quarta-feira, 22 de maio de 2013

CÃES AJUDAM A TRATAR DEPRESSÃO E ALZHEIMER


Algumas pesquisas mostram que os cães colaboram e ajudam pessoas e pacientes  com níveis de depressão moderada, forte e até profunda. Nos casos estudados, constatou-se que a partir do momento que um paciente começou um vínculo afetivo com um cachorro, aos poucos sua auto-confiança aumentou e, consequentemente, abriu novas portas para a comunicação com as pessoas próximas e, principalmente, com pessoas desconhecidas.

Ou seja, com a ajuda de cachorro, uma pessoa deprimida encontra um caminho aberto para a socialização, diminuindo a solidão e a tristeza. A partir daí os sintomas da depressão começam a recuar cada vez mais, fazendo com que o psiquiatra comece a reduzir as altas doses de anti-depressivos gradativamente até que o paciente receba alta médica.


A pet terapia utiliza animais para que os pacientes internados em hospitais, principalmente as crianças, durante tratamentos longos, tenham nos bichinhos (cães na maioria dos casos) além de conforto, uma forma de desviar o foco do problema. Brincando com os animais, cuidando deles, o paciente esquece os incômodos do tratamento. Ou seja, o animal é um mediador no processo terapêutico.

E outros animais também são utilizados no processo. Os cavalos, por exemplo, podem ajudar pessoas com necessidades especiais na aquisição de coordenação motora, tônus muscular, equilíbrio, entre outras propriedades, sem contar na melhora da auto-estima e da socialização.

Não poderia deixar de lembrar os cães-guias, treinados para serem verdadeiros olhos para cegos e deficientes visuais, proporcionando segurança em sua locomoção, melhora na sua auto-estima, sem contar os benefícios para sua integração social.

Mas não pára por aqui: tartarugas, coelhos,  peixes de aquário,  podem ter um efeito relaxante e amenizar as conseqüências do estresse.

- Matéria publicada em: 01/05/2010 pelo G1
"Pet terapia" conquista espaço em casas de reabilitação no Rio:


Idosos com Alzheimer, portadores de necessidades especiais, além de crianças e adultos com depressão podem obter avanços no quadro clínico graças ao contato com cães. A afirmação é da ONG Pêlo Próximo - Solidariedade em 4 patas, que utiliza a chamada "pet terapia" (terapia realizada com a presença de animais) para ajudar no combate a doenças e ainda estimular o respeito ao animal.

São 23 “cães terapeutas”, de diferentes raças, e 35 voluntários no projeto, entre veterinário, adestrador, fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta, acupunturista e terapeuta ocupacional. De acordo com a psicóloga e coordenadora do grupo, Roberta Araújo, os animais realizam atividades para trabalhar o raciocínio, como a escovação, exercícios com arco, boliche e futebol, além da apresentação de shows dos cães.

“A vantagem do cão é que o amor dele é incondicional. Para ele não tem preconceito. Em visitas a idosos, você vê um idoso que não levanta a mão pra pegar um copo de água, mas ele abaixa o tronco pra fazer carinho no cachorro, ele penteia o cachorro, que é um exercício de extensão dos membros. Se é cadeirante, é um tipo de exercício, se é idoso, é outro”, explica Roberta.

Para as crianças, há ainda o “pet health”, quando os cães viram os pacientes e os pequenos, os médicos. “Eles escutam o coraçãozinho do cachorro, examinam os olhos, dão injeção com seringa sem agulha, enfaixam a patinha”, exemplifica.

“Na verdade, isso não é nem um trabalho, é um prazer inenarrável. Se os cães pudessem falar, eles diriam da alegria que é atender quem realmente necessita, quem está abandonado em lares e hospitais. Eles mudam completamente a rotina dessas pessoas. E essas pessoas adquirem uma esperança a mais”, disse a psicóloga, que alegou ainda que, em alguns casos, pacientes até diminuem a ingestão de remédios após a visita da ONG.

Quem já participou, faz festa. A dona de casa Elisabete Teixeira, de 47 anos, é voluntária do grupo e dona de um dos cães e de uma calopsita. Ela começou o trabalho por causa da filha Nathália, de 21 anos, que sofre de depressão e ansiedade. “Pra gente é altamente gratificante. Faz bem pra gente e a gente vê a felicidade do outro. Minha filha teve uma melhora muito grande. E os visitantes adoram. Na despedida sempre pedem pra gente não demorar a voltar”, contou.

Mas ainda há resistência de algumas clínicas de reabilitação em relação aos animais, segundo a coordenadora. “Há um preconceito. É difícil entrar em hospitais, eles não aceitam. Aqui no Rio é muita luta, em São Paulo eles têm passagem aberta”, revelou.


Idosos com Alzheimer exercitam a memória

A assistente social Rita de Cássia Ribeiro, dona de uma clínica para idosos no Grajaú, Zona Norte do Rio, já recebeu o grupo Pêlo Próximo e faz coro com a psicóloga. “A pet terapia é uma coisa muito nova. A vigilância sanitária tem muito medo dos animais. O animal tem que estar totalmente vacinado, entre uma série de outras exigências, e tem gente que não gosta de bichos”, disse.

Para Rita, no entanto, que tem especialização em Gerontologia, os animais são extremamente importantes na recuperação de várias doenças. Segundo ela, o contato com os cães estimula o retorno ao passado para idosos com Alzheimer. Ela conheceu esse tipo de trabalho em um congresso e desde então o adota em sua clínica.

“É um trabalho maravilhoso. Tem uma senhora aqui que ela nunca sorri, e ela sorrindo pra gente com a cachorrinha menor foi fascinante. E aí eles lembram que tiveram animais, lembram do nome”, explicou ela.

Segundo ela, mesmo sabendo que poucos idosos se recordam da experiência com o grupo, os instantes de felicidade que os animais proporcionam nas visitas são compensatórios e transformadores. “É uma coisa que não abro mão”, declarou.
http://www.psicosmica.com/

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