domingo, 12 de maio de 2013

O FANTASMA DA NOVA GERAÇÃO DE IDOSOS


Envelhecer é um processo natural que costuma trazer algumas perdas e mudanças importantes na vida das pessoas. Provavelmente a mais assustadora das possibilidades de quem hoje entra na chamada terceira idade é o desenvolvimento de alguma demência, em especial o Mal de Alzheimer.

“A perspectiva de um dia vir a expressar uma demência, como o Alzheimer, está presente no imaginário de muitos idosos, como um fantasma que ronda seus sonhos dia e noite”, comenta Dra. Tania Guerreiro, geriatra, professora da UnATI UERJ e criadora da Oficina da Memória. Esse medo não é infundado, pois, à medida em que há um aumento da expectativa de vida, crescem as chances do desenvolvimento da doença. Por outro lado, os profissionais da saúde estão muito melhor preparados hoje para identificar os primeiros sintomas do Mal de Alzheimer e conduzir um tratamento adequado.

Rodeado de mitos, o Mal de Alzheimer não é conseqüência do envelhecimento, endurecimento das artérias e das veias, falta de oxigênio no cérebro, causado por trauma psicológico ou por depressão. “Ainda não se sabe de fato o que leva uma pessoa a desenvolvê-lo. O fator genético é considerado como preponderante na sua causa, ao lado de agentes infecciosos, contaminação por alumínio e excesso de radicais livres de oxigênio”, explica Adriana Cristine Fonseca Mozzambani, neuropicóloga e doutoranda pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. A esses fatores, Dra. Tania acrescenta a baixa escolaridade, o isolamento social, o estresse crônico e a existência anterior de traumatismo craniano como fatores que aumentam o risco do desenvolvimento da demência.

A ciência tem investido em pesquisas para se encontrar a cura do Mal de Alzheimer, doença identificada pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1907. Existem algumas drogas com resultados positivos ainda em fase de testes com cobaias, mas, por enquanto, encontra-se dentre as doenças sem cura, chamadas de crônicas, restando aos seus portadores retardar o seu avanço e buscar a melhor qualidade de vida possível. Para isso, o acompanhamento médico, preferencialmente de um geriatra, neurologista ou psiquiatra, aliado a um neuropsicólogo é fundamental.

Além do próprio paciente, a família requer atenção. Segundo Adriana, 60% dos cuidadores, sejam eles familiares ou não, desenvolvem sintomas de estresse. O acompanhamento psicológico, a participação em grupos de apoio ou outras técnicas para controlar a tensão e equilibrar as emoções são bastante produtivas nessas situações que podem durar anos.
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