quarta-feira, 26 de junho de 2013

APRENDA ACEITAR NA VIDA

 

Ao abordar o presente tema, falo de ACEITAR no sentido de suportar, tolerar; e, não, no sentido de concordar. Por exemplo, você pode divergir nos assuntos e na maneira de pensar de um colega ou de um parente, não concordando com as suas opiniões a respeito, digamos, de política ou religião. Em verdade, as pessoas podem discordar sobre muitos outros assuntos, como diminuição ou não da idade penal, corrupção, saúde, emprego, transporte coletivo, etc.,etc. 

Todavia, diante de casos assim, é preciso que tenhamos amadurecimento espiritual e emocional para respeitarmos as opiniões alheias e nos elevarmos acima de nossas divergências, não fazendo disso motivo para que não possamos conviver em harmonia, paz e compreensão.

Assim, também, seria muito mais fácil, então, aceitar as dores e os sofrimentos que a vida nos impõe. Sei que não é coisa fácil, mas é preciso aceitar! Na vida, nem tudo é somente alegrias. Há, também, instantes de dor e de muitas turbulências que perturbam o nosso coração; daí que o Mestre da vida, percebendo tudo isso, já nos advertia, dizendo: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim” (Jo 13:14-1).

Afinal, um coração perturbado nos faz perder o sossego, a tranquilidade e a confiança. E, isso é ruim porque ninguém pode viver desnorteado, desorientado e sem sossego, sendo certo que por mais intensa que seja a dor, é preciso dar sentido à vida, procurando reconstruí-la e encontrando a paz e a felicidade.

Das coisas ruins que acontecessem em nossa vida, que vai da doença à morte, passando pela perda de emprego e da briga e separação de casais, dentre muitos outros casos; achamos que essa é a maior dor e sofrimento. Ledo engano. Mundo afora, e, muitas vezes, até mesmo bem perto de você há alguém que também esteja sofrendo; e o sofrimento e a dor não escolhem cor, sexo, riqueza ou pobreza.

Há inúmeras pessoas doentes vivendo em estado terminal ou estado vegetativo persistente, seja na UTI de um hospital ou em sua própria casa, cuja vida é prolongada à custa de aparelhos, onde o paciente não fala, não ouve, não se alimenta de forma corriqueira e vive entubado, com sondas e tubos de oxigênio.

Por outro lado, há aqueles outros que, embora vivos, parecem que estão mortos. São os portadores de Alzheimer em estado avançado, os quais acabam perdendo a memória, sendo que alguns deles chegam ao ponto de não reconhecer os próprios filhos, ficando cada vez mais dependente da ajuda dos outros até mesmo para rotinas básicas, como a higiene e a alimentação. 

Diante de casos assim cheios de dor e sofrimento não é hora de saber o por quê de tudo isso. Basta somente aceitar, recebendo com humildade tudo o que vier. Afinal, há tempo para tudo. E, “Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo o propósito debaixo do céu : há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou ; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar ;tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria ;tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras ; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar ;tempo de buscar e tempo de perder ; tempo de guardar e tempo de deitar fora ; tempo de estar calado e tempo de falar ; tempo de amar e tempo de aborrecer ; tempo de guerra e tempo de paz” (Eclesiastes,3:1-8).

E em meio às mais sublimes aflições nunca devemos nos desesperar. E se a vida tem mesmo suas inevitáveis tempestades, aprenda a aceitar na vida, pois, as tribulações e os males que nos advém quase sempre trazem ínsitas lições que precisamos aprender.

Por mais triste e doloroso, sê sempre forte. Antigo provérbio já dizia que o vento não quebra uma árvore que se dobra. E, então, nunca diga a Deus que você agora tem uma grande dor. Diga à sua dor que você tem um grande Deus e que Ele vai lhe dar forças para vencer e superar esse momento de profunda tristeza.


Na vida é sempre assim: nada é perfeito, e para colher rosas é preciso aceitar os espinhos. (Eldes Ivan de Souza).
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