocínio matemático, o pensamento abstrato a capacidade de fazer escolhas.

Mas uma coisa importante é que todas as atividades devem fazer sentido para o sujeito e principalmente com práticas que envolvam socialização.

A participação da minha amada mãe em festas e comemorações familiares, passeios e visitas passaram a ter uma nova conotação.

A vida social e a autoestima não podem jamais ser deixadas de lado, o autocuidado e a saída de casa para ir a festas e visitar parentes e amigos fazem parte do Programa de Treinamento Cognitivo, objetivando mantém a minha amada mãe  orientada, ativa, funcional e com garantia de seu autorrespeito.

Para a concretização do Programa de Treinamento Cognitivo, deparei-me com muitas dificuldades com os familiares próximos, no sentido de contar com um suporte mínimo necessário para a efetivação do Programa.

Muitos conflitos familiares, não cooperação, não envolvimento, enfim, tristezas e decepções que serão relatadas posteriormente  na categoria “REALIDADE”.

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