Acho que estou na pista para descobrir a origem do mal de Alzheimer que é coisa que a ciência tenta, tenta, mas não consegue.
Para mim tudo começa com o "não adianta".
Veja o meu raciocínio.
Quando a gente chega numa certa idade, adquirimos poderes de super-heróis porque:
- Ficamos invisíveis porque as outras pessoas não nos vêem mais.
-
Coisa estranha, nós não precisamos mais falar porque as pessoas à nossa
volta já sabem o que nós vamos dizer e, partindo deste pressuposto,
elas nos impedem de dizer o que pensamos seja de assunto for portanto,
tornamo-nos telepáticos e nem percebemos.
- Quando insistimos em
falar até conseguimos, mas o som que emitimos não é o mesmo som que os
nossos interlocutores entendem então descobrimos que aprendemos a falar
grego assim, sem mais nem menos.
- Quando as pessoas falam conosco,
por alguma razão estranha também, elas pensam que nós não as estamos
ouvindo e, dai, elas repetem tudo o que já haviam dito e, quando ficamos
de saco cheio, dizemos: "eu já sabia" e ,daí, as pessoas nos olham com
jeito esquisito, surpresas por nos termos finalmente, as entendido.
-
Aprendemos a ser dissimulados ou seja, todo mundo pensa que nós não
sabemos nada de nada quer dizer, todo mundo, não porque nós sabemos que
sabemos mas os outros pensam que nós as estamos enganando, que estamos
dissimulado, sabe-se lá porque.
Assim, depois de um tempo que estas coisas passam a acontecer e a se
repetir na nossa vida a nossa mente, talvez para nos proteger, manda
um recado para o nosso consciente que diz o seguinte: "Pare, por que não
adianta". Como as coisas se sucedem o tempo todo, este recado
passa a ser rotineiro, e nós acabamos nos convencendo que realmente "não
adianta" e dai aceitamos o fato e passamos a:
- Não nos incomodarmos mais se estamos invisíveis ou não.
- Como todos já sabem as opiniões que temos a respeito de qualquer
assunto, chegamos à conclusão que "não adianta" portanto emitir opinião
alguma e ficamos sempre quietos seja em que rodinha de conversa
estivermos.
- Insistir em falar? Jamais, porque "já sabemos" que não
falamos mais a língua que todos falam então, como conclusão lógica,
também "não adianta" falar.
- Nós somos as mesmas pessoas que éramos.
Ainda ouvimos e raciocinamos bem mas os outros pensam que não e nos
enchem o saco dizendo a mesma coisa varias vezes para que tudo fique bem
"gravado".
- Em termos de comportamento também somos a mesma pessoa
que éramos.
Somos verdadeiras como sempre fomos então, sentimos muita
dor quando os outros insinuam que somos dissimulados, que nos fazemos de
mortos. Enfim, de "não adianta" em "não adianta", a única coisa que pode nos
restar é virarmos uma concha e, para sobreviver, criamos um 'eu
virtual" para que com eles possamos dialogar agora no nosso silêncio.
Está aí, esta concha é, portanto a ante sala do Alzheimer e, a partir deste ponto, "nada mais adianta, nada mais importa". Estamos livres de todos para vivermos a nossa vida em paz.
http://jefcor.dihitt.com/
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