Hoje,
passados 11 anos, ela está muito confusa, não anda, não come sozinha,
não fala direito e tem delírios, usa fraldas a noite, entre outras
dificuldades. Ela é incrível, com todo esta doença está sempre sorrindo e
feliz. Pergunto a ela você está feliz? Ela responde: “Claro, eu sempre
estou contente e feliz, tenho você e meus filhos, quero apenas que cuide
de mim e me ame.”
Quando
vejo os filmes e fotos de quando ela era saudável, sinto uma falta
imensa dos cuidados e carinhos que ela nos dava. Ela (45 anos) ainda
está muito bonita de corpo e rosto, mas já está com demência. Cuidamos
dela com muito carinho e atenção, levamos ela aonde é possível
respeitando as limitações. A dor de saber que ela ainda vai piorar é
muito grande. Às vezes, acho que vou infartar de tanta dor no peito.
Hoje
sei que mudei muito e que preciso me preparar para todas a situações da
vida. Gosto de jogar futebol, nadar, correr, ver filmes e passear. Este
último já não faço a muito tempo, não consigo sair, me sinto mal por
não poder levá-la. Peço a Deus todos os dias para que não a deixe piorar
mais. Não sou religioso. Muitas vezes, dá vontade de ir para bem longe,
para não ver ela sofrer tanto. Um dia este sofrimento vai passar,
espero conseguir sobreviver. Que Deus cuide muito bem dela, pois ela é
mais que especial. Eu nunca vou abandonar o amor de toda minha vida. Aos que passam por situação semelhante, peço força, paz e disposição.(Judivaldo Rodrigues )
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