Envelhecer é um processo natural que costuma trazer algumas perdas e mudanças importantes na vida das pessoas. Provavelmente a mais assustadora das possibilidades de quem hoje entra na chamada terceira idade é o desenvolvimento de alguma demência, em especial o Mal de Alzheimer.
“A perspectiva de um dia vir a expressar uma demência, como o
Alzheimer, está presente no imaginário de muitos idosos, como um
fantasma que ronda seus sonhos dia e noite”, comenta Dra. Tania
Guerreiro, geriatra, professora da UnATI UERJ e criadora da Oficina da
Memória. Esse medo não é infundado, pois, à medida em que há um aumento
da expectativa de vida, crescem as chances do desenvolvimento da doença.
Por outro lado, os profissionais da saúde estão muito melhor preparados
hoje para identificar os primeiros sintomas do Mal de Alzheimer e
conduzir um tratamento adequado.
Rodeado de mitos, o Mal de Alzheimer não é conseqüência do
envelhecimento, endurecimento das artérias e das veias, falta de
oxigênio no cérebro, causado por trauma psicológico ou por depressão.
“Ainda não se sabe de fato o que leva uma pessoa a desenvolvê-lo. O
fator genético é considerado como preponderante na sua causa, ao lado de
agentes infecciosos, contaminação por alumínio e excesso de radicais
livres de oxigênio”, explica Adriana Cristine Fonseca Mozzambani,
neuropicóloga e doutoranda pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. A
esses fatores, Dra. Tania acrescenta a baixa escolaridade, o isolamento
social, o estresse crônico e a existência anterior de traumatismo
craniano como fatores que aumentam o risco do desenvolvimento da
demência.
A ciência tem investido em pesquisas para se encontrar a cura do Mal
de Alzheimer, doença identificada pelo neuropatologista alemão Alois
Alzheimer em 1907. Existem algumas drogas com resultados positivos ainda
em fase de testes com cobaias, mas, por enquanto, encontra-se dentre as
doenças sem cura, chamadas de crônicas, restando aos seus portadores
retardar o seu avanço e buscar a melhor qualidade de vida possível. Para
isso, o acompanhamento médico, preferencialmente de um geriatra,
neurologista ou psiquiatra, aliado a um neuropsicólogo é fundamental.
Além do próprio paciente, a família requer atenção. Segundo Adriana,
60% dos cuidadores, sejam eles familiares ou não, desenvolvem sintomas
de estresse. O acompanhamento psicológico, a participação em grupos de
apoio ou outras técnicas para controlar a tensão e equilibrar as emoções
são bastante produtivas nessas situações que podem durar anos.
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